63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 6. Parasitologia |
DENSIDADE de Aedes aegypti (LINNAEUS) E Aedes albopictus (SKUSE) (DÍPTERA: CULICIDAE) NO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MARANHÃO. |
Antonia Santos da Silva 1 Reinan Tiago Fernandes dos Santos 2 Juliana Maria Trindade Bezerra 3 Wanderli Pedro Tadei 4 Antonia Suely Guimarães e Silva 5 Valéria Cristina Soares Pinheiro 6 |
1. Depto. de Química e Biologia, Universidade Estadual do Maranhão-CESC/UEMA. 2. Depto. de Química e Biologia, CESC/UEMA-Caxias/MA. 3. Doutoranda/Colaboradora - Centro de Pesquisa René Rachou – Fundação Oswaldo Cruz/FIOCRUZ – Belo Horizonte – MG 4. Doutor – Laboratório de Malária e Dengue – INPA – Manaus-AM. 5. Prof. Msc./Co-orientadora – CCZ – Centro de Controle de Zoonoses – Caxias-MA. 6. Profª. Dra./Orientadora – Laboratório de Entomologia Médica - Depto. de Química e Biologia do CESC / UEMA. |
INTRODUÇÃO: |
A dengue é uma doença febril aguda causada por quatro tipos de vírus do Gênero Flavivírus, da Família Flaviviridae, e transmitida por mosquitos do Gênero Aedes – Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus) e Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse). Cerca de dois terços da população mundial vive em regiões infestadas com mosquitos vetores da dengue, especialmente o A. aegypti e onde circulam alguns dos quatro sorotipos do vírus, em alguns casos, simultaneamente. O A. aegypti foi importado da África para a América durante a colonização e a escravidão, disseminou-se para toda a faixa tropical em vista de seu peculiar modo de reprodução e hoje é considerado cosmopolita. A. albopictus é vetor da dengue na Ásia, embora ainda não tenha sido comprovado como vetor da dengue nas Américas, pois sua distribuição e abundância não coincidem com as da doença. Considerando a situação epidemiológica da dengue e a recente dispersão do A. albopictus em municípios do interior do Estado do Maranhão, torna-se necessário realizar o levantamento dos índices populacionais dos vetores A. aegypti e A. albopictus para conhecer o nível atual de dispersão das duas espécies e a freqüência de alados nos períodos chuvoso e seco na cidade de Caxias, MA. |
METODOLOGIA: |
As coletas foram realizadas no município de Caxias, Maranhão, no período de novembro de 2010 a janeiro de 2011. Sendo dois meses no período chuvoso e um no seco em dois bairros (Pequizeiro e Nova Caxias). Visitou-se um quarteirão por dia, totalizando 63 imóveis por bairro e 126 imóveis no total. Para captura dos alados, utilizou-se aspirador mecânico que foi movimentado embaixo dos móveis e nas partes mais elevadas da residência para aspiração dos mosquitos que estivessem em repouso. Realizou-se a aspiração em todos os cômodos do imóvel e na área peridomiciliar em que houve a possibilidade de abrigar mosquitos. Os espécimes capturados foram anestesiados usando-se acetato de etila e transferidos para copos parafinados colocados no interior de caixas de isopor e levados até o Laboratório de Entomologia Médica – LABEM para realização da identificação em nível de espécie usando microscópio estereoscópico e Chaves de Identificação. A seguir, os mosquitos foram contados, separados por sexo e acondicionados para posterior montagem. Os lotes foram numerados sequencialmente e identificados com informações do bairro, local e data da coleta, quantidade de espécimes e sexo dos indivíduos. |
RESULTADOS: |
Foram coletados 108 mosquitos A. aegypti e nenhum A. albopictus nos dois bairros em três meses de realização da pesquisa sendo 15 (13,8%) nos meses de novembro e dezembro de 2010 e 93 (86,2%) em janeiro de 2011. Destes 35 eram fêmeas (32,4%) e 73 machos (67,6%). A quantidade de alados variou consideravelmente entre os bairros, sendo que Nova Caxias apresentou a densidade mais elevada, 86,2% em relação ao total de espécimes coletados e o bairro Pequizeiro foi o que apresentou apenas 13,8%. A média aritmética do número de alados de A. aegypti nos bairros foi de 54 espécimes. Esses resultados mostram que o início das chuvas na região, a partir de dezembro, contribui para elevação da densidade de alados. Os bairros pesquisados estão situados em diferentes áreas, o bairro Nova Caxias que teve maior densidade de A. aegypti, é mais periférico, tem maior população e com menor poder aquisitivo do que o segundo bairro. Isso deve contribuir para manutenção de grandes quantidades de criadouros que mantêm a população de mosquitos elevada. |
CONCLUSÃO: |
Os meses chuvosos foram os que mostraram a maior frequência de alados com 86,2% dos mosquitos coletados. A quantidade de alados variou entre os dois bairros, sendo que Nova Caxias apresentou a densidade mais elevada, 86,2% considerando-se o total de espécimes coletados e a média aritmética de A. aegypti coletados é de 54 espécimes por bairro. |
Palavras-chave: Densidade, Aedes aegypti, Aedes albopictus. |