63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 6. Odontopediatria
LEVANTAMENTO DOS PRONTUÁRIOS DA CLÍNICA DE BEBÊS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU/ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FOB/USP)
Lúcia Helena Caetano Ferreira 1
Ana Lídia Soares Cota 2
Tatiana Yuriko Kobayashi 3
Thais Marchini Oliveira 4
Carlos Ferreira dos Santos 5
Salete Moura Bonifácio da Silva 6
1. Graduanda em Odontologia, Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP)
2. Depto de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB/USP
3. Depto de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB/USP
4. Profa. Dra. - Depto de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB/USP
5. Prof. Dr. – Depto de Ciências Biológicas, FOB/USP
6. Profa. Dra./Orientadora - Depto de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB/USP
INTRODUÇÃO:
A manutenção da saúde bucal na população infantil tem se constituído um compromisso da odontologia atual. Neste sentido, a aplicação do conceito de atendimento odontológico precoce proporcionou o desenvolvimento da Odontologia para bebês e, por conseguinte, a implantação de centros especializados nessa população. Dentro desse contexto, é importante salientar que embora tenha havido uma melhora substancial na saúde bucal da população, pesquisas epidemiológicas direcionadas ao estudo da cárie dentária na dentição decídua não têm relatado o mesmo declínio na prevalência da doença quando comparadas com a dentição permanente. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi analisar, de forma descritiva, o perfil do atendimento da Clínica de Bebês da FOB/USP, enfatizando os fatores de risco relativos à cárie dentária.
METODOLOGIA:
O estudo se caracteriza por uma pesquisa retrospectiva, com dados obtidos através de um método documental. Foram avaliados os prontuários odontológicos das crianças que ingressaram no programa durante os anos de 2005 e 2010.
RESULTADOS:
Observou-se que dos 142 participantes selecionados, 57,7% apresentavam-se com necessidades apenas preventivas, 26,8% já necessitavam de tratamento curativo e 15,5% procuraram atendimento por outros motivos. Dentre os pacientes submetidos a tratamento, 73,7% eram do gênero masculino, com média de 28 meses. A grande maioria utilizava mamadeira há mais de um ano e destes, 63,2% adicionavam algum tipo de carboidrato fermentável. 94,7% das crianças já realizavam a higiene bucal e apesar de 50,0% já terem ido ao dentista, 44,7% utilizavam dentifrício fluoretado. Na primeira consulta, 65,8% apresentavam mancha branca e 76,3% presença de biofilme visível; sendo que 63,64% dos bebês com mancha branca, biofilme visível e consumo de mamadeira com carboidrato fermentável apresentavam cavitação em pelo menos um elemento dentário. Dos bebês submetidos a tratamentos pulpares e/ou exodontia dentária, 88,9% possuíam mães com no mínimo o ensino fundamental completo e 55,6% não eram filhos únicos.
CONCLUSÃO:
Apesar da maior parte da demanda estar vinculada à procura de atendimento preventivo, ainda é relevante a existência de menores com necessidades curativas, realçando a importância de uma efetiva atenção odontológica na primeira infância.
Palavras-chave: Bebês, Cárie dentária, Odontologia preventiva.