63ª Reunião Anual da SBPC |
F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Educação Física e Esportes - 1. Educação Física e Esportes |
A EXPERIÊNCIA COM O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEXTO DO PIBID |
Nívia de Morais Bispo 1 Alaine Bruna de Deus Silva 1 Ildima Isa Santana Lea 1 Martha Benevides da Costa 2 |
1. UNEB 2. Profa. Ms. /Orientadora- Dpto de Educação/Campus II-UNEB |
INTRODUÇÃO: |
O presente relato de experiência busca descrever vivências da prática pedagógica com o conteúdo jogo desenvolvida por alunos do curso de Licenciatura em Educação Física/UNEB, bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência-PIBID em uma escola da rede estadual da cidade de Alagoinhas-BA. As aulas foram direcionadas ao 6º ano do Ensino Fundamental. Foi elaborada uma proposição metodológica a partir de conceitos consubstanciados na Pedagogia Histórico-Crítica, a qual considera a prática social como ponto de partida e de chegada. Deste modo, problematiza-se o conteúdo a partir da realidade do aluno, de forma que o mesmo passe do estágio sincrético para o sintético, possibilitando a sistematização do seu conhecimento (SAVIANI, 2008). Para efetivação dessa prática pedagógica, utilizou-se referências de Gasparin (2009), bem como um diagnóstico sobre os olhares dos alunos com relação a Educação Física. Tratando-se da Educação Física, entende-se que seus conteúdos, como forma de manifestações culturais, não devem ser negados ao aluno quando entendidos como elementos da cultura corporal (jogos, lutas, capoeira, dança, esporte, ginástica) capazes de representar simbolicamente as realidades vividas pelo homem ao longo de sua história (COLETIVO DE AUTORES, 1992). |
METODOLOGIA: |
Conforme citado anteriormente, o presente estudo trata-se de um relato de experiência vivenciado por bolsistas do PIBID na primeira unidade letiva de 2011. Para efetivação das intervenções, fizemos um diagnóstico por meio de entrevistas e questionários aplicados a alunos, professores e gestores, a fim de conhecer a realidade da escola antes da nossa prática pedagógica. De posse dessa realidade, apropriamo-nos dos pressupostos teóricos e metodológicos da Pedagogia Histórico-Crítica. Daí, construímos coletivamente o Plano de Ensino de Educação Física para a escola na qual se desenvolve o projeto envolvendo todos os conteúdos da cultura corporal, sendo uma unidade para cada tema, baseados nas ideias de Gasparin (2009). Vale ressaltar, que todo processo se dá através de reuniões para estudo, planejamento e avaliações que envolvem todos os bolsistas. Após feitas as proposições, partimos para as intervenções pedagógicas, para o que fomos subdivididos por turmas com o intuito de transmitir os conteúdos específicos da Educação Física ao longo do ano letivo. |
RESULTADOS: |
Partindo do pressuposto de que “o ensino deve respeitar os diferentes níveis de conhecimento que o aluno traz consigo à escola” (FREIRE; CAMPOS, 1991, p.5), fizemos uma atividade na qual os alunos construíram um mural com imagens e palavras que expressassem seus conceitos cotidianos de jogo, a fim de diagnosticar o conhecimento prévio que os alunos traziam acerca do conteúdo. A partir disto, constatamos que os mesmos entendiam jogo e esporte como sinônimos e, com o objetivo de discernir tais conteúdos, apresentamos o conceito de jogo, suas principais características bem como as do esporte. Para o desenvolvimento das aulas, solicitamos que os alunos manifestassem suas dúvidas sobre o conteúdo. Essa problematização serviu de auxílio para o planejamento das aulas, uma vez que as mesmas tinham o objetivo de atrair os alunos por perceber demasiada resistência com relação à disciplina, buscando assim, associar as atividades realizadas às dúvidas expostas pelos alunos, o que resultou em um maior interesse por parte dos mesmos, facilitando a apreensão e sistematização do conhecimento. |
CONCLUSÃO: |
Trabalhar o jogo em uma realidade impregnada com a ideia de que a Educação Física se reduz ao esporte é um tanto complicado, principalmente pelo perfil da turma – alunos repetentes com uma faixa etária média de quatorze anos. A princípio, houve certa resistência quanto à recepção do conteúdo. Eles ficariam satisfeitos apenas com um “rola bola”, mesmo que sem contextualização. Todavia, procuramos fazer atividades que os atraíssem e, aos poucos, foram se familiarizando com o conteúdo de forma que não vissem a Educação Física apenas como “passa tempo”, mas como um componente curricular que visa formar o ser crítico através de sua especificidade. Nas vivências, fizemos jogos que respondessem às indagações levantadas pelos alunos, mostrando que as possibilidades dos jogos são ilimitadas, a depender do objetivo do jogo. Desta forma, mostrávamos ao aluno o saber sistematizado, para que pudessem assimilá-lo e transformá-lo num instrumento de construção social. |
Palavras-chave: PIBID, Trabalho Pedagógico, Jogo x Esporte. |