63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE UM GRUPO DE ACADÊMICOS EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ.
Tamires Daianny Araujo de Oliveira 1
Igor Cordeiro Mendes 2
Elizian Braga Rodrigues Bernardo 3
Hellen Lívia Oliveira Catunda 4
Karine de Castro Bezerra 5
Míria Conceição Lavinas Santos 6
1. Acadêmica de Enfermagem, Bolsista PET/SESu - Departamento de Enfermagem - UFC.
2. Acadêmico de Enfermagem, Bolsista PET/SESu - Departamento de Enfermagem - UFC.
3. Acadêmica de Enfermagem, Bolsista PET/SESu - Departamento de Enfermagem - UFC.
4. Acadêmica de Enfermagem, Bolsista PET/SESu - Departamento de Enfermagem - UFC.
5. Acadêmica de Enfermagem, Bolsista PIBIC/CNPq - Departamento de Enfermagem - UFC.
6. Professora Doutora/Orientadora do Departamento de Enfermagem - UFC.
INTRODUÇÃO:
Qualidade de vida tem sido um tema de investigação crescente em estudos relativos à área da saúde. O grupo, da Organização Mundial da Saúde (OMS), denominado WHOQOL Group (World Health Organization Quality of Life Group), considera que a definição de qualidade de vida deve levar em conta a percepção do indivíduo de forma particular e suas relações com o meio ambiente. Estes pesquisadores definem qualidade de vida como uma percepção individual da posição do indivíduo na vida, no contexto de sua cultura e sistema de valores nos quais ele está inserido, relacionando aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito abrangente e complexo, relacionado de forma ampla com a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais e as características do meio de convívio do indivíduo. Nesse contexto, tendo em vista que a formação profissional exige dedicação constante e disposição excessiva dos estudantes, influenciando na modificação do padrão de qualidade de vida dos indivíduos, torna-se relevante conhecer os principais fatores relacionados aos hábitos de vida (eventos de vida produtores de estresse) dos acadêmicos relacionados a um prejuízo maior de saúde. Dessa forma, objetivou-se avaliar a qualidade de vida dos acadêmicos de Enfermagem, matriculados no 5º semestre na Universidade Federal do Ceará (UFC).
METODOLOGIA:
Estudo transversal, do tipo descritivo, com abordagem quantitativa. Compuseram o estudo 19 alunos do Curso de Graduação em Enfermagem da UFC/Fortaleza-CE, matriculados no 5º semestre. A coleta de dados foi realizada no mês de abril de 2011, e o instrumento utilizado foi uma escala do tipo Likert baseado no questionário de WHOQOL-bref, possibilitando a mensuração dos dados para classificar os níveis de qualidade de vida da população estudada. As perguntas foram respondidas através de três eixos temáticos: frequência, satisfação e avaliação. Há variações na quantidade de perguntas em cada eixo, como representado a seguir: frequência 1 pergunta; satisfação 4 perguntas; avaliação 7 perguntas. Para análise dos resultados, foram contemplados a somatória das respostas dos entrevistados em relação às questões de cada eixo, influenciando diretamente na variação do número final da amostra em estudo, pois considerou-se mais de uma resposta por individuo.
RESULTADOS:
Dentre as informações obtidas na análise dos dados do instrumento, quanto ao eixo de frequência, notou-se que 78,9% (n=15) dos entrevistados referiram apresentar algumas vezes sentimentos como mau humor, desespero, ansiedade e depressão. Avaliando a mensuração da satisfação frente aos aspectos de satisfação individual, da vida sexual, do meio de transporte diário e da aparência física, observou-se que 35,5% (n=27) dos acadêmicos referiram estarem satisfeitos. Entretanto, 15,7% (n=12) relataram insatisfação ou muita insatisfação nesse eixo de investigação. Em relação ao eixo avaliação, que discorria acerca da investigação da percepção dos estudantes em relação à qualidade de vida, a saúde, a capacidade de concentração, ao ambiente físico em que convive, disposição para realização das atividades do dia-a-dia, o padrão de sono e relações interpessoais, percebeu-se que 48,9% (n=65) dos discentes avaliaram esses fatores com boa qualidade. No entanto, notou-se que 12,8% (n=17) dos entrevistados consideraram os aspectos desse eixo com qualidade ruim ou muito ruim.
CONCLUSÃO:
Ao se estudar os acadêmicos de enfermagem, pode-se concluir que os mesmos consideram sua qualidade de vida eficaz. No entanto, percebem-se relevantes graus de insatisfação nos fatores relacionados a transporte diário, padrão de sono e sentimentos como mau humor, desespero, ansiedade e depressão, contradizendo a percepção inicial de qualidade de vida. Assim, é importante a avaliação contínua desse público, haja vista sua vulnerabilidade a fatores que podem inferir contrariamente na qualidade de vida. Além disso, investir em técnicas de ensino atrativas e intervenções que estabeleçam a melhoria dos aspectos relacionados a saúde e bem-estar desses estudantes favorecerão um melhor rendimento acadêmicos dos mesmos.
Palavras-chave: Qualidade de Vida, Hábitos Acadêmicos, Enfermagem.