63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 2. Filosofia |
O SURREALISMO VISTO PELA FILOSOFIA |
Rafael Alves Reis 1 Priscila Rufinoni 1 |
1. Aluno da graduação - FIl - UnB 2. Prof. Dra. / Orientadora - Depto de Filosofia - UnB |
INTRODUÇÃO: |
Vários autores, entre eles Walter Benjamin e Theodor Adorno, debruçaram-se sobre as obras de vanguarda do movimento chamado Surrealismo. Os artistas deste grupo, por outro lado, demonstraram vivo interesse pelas polêmicas filosóficas da época, notadamente o pensamento de Freud, Jung e de outros pensadores e literatos ‘’marginais’’. As passagens entre criação artística e filosofia neste momento do século XX, são intensas e ricas. A pesquisa estuda as possíveis relações entre as propostas surrealistas e as vertentes filosóficas que lhe foram contemporâneas, notadamente Benjamin e Adorno. Ambos os autores criticam a leitura de Freud e Jung utilizadas pelos artistas em suas obras. O instrumento teórico da filosofia é utilizado para analisar produtos culturais como romances, poesias e obras plásticas desse movimento. |
METODOLOGIA: |
Enquanto trabalho na área de Filosofia da Arte, o artigo tem um caráter eminentemente de análise. O problema da interpretação do Surrealismo como movimento artístico é o foco da investigação critico - conceitual elaborada. |
RESULTADOS: |
Se investigarmos filosoficamente as imagens e interpretações conferidas ao Surrealismo, veremos que, ao longo dos anos, elas foram assimiladas à psicanálise Freudiana e a psicologia analítica de Jung. A livre associação, a investigação do inconsciente e a analise dos sonhos, métodos empregados por Freud e Jung na exposição da psique, transformaram-se em alicerces da imagem que o Surrealismo adquiriu. As teorias de Freud e Jung são importantes para se compreender as leituras que o Surrealismo recebeu de Filosofos como Benjamin e Adorno. |
CONCLUSÃO: |
Visto pela filosofia de Adorno e Benjamin, o Surrealismo é explicado de maneira diferente. Diferente à explicação dos próprios artistas do movimento. As forças do inconsciente que se desenvolviam em quadros, romances e poesias eram na verdade, ideais de transformação política, que se manifestam sem nenhuma interioridade dos sonhos ou do inconsciente. Se seguirmos os argumentos de Adorno e Benjamin, não podemos considerar as obras do surrealismo através das idéias de Freud e Jung. Também não podemos afirmar que os conceitos de sonho e inconsciente da psicologia Freudiana e Junguiana são fundamentos dos ideais Surrealistas. Apesar de serem autores que influenciaram o movimento. |
Palavras-chave: Surrealismo, Filosofia, Arte. |