63ª Reunião Anual da SBPC |
F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Educação Física e Esportes - 1. Educação Física e Esportes |
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CONTEÚDO JOGO NO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO COLÉGIO ESTADUAL OSCAR CORDEIRO NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS/BA |
Neyla Carolina dos Santos Marques 1 Juliana Correia dos Santos 1 Juliana dos Santos Oliveira Victoria 1 Neuber Leite Costa 2 |
1. Acadêmicas do Curso de Licenciatura em Educação Física, Departamento de Educação-UNEB/Campus II) 2. Prof. Ms. / Orientador - Depto de Educação - UNEB |
INTRODUÇÃO: |
Este trabalho consiste em um relato de experiência de Ensino-aprendizagem, resultado das ações do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência/PIBID/UNEB-Educação Física, Campus II, em parceria com uma escola pública estadual. O trabalho relatado foi desenvolvido durante a primeira unidade do ano letivo de 2011, com as turmas do 7º e 9º ano do Ensino Fundamental. Tem como objetivo expor algumas das nossas experiências como docentes, nesse processo de formação. De forma a preparar-nos e guiarmos para o início das atividades práticas do Programa foi desenvolvida uma proposta de plano de unidade, tomando como eixo referencial epistemológico a teoria dialética do conhecimento, tanto para fundamentar a concepção metodológica e o planejamento de ensino-aprendizagem, como a ação docente-discente. As aulas foram dadas e registradas na perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica, conforme discutido por Saviani (2008) e sistematizados do ponto de vista estrutural nas propostas didáticas de Gasparin (2009). |
METODOLOGIA: |
Este relato foi desenvolvido a partir das atividades executadas no PIBID/Educação Física. Tomando como eixo norteador as Proposições Teórico-Metodológicas para o Trabalho com o Jogo no Contexto do Pibid/Uneb-Educação Física construída a partir das observações e estudos da escola parceira e da Educação Física especificamente, bem como estudos sobre a Pedagogia Histórico-crítica, suas orientações didáticas para essa referência de trabalho pedagógico, vivência numa oficina de jogos e organização da Educação Física nesta unidade escolar a partir das necessidades levantadas. |
RESULTADOS: |
A intervenção pedagógica foi realizada tendo como objetivos gerais conceituar o jogo, seus vários tipos, bem como suas características, promovendo em seguida à vivência de alguns jogos (7º e 9º ano). No 7º ano foram trabalhados os jogos cooperativos e no 9º ano trabalhou-se a diferenciação entre jogo e esporte. Na prática social inicial, utilizamos questões norteadoras para identificar o conhecimento que os alunos já possuíam e o uso que faziam dele na prática social cotidiana. Observou-se que muitos tem dificuldades em diferenciar jogo de esporte. Alguns falaram de suas experiências com os jogos apresentados e de outros que já conheciam e já tinham vivências. Na instrumentalização, o jogo “Estoura Balões” em duas versões foi vivenciado por ambas turmas, dando oportunidade para que todos os alunos participassem e acessassem conhecimentos teórico-práticos sobre o conteúdo trabalho por meio de leitura de textos e experiências corporais. A síntese final dos alunos aconteceu durante as discussões e reflexões, onde foram questionadas as dificuldades que surgiram ao longo das atividades e se estas foram solucionadas, onde os alunos expressaram que se apropriaram da diferença entre esporte e jogo, mas não demonstraram mudança de atitude em relação à cooperação. |
CONCLUSÃO: |
É notório que os discentes não estão acostumados a falarem sobre seu conhecimento prévio acerca do conteúdo, isso se dá devido aos mesmos já estarem acostumados com o ensino tradicional, em que os alunos são meramente ouvintes, sendo o professor o detentor de todo saber. É importante que o senso crítico dos alunos seja estimulado pelos professores das outras disciplinas e não somente pelos alunos bolsistas do PIBID e pela professora de Educação Física reconhecendo assim que a Escola Pública do Século XXI necessita de uma prática pedagógica social transformadora, aliando a competência técnica e ao compromisso político, para assim, não sucumbir, nem ceder às pressões, diante das dificuldades, que não são poucas e são constantes na escola. É interessante destacar que, adotando esta concepção, não se prega que os alunos façam o que eles querem, mas que dialoguem e argumentem com o grupo e, mediados pelo professor, procurem o que melhor pode ser feito nas muitas situações das aulas. É preciso que as atividades sejam construídas e desenvolvidas de forma que atraia e desperte o interesse dos alunos, construindo assim uma práxis, onde os mesmos se apropriem do conhecimento, ou seja, educandos e educadores trabalhem juntos na elaboração da aprendizagem. |
Palavras-chave: Relato, Jogo, Pedagogia Histórico-Crítica. |