63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental |
A PESCA NO MUNICÍPIO DE TUFILÂNDIA, MARANHÃO, BRASIL: ESTATÍSTICA PESQUEIRA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL |
Ione Mendes Lima 1 Milena Mária Silva Assunção 1 Eduardo Henrique Costa Rodrigues 1 Clayane Carvalho dos Santos 1 Larissa Barreto 2 George Rebelo 3 |
1. Depto de Oceanografia e Limnologia - UFMA 2. Profa. Dra/ Orientadora - Depto de Oceanografia e Limnologia – UFMA 3. Prof. Dr - INPA |
INTRODUÇÃO: |
A capacidade pesqueira do Estado do Maranhão é tida como de grande po-tencial, uma vez que conta com a segunda maior costa territorial e sua população está concentrada no litoral e margens dos grandes rios. Na primeira parte deste estudo será apresentado um diagnóstico da pesca interior no médio Rio Pindaré com base em entrevistas de recordação com os pescadores sobre suas atividades. Este contato com os pescadores permitiu um tipo de interação mediado pela Educação Ambiental (EA), onde se procurou buscar alternativas aos modelos de desenvolvimento socioambientais, para amenizar as desigualdades sociais. Nesse caso, foi considerado que o objetivo da Educação Ambiental é o de contribuir para a conservação da biodiversidade, para a auto-realização individual, comunitária e para a autogestão política e econômica, através de processos educativos que promovam a melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida (SORRENTINO, 1995). Desse modo, este trabalho vem contribuir com os objetivos do Projeto de pesquisa (Bacia do Pindaré: ferramentas para conservação e manejo integrado dos recursos naturais, Maranhão, Brasil) no delineamento de soluções para se alcançar o desenvolvimento sustentável para Bacia do Pindaré. |
METODOLOGIA: |
O município de Tufilândia foi visitado entre os dias 04-06 de Novembro de 2010. Para a estatística pesqueira foram feitas entrevistas e a aplicação dos questionários foi realizada diretamente por uma aluna do curso técnico de meio-ambiente da região assim que os pescadores chegavam da pesca entre o dia 05 de Outubro até o dia 05 de Novembro de 2010. Foram feitas 36 entrevistas sobre a pesca na comunidade com um questionário semi-estruturado com perguntas relacionadas sobre o último dia de pesca, incluindo gastos com combustíveis, local de pesca, utensílio utilizado, quantidade de pesca obtida, entre outras questões. A prática da Educação Ambiental voltada aos pescadores e suas famílias ocorreu no dia 05 de Outubro na colônia de pescadores de Tufilândia. Foram apresentadas pelas alunas do curso de Oceanografia da UFMA as técnicas utilizadas na conservação do pescado Foram descritos também as principais doenças decorrentes de alimentos estragados ou contaminados e a forma de se evitar a contaminação alimentar. Participaram da atividade educativa 30 comunitários, o Vereador e presidente da colônia, Januario Santana da Cunha. Foi utilizado data-show para projetar imagens e questões que foram criticadas pelos próprios pescadores. |
RESULTADOS: |
Estatística Pesqueira A pesca é própria, trocam por mercadorias (escambo) e às vezes vendem. A captura teve uma média de 6 kg. Quanto aos utensílios de pesca foi utilizado o engancho, a tarrafa e a rede de pesca. Em relação aos principais locais de pesca, 95% dos entrevistados responderam no rio. Quanto ao ambiente de pesca, 78% beira de rio. As espécies de peixe mais capturadas foram: o Surubim, a Curimatá, Pescada, Branquinha, Traíra e o Píau. O preço do gelo variou entre R$ 0,50 a R$ 1,50. Há poucos gastos com combustíveis, a maioria das embarcações de pesca foram canoas a remo, algumas motorizadas. O preço da gasolina foi R$ 2,75 em média e o gasto com rancho R$ 3,75. Entre os pescadores que utilizaram combustíveis gastaram em média R$ 2,6 l de gasolina, para obter uma média de 6 kg de peixe. Educação Ambiental A palestra veio incrementar a idéia dos pescadores, fazendo com que eles despertem ainda mais para um crescimento econômico e sustentável na região de Tufilândia. A atividade educativa foi uma forma dinâmica e extrovertida de sensibilização sobre o desenvolvimento pesqueiro sustentável. As imagens e orientações ajudou a despertar o interesse pela utilização correta dos recursos naturais no município. |
CONCLUSÃO: |
A maioria das pessoas possui conhecimento sobre o assunto, os resultados indicam estreita interação da comunidade e o pescado. Os pescadores gastaram principalmente com utensílios de pesca e alimentação. Não há grandes gastos com combustíveis e com a conservação do pescado. A despreocupação com a conservação para a venda pode indicar que a pesca foi de subsistência. As atividades educativas são necessárias para que os pescadores sejam orientados e sensibilizados a respeito da utilização do pescado e de outros recursos naturais na região. |
Palavras-chave: Pescadores, Educação Ambiental, Estatística Pesqueira. |