63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
ANÁLISE COMPARATIVA DA DEPOSIÇÃO DO 99MTC – MAA NO PULMÃO E NO SÍTIO DE INJEÇÃO APÓS CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO PULMONAR EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS DURANTE AS TÉCNICAS DE BREATH-STACKING E INSPIRÔMETRO DE INCENTIVO.
Munick Linhares Pierre 1
Leandro Oliveira Gurgel de Freitas 2
Tatiana Maria de Oliveira 3
Denise Maria Sá Mchado Diniz 4
Francisca Lesse Mary Teixeira alves 5
Carlos Antônio Bruno da Silva 6
1. Aluna Bolsista/ Programa de Iniciação Científica da ESTÁCIO/FIC
2. Aluno Bolsista/ Programa de Iniciação Científica da ESTÁCIO/FIC
3. Aluna Bolsista/ Programa de Iniciação Científica da ESTÁCIO/FIC
4. Profª. Mestre/ Orientadora - Curso de Fisioterapia - ESTÁCIO/FIC-UFRN-IMN
5. Preceptora/Curso de Extensão e Aperfeiçoamento Teórico Prático em Fisioterapia Hospitalar do HGF
6. Prof. Dr./Orientador - PPPGSA/UFRN
INTRODUÇÃO:
Através da medicina nuclear (MN), é possível estimar as atividades relativas em diferentes regiões e/ou em vários intervalos de tempo dos pacientes examinados, as diferenças entre concentrações radioativas em objetos específicos de pacientes e sujeitos normais. Pode-se ainda avaliar a função de algum sistema fisiológico, por exemplo, o pulmão, calculando a atividade do tecnécio 99 metaestável associado ao macroagregado de soro de albumina humana (99mTc–MAA) de uma determinada região de interesse. Ultimamente a cintilografia tem sido utilizada para averiguar o efeito das técnicas de fisioterapia respiratória, dentre elas o espirômetro de incentivo (EI) e o breath-stacking (BS). O EI consiste em aparelhos desenhados que utilizam uma série calibrada de passagem de ar para alterar o fluxo e, portanto, o esforço despendido para elevar as esferas indicadoras do nível de precisão, para visualização e graduação do fluxo mínimo de inspiração. A técnica do BS é uma modalidade de sustentação máxima da inspiração (SMI), utilizada como método alternativo ao EI. Porém os estudos realizados até o momento não avaliaram ainda se o resíduo do radiofármaco que fica no sítio de injeção durante a realização da cintilografia interfere na deposição pulmonar e consequentemente na análise quantitativa dos efeitos das técnicas na perfusão pulmonar. Objetivou-se comparar a deposição do 99m Tc – MAA no pulmão e no sítio de injeção de indivíduos normais durante a técnica de EI e breath-stacking.
METODOLOGIA:
A população foi composta por 15 voluntários saudáveis que realizaram cintilografia pulmonar no Instituto de Medicina Nuclear (IMN). Foram incluídos 7 homens e 8 mulheres com uma média de idade de 21±0,94 anos, sem história de patologia pulmonar prévia, com saturação arterial igual ou superior a 95% e com os parâmetros gasométricos e sinais vitais normais. E excluídos os fumantes, os que não conseguiram realizar o BS ou EI por não entendimento da técnica e/ou dificuldade de adaptação ao equipamento e as mulheres que se encontravam em período gestacional. Inicialmente foi realizado um sorteio para definição da técnica a ser realizada por cada voluntário (EI ou BS) e em seguida a cintilografia de perfusão pulmonar para obter a imagem controle, cada voluntário permaneceu por 5 minutos na gama câmara para aquisição da imagem posterior, em seguida foi realizada a imagem do sítio de injeção (braço ou mão) por 1 minuto objetivando medir a deposição do sítio. O mesmo procedimento foi realizado para a realização da técnica para obter a imagem da técnica. No estudo cintilográfico utilizou-se por via intravenosa periférica com o voluntário na posição supino o radiofármaco Tc-MAA de albumina humana (99mTc-MAA) na atividade de 5mCi e soro fisiológico a 0,9%, confirmado no curiômetro. Durante a perfusão foi feita a leitura cintilográfica através da gama câmara na incidência posterior para o pulmão e na incidência de posição de supinação e rotação externa do braço, para avaliar o sítio.
RESULTADOS:
A deposição pulmonar do 99mTc-MAA, para as 3 técnicas: BS, C e T, evidenciando uma maior perfusão quando se utiliza a técnica de BS quando compara ao C e T que produziram a mesma perfusão. No pulmão direito verificou-se o mesmo comportamento observado para o esquerdo para as 3 técnicas. A análise da deposição do 99mTc-MAA no sítio de injeção evidenciou um maior resíduo nos voluntários que realizaram a técnica de espirômetro de incentivo com o triflo II, porém nenhuma das contagens no sítio das 3 técnicas estudadas interferiu na deposição pulmonar. Mostrando que apesar da permanênica de pequena quantidade do 99mTc-MAA na mão dos voluntários (local onde foi injetado o material), não compromete a análise da perfusão pulmonar durante as téncias em estudo.
CONCLUSÃO:
A partir dos resultados obtidos com esta pesquisa, pode-se acreditar que a cintilografia de perfusão pulmonar apesar de ser um exame de custo elevado e de alta sofisticação, pode ser utilizada para avaliação da perfusão pulmonar em pacientes que apresentem alterações pulmonares, principalmente pós-operatórias, pois o fluxo sanguíneo pulmonar mostrado na cintilografia traduz de forma fidedigna a fisiologia pulmonar, sendo um excelente recurso para estudo das técnicas de fisioterapia respiratória.
Palavras-chave: Cintilografia, Modalidades de Fisioterapia, Colóide de Enxofre Marcado com Tecnécio Tc 99m.