63ª Reunião Anual da SBPC

G. Ciências Humanas - 7. Educação - 1. Administração Educacional

GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA: UMA INTERPRETAÇÃO DA RACIONALIDADE COMUNICATIVA DE JURGEN HABERMAS

Antonio da Silva Menezes Junior 1 Iria Brzezinski 2

1. Doutorando do PPGSS - Educação - PUC/GO 2. Profa. Dra./Orientadora do PPGSS - Educação - PUC/GO

INTRODUÇÃO:

Neste trabalho que faz parte da tese, buscam-se elementos epistemológicos que permitem avançar a discussão sobre a possibilidade de exercer uma gestão democrática na escola (COSTA, 1996), a partir dos elementos de signos e sentidos, trabalho com a linguagem, a leitura de mundo da vida e mundo social proposto por Habermas (1987) em sua teoria do agir comunicativo.

METODOLOGIA:

Pesquisa qualitativa, de caráter teórico-bibilográfico e combinado com estudos comparados.

RESULTADOS:

Compreende-se que a partir de Habermas a razão destranscentalizada é uma fonte fértil (HABERMAS, 2003), que comprova a existência do diálogo condicionada ao conhecimento das diferenças. Estas diferenças estão ligadas ao fato de que cada um dos atores sociais desenvolve suas reflexões em contextos diferentes de vida, de reflexão ação. Habermas refere-se ao desenvolvimento de mecanismos de ações humanas capazes de promover a emancipação e a transformação social. O autor contribui para a compreensão da “pragmática universal”, e sua posição atualmente voltada para o pragmatismo americano (RORTY, 1982), ao afirmar que “a pragmática universal” tem como tarefa identificar e reconstruir condições universais do entendimento possível” (HABERMAS, 1989, p.299). A reformulação da ética do Discurso no que diz respeito ao princípio democrático, que introduz uma distinção entre o princípio moral e o princípio da democracia, objetiva uma fundamentação do direito a partir da teoria do discurso. Pressupondo que é possível uma formação política racional da opinião e da vontade, a imagem organizacional da Escola como Democracia, mesmo conflituosa e entendida como utópica, assume importância diante do incremento de processos participativos e coletivos na tomada de decisões, além de uma visão harmoniosa e consensual da organização, mas que não desconhece os conflitos inerentes a uma instituição educativa.

CONCLUSÃO:

Portanto a institucionalização desta imagem organizacional proposta por COSTA (1996), mesmo que questionada como utópica por muitos, poderia servir de elemento cognitivo-objetivo para as relações de poder, na conquista de um espaço escolar que garantisse a participação pela razão comunicativa e a presença da intersubjetividade de todos, na busca da transformação social e emancipadora da sociedade.

Palavras-chave: Exercício da gestão democrática, Agir Comunicativo, Transformação social e emancipadora.