63ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 9. Engenharia Mecânica
METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO DE RISCO E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÃO EM SILOS DE ARMAZENAMENTO: ESTUDO DE CASO NA ÁREA METROPOLITANA DE BELÉM.
Tamires Lopes de Azevedo 1,2,4
Luiz Claudio da Cunha Marques 1,2
Raimundo Lucier Marcio Leal Junior 1,3
1. Universidade Federal do Pará - UFPA
2. Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM
3. Prof.Msc/ Orientador - Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM
4. Bolsista do grupo PET de Engenharia Mecânica- PET/ MEC/SESu
INTRODUÇÃO:
O grande potencial nacional de produção de grãos, vegetais e outros produtos em forma de pó é geralmente comprometido por problemas de infra-estrutura. A redução da produtividade é devido a vários fatores que podem ser entendidos desde o processo de produção, até o armazenamento da substância produzida. Então, torna-se necessário um sistema de armazenamento eficaz, eliminando ou reduzindo as perdas sofridas durante a produção causadas por riscos ocultos em silos de armazenamento de grãos ou pó.
O material armazenado, orgânico ou não, desenvolve um enorme potencial explosivo induzindo altos níveis de perigo. Para que um silo seja seguro e economicamente viável, é necessário compreender as forças que atuam sobre o sistema, as formas de armazenamento e tipo adequado a ser utilizado. Assim, os riscos reais são medidos no sistema para evitar excessos e deficiências. Como diferentes materais confinados tem diferentes potenciais explosivos, torna-se dificil a padronização de medidas de segurança.
O estudo foi desenvolvido para avaliar o ambiente confinado dos silos de grãos ou pó com interesse na escala de risco que rege o sistema de armazenamento nas empresas visitadas, para obter a segurança necessária, medidas para prevenir esses riscos e controle de ocorrências de acidentes.
METODOLOGIA:
Para pesquisar a atual situação do uso de métodos para a prevenção de explosão em silos de armazenamento no estado do Pará, questionários foram utilizados no ambiente operacional técnico para o processamento de dados das medidas de segurança e condições do ambiente de trabalho dos operários.
Os questionários foram aplicados em quatro visitas feitas em indústrias do estado do Pará que utilizam silos para armazenagem de materiais e resíduos de madeira sólida.
As visitas foram realizadas na área metropolitana e Belém por motivos operacionais de acesso aos locais, tanto pela dificuldade de transporte para áreas afastadas como pela burocracia criada pelas empresas pelo caráter da visita. As empresas foram escolhidos por representare risco para um número maior de pessoas no caso de uma explosão, por serem localizadas em um lugar de maior tráfego.
Todas as visitas foram acompanhadas por engenheiros e gestores de empresas de segurança. Características isoladas de cada visita que não foram discretizadas nos questionários também foram relatadas. Os dados coletados foram separados pelas características das indústrias em um banco de dados, entre alimentos e madeira.
Posteriormente foram montadas propostas de medidas preventivas e mudanças para cada ambiente.
RESULTADOS:
Nas visitas aos silos da região industrial paraense foram observadas medidas de segurança, mas 33% não apresentaram medidas de prevenção para os riscos de explosão, e na sua maioria não havia aparatos para abranger todos os focos de incidência de riscos. Devido a essa insuficiência do regime de segurança foram constatadas ocorrências de explosões. Algumas considerações a partir das observações feitas nas visitas serão abaixo citadas.
Na indústria alimentícia, os silos S1 e S2, não apresentaram um controle específico do risco de explosão, mas tinham o controle do fogo fora do silo com seu foco direcionado para o foco do lado de fora do silo, onde são operadas as válvulas de regulamentação de entrada e saída de material do silo. No entanto, verificou-se uma concentração real de risco na operação das válvulas de saída de grãos.
Na indústria de madeira, os silos S3 e S4 mostraram maior incidência de risco de explosão devido ao aumento da presença de finos, menor tamanho, menor umidade, ambiente espacial menor de confinação. Foi verificado também um investimento em medidas de segurança visualizado, por exemplo, pela separação dos particulados em um processo de filtragem fina antes que o produto seja armazenado.
CONCLUSÃO:
As particularidades de cada setor dificulta o desenvolvimento de sistemas de prevenção comuns para o processo armazenamento em silos, as peculiaridades de cada material armazenado difere os métodos de prevenção adequada ao ambiente confinado. Logo, se torna necessário um estudo mais aprofundado como parte de um projeto que incorpore medidas de prevenção e combate a incêndios e explosões antes da implementação do processo de produção que vai ser aplicado.
Logo, antecipar o estudo para implementar desde o projeto do processo de produção, sistemas de proteção e prevenção contra incêndios e explosões, implica em um coeficiente de redução de custos para qualquer investimento de capital que uma empresa venha a realizar, uma vez que, a implementação posterior de métodos de prevenção e combate às explosões em silos iria demandar a interrupção da produção e do processo além de outros custos adicionais, como: adequação, ampliação para atender seguramente às necessidades, revitalização, ou até mesmo problemas que acarretariam custos financeiros e sociais maiores como no caso de ocorrência de acidentes fatais.
Palavras-chave: silo, prevenção de acidentes, explosões e incêndios.