63ª Reunião Anual da SBPC

D. Ciências da Saúde - 6. Nutrição - 3. Análise Nutricional de População

INGESTÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS PELOS PARTICIPANTES DA 1ª VOLTA DA UFG

Isabella Mesquita de Souza 1 Ana Gabriella Pereira Alves 1 Gabriela Cardoso Morais 1 Mário Flávio Cardoso de Lima 1 Nathália Barbosa e Silva 1 Maria Sebastiana Silva 2

1. Acadêmica de nutrição - Faculdade de Nutrição - UFG 2. Acadêmica de nutrição - Faculdade de Nutrição - UFG 3. Acadêmica de nutrição - Faculdade de Nutrição - UFG 4. Graduado em nutrição - Faculdade de Nutrição - UFG 5. Acadêmica de nutrição - Faculdade de Nutrição - UFG 6. Professora Doutora/Orientadora - Faculdade de Educação Física - UFG

INTRODUÇÃO:

Várias pesquisas têm demonstrado que as frutas e vegetais exibem propriedades antioxidante, agem na redução da inflamação, das doenças cardiovasculares e do câncer, contribuem no tratamento da obesidade, do diabetes e das dislipidemias. As propriedades antioxidantes das frutas e hortaliças também podem contribuir no combate dos radicais livres promovidos pela maior demanda energética gerada pelos exercícios físicos de moderada e alta intensidade. Apesar do Brasil ser um dos maiores produtores de frutas, o consumo desse alimento é reduzido, e grande parte da produção é destinada ao processamento de sucos e/ou exportada. Quanto às hortaliças, além de sua pequena ingestão, a maioria das pessoas consome pouca variedade delas e desperdiçam grande parte do que poderia ser consumido. Diante do exposto, parece evidente que a redução no consumo desses alimentos pode refletir na carência de nutrientes como vitaminas, carboidratos, fibras e sais minerais e também estar associada ao aumento de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e as dislipidemias. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a freqüência de consumo de frutas e hortaliças pelos participantes da I Volta da UFG.

METODOLOGIA:

Dos 300 inscritos que participaram da 1ª Volta da UFG, que aconteceu no mês de outubro de 2010, aceitaram participar do estudo 37 voluntários. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados por meio de um questionário semi-estruturado contendo informações quanto à freqüência (diária e semanal) e o número de porções consumidas diariamente de frutas e hortaliças. Para avaliação, as hortaliças foram classificadas em tipo A, B e C, de acordo com seu conteúdo de carboidratos e energia. Os dados coletados foram submetidos a uma análise descritiva.

RESULTADOS:

Dos 37 participantes, 70,27% eram do sexo masculino e a média de idade de todos os participantes foi 37,73 ± 13,33 anos. Os resultados indicaram que 5,71% dos entrevistados consomem mais de uma fruta por dia, 56,76% apenas uma fruta por dia, 8,11% de 5 a 6 vezes na semana, 10,81% de três a quatro vezes na semana, 18,92% de uma a duas vezes na semana. Quanto às hortaliças do tipo A 67,57% ingeriam sete vezes na semana, 2,70% cinco vezes, 5,41% quatro vezes, 10, 81% três vezes, 5,41% duas vezes e 8,11% uma vez. As hortaliças do tipo B eram consumidas sete vezes na semana por 40,54% dos entrevistados, cinco vezes por 2,70%, quatro vezes por 8,11%, três vezes por 18,92%, duas vezes por 16,22% e uma vez por 13,51%. As hortaliças do tipo C foram ingerida sete, quatro, três, duas e uma vez por semana por 24,32%, 8,11%,16,22%, 35,14% e16,22% dos avaliados, respectivamente. Ainda foi possível identificar a ingestão de pequena variedade de frutas e hortaliças. Entre as frutas as mais citadas foram banana, maçã e laranja e entre as hortaliças destacaram o tomate, o alface, pepino, cenoura, beterraba, batata e mandioca. Os dados encontrados são semelhantes ao encontrados em outros estudos nacionais e podem configurar um problema de saúde em alguma fase da vida do grupo estudado.

CONCLUSÃO:

A partir dos dados apresentados observou-se que pouco mais da metade dos participantes do estudo consomem pelo menos uma fruta diariamente. Quando se observa o consumo de hortaliças, as do grupo A são consumidos mais frequentemente, por grande parte dos entrevistados. Esses resultados representam uma alerta para esta e as demais populações com hábitos semelhantes, e configuram a necessidade de uma política efetiva que possa contribui na mudança do comportamento alimentar, ou seja, incentivar o consumo de frutas e hortaliças e ao mesmo reduzir o consumo de produtos industrializados.

Palavras-chave: Adultos, Hortaliças, Frutas.