63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 6. Genética |
PRODUÇÃO DE UMA FERRAMENTA DIDÁTICA NO ENSINO DE CITOGENÉTICA. |
Sidney Alvarenga Neto 1 Flávia Melo Rodrigues 2 Juliana Rodrigues 3 |
1. Depto de Ciências Biológicas – UEG 2. Profa. Dra./ Orientadora - Depto de Ciências Biológicas – UEG 3. Profa. Dra./ Orientadora - Depto de Ciências Biológicas – UEG |
INTRODUÇÃO: |
Muitas falhas têm sido observadas no processo de ensino-aprendizagem em Ciências e Biologia. É consenso, entre professores e alunos, que isto se dá, em decorrência da falta de contextualização, das dificuldades de aplicabilidade e abstração dos conceitos abordados (MELLO & RODRIGUES, 2008). Diversos estudos têm, de fato, mostrado que a genética é um tema considerado difícil de aprender (CID & NETO, 2005), mesmo para aqueles alunos que finalizam com sucesso o ensino médio e passam nos exames de acesso a cursos de Biologia. Um número considerável de trabalhos sobre o Ensino de Genética tem sido apresentado nos últimos encontros científicos, surgindo como uma das maiores preocupações no ensino de Biologia (SCHEID & FERRARI, 2006). A Genética é uma ciência extremamente conteudista. Para tornar o processo mais efetivo e dinâmico, é importante utilizar ferramentas que proporcionem prazer aos alunos. Esta estratégia tem sido proposta em algumas Ciências no Brasil, entre elas a Genética (RAMALHO et al., 2006). O trabalho objetivou construir um modelo didático que permita facilitar a compreensão dos diferentes tipos de alterações cromossômicas estruturais, como forma alternativa aos tradicionais métodos de ensino. |
METODOLOGIA: |
Na confecção da ferramenta didática, foram utilizados os seguintes materiais: lâmina de isopor, canetinhas coloridas, cola, estilete, tesoura, palitos, tinta colorida, placas magnéticas, quadro metálico, papel A4, isqueiro, vela e régua. Foram feitos desenhos de dois cromossomos, já duplicados, na lâmina de isopor. Em seguida, os desenhos foram cortados (com estilete aquecido) para a formação dos moldes. Posteriormente, cada braço de cromossomo obtido foi dividido em três segmentos iguais, representando os respectivos os genes (A, B, C – D, E, F), no cromossomo hum e (I, J, K – L, M, N), no cromossomo dois. Os genes foram diferenciados por colorações distintas e cada um recebeu a marcação de sua letra. Finalmente, foram acrescidas placas magnéticas aos fragmentos gênicos, possibilitando a imantação dos mesmos no quadro metálico. A utilização do quadro metálico foi feita de modo a facilitar a visualização das trocas gênicas, entre e dentre os cromossomos 1 e 2, demonstrando, dessa forma, algumas das possíveis alterações cromossômicas em nível estrutural. |
RESULTADOS: |
Foi produzido um modelo capaz de demonstrar as alterações cromossômicas estruturais mais comuns, que são: deleções, duplicações, inversões e translocações. Nas deleções, ocorre a perda de um segmento cromossômico acêntrico. Já nas duplicações, o cromossomo apresenta um segmento extra duplicado. Enquanto que nas inversões e translocações, não se tem ganho nem perda de segmento cromossômico. No primeiro caso, o material genético se encontra em uma seqüência invertida, em relação ao cromossomo normal. No segundo caso, há um rearranjo do material genético, ou seja, o segmento de um cromossomo é trocado com outro, não-homólogo (BEIGUELMAN, 1982). Krasilchik (2004) infere que os modelos didáticos são um dos recursos mais utilizados em aulas de Biologia, para visualizar objetos de três dimensões. Contudo, podendo ter limitações, sendo necessário envolver os alunos na sua produção para que ocorra a aprendizagem. Os avanços no campo da Biologia têm conduzido à necessidade de uma didatização dos conhecimentos, isto é, à facilitação dos mesmos em objetos de ensino. Os modelos são instrumentos sugestivos e podem ser eficazes na prática docente diante de conteúdos, muitas vezes de difícil compreensão, principalmente aos ligados à Genética. |
CONCLUSÃO: |
No presente trabalho, foi elaborado um modelo didático que buscou facilitar o ensino das alterações cromossômicas em nível estrutural, empregando o modelo em moldes de isopor. Acredita-se que esse material seja bastante promissor em sala de aula tendo como principais vantagens: i) ser um método ativo de aprendizagem, capaz de despertar um maior interesse nos alunos; ii) ser extremamente barato, e de execução rápida; iii) permitir a visualização e discussão das principais características do material genético e também explorar alguns aspectos de funcionamento. |
Palavras-chave: Genética, Alterações Cromossômicas Estruturais, Modelo Didático. |