63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências |
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES |
Maria de Fátima da Silva Nascimento 1,2 Larissa Guimarães da Silva 2 Roger Fazollo 2 Carlos Wagner Costa Araújo 1,2,3 |
1. Colegiado de Ciências da Natureza, UNIVASF 2. ECC/UNIVASF 3. Prof. Dr./Orientador - UNIVASF |
INTRODUÇÃO: |
Ensinar ciências. Qual a melhor metodologia? Qual deve ser o perfil do profissional que ensina ciências? Entendemos que hoje, para ser um profissional que ensina ciências, necessita-se muito mais que domínio de conteúdo e boa didática. Há que se levar em conta muitos aspectos, entre eles a formação dos profissionais em ciências, inicial e continuada. Essa última é de grande importância para a atualização dos profissionais, e principalmente para melhorar/inserir a existência do cientificismo nestes profissionais, afinal o processo de aprendizagem deve ser contínuo e não algo restrito que se aprende uma vez e ponto final. A importância não só de projetos e eventos, mas da formação continuada, pode promover a melhoria da educação em ciências. Este resumo relata a Jornada Pedagógica, realizada no município de Pintadas (BA), onde foram aplicadas três oficinas: “Sistema Nervoso”, “Metabolismo das Plantas” e “Cadeia Alimentar” para professores do ensino fundamental e médio do município, uma atividade de formação continuada. O trabalho teve como objetivo analisar a formação dos professores, bem como a apresentação aos mesmos de formas diferentes de tornar suas aulas mais dinâmicas e participativas, minimizando repetir práticas de ensino-aprendizagem clássicas. |
METODOLOGIA: |
As oficinas foram aplicadas no município de Pintadas (BA), durante a Jornada Pedagógica do município, nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2011. Foram aplicadas três oficinas: “Sistema Nervoso”, “Metabolismo das Plantas” e “Cadeia Alimentar”, todas subsidiadas por maletas da Experimentoteca do Espaço Ciência e Cultura da Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF. A oficina enfatizou a utilização de materiais de fácil acesso aos professores, para que as atividades fossem utilizadas em sala de aula, já que uma das dificuldades relatadas pelos professores são a ausência de laboratórios nas escolas e materiais para experiências. A aplicação das oficinas foram experimentais e investigativas. Os monitores sempre buscavam fazer relação de conceitos com o cotidiano dos professores. Esse tipo de analogia pode ser uma forma de visualizar e apropriar de conceitos, por exemplo: foi sugerido que cada grupo escolhesse uma pessoa para olhar em um ponto fixo e a seguir olhar para a ponta de um lápis próximo ao seu olho. Todos deveriam observar e tentar responder o que ocorreu com a pupila do colega. Enquanto um colega pressiona “as costas da mão” do outro com a ponta de uma caneta e em diferentes intensidades, pergunta-se: “Qual a finalidade da dor?”. |
RESULTADOS: |
O público atingindo foi de 11 professores do ensino fundamental e médio da rede pública. Notou-se muita curiosidade por parte dos professores. Percebemos que os conceitos trabalhados já eram de conhecimento dos mesmos (como esperado), e poucos sentiram dificuldades, mesmo tendo alguns que viram os conteúdos trabalhados há muito tempo. O que se tornou novo para eles, foram o material e a metodologia utilizada. A abordagem do conteúdo foi de forma experimental, argumentativa e discursiva, onde os professores tiveram a oportunidade de expressar sua opinião. Pôde-se perceber também, que a aplicação das oficinas promoveu entre os professores momentos de informação, questionamento, integração e aprendizagem, percebemos que houve uma construção coletiva e individual de um saber. Além disso, muitos deles se sentiram estimulados a levarem a experiência para a sala de aula e utilizar a prática com os seus alunos. |
CONCLUSÃO: |
A oficina foi importante para formação (continuada) desse grupo de professores, os quais puderam perceber que mesmo as escolas não tendo recursos (laboratórios e materiais) pode-se construir conhecimento com coisas do próprio cotidiano; e ainda, notarem que o conhecimento/saber não se constitui apenas no resultado final do processo de aprendizagem, mas também no processo de construção do conhecimento. As atividades de formação continuada são essenciais aos profissionais de ciências, visto que essas atividades aproximam os professores do conhecimento e da universidade. |
Palavras-chave: Ensino de Ciências, Profissionais de Ciências, Formação. |