63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências |
COMO APROXIMAR OS ALUNOS DA CULTURA LOCAL COM O ENSINO DE CIÊNCIAS? |
Francisco Lucian Barra da Silva 01 Larize Teixeira Lopes 02 Marizete Evangelista Souza 03 Síntia Patrícia dos Santos Silva 04 Carlos Wagner Costa Araújo 05 |
1. Bolsista PIBID - Colegiado de Ciências da Natureza – UNIVASF 2. Bolsista PIBID - Colegiado de Ciências da Natureza – UNIVASF 3. Bolsista PIBID - Colegiado de Ciências da Natureza – UNIVASF 4. Bolsista PIBID - Colegiado de Ciências da Natureza – UNIVASF 5. Prof.Esp./Orientador – Colegiado de Ciências da Natureza – UNIVASF |
INTRODUÇÃO: |
Este resumo faz parte de uma atividade teórico-prática da disciplina Divulgação Científica do Curso de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. O presente trabalho relata sobre atividades de etnobotânica, em aulas de ciências, realizadas na turma do 6º ano do ensino fundamental II, pelas bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), na Escola Municipal do 1º grau de Tijuaçú, que fica no distrito de Tijuaçú, município de Senhor do Bonfim/BA, sendo esta uma das escolas assistidas pelo PIBID. O projeto tem por objetivo proporcionar um suporte teórico-prático aos alunos que apresentem problemas como: repetência, baixa frequência escolar desmotivação e inovar as aulas práticas, com maior uso da experimentação. O tema abordado foi As Plantas Medicinais, que é muito abundante nessa localidade, por ser uma comunidade quilombola e possuir uma grande diversidade de conhecimentos tradicionais passados de geração a geração. |
METODOLOGIA: |
Nas atividades os alunos debatiam e expressavam suas opiniões sobre o tema em questão numa roda de conversas. A internet foi usada como ferramenta para despertar a curiosidade dos estudantes e ao mesmo tempo procurar fazer um resgate da cultura local, de maneira interativa, vindo a fornecer relevantes contribuições para a conservação da diversidade sócio-cultural e biológica no território. As atividades foram divididas em três fases: levantamento do conhecimento prévio sobre plantas medicinais, na qual foram usadas as seguintes questões: 1) O que é planta medicinal?; 2) Por que é considerada medicinal?; 3) Quais as plantas medicinais que se tem conhecimento?; 4) Fazem uso e quais as formas?. Após responderem as questões, as bolsistas explicaram oralmente à ação terapêutica das plantas, com advertências sobre o mau uso das mesmas. Na segunda fase, os discentes trouxeram amostras de plantas medicinais, sendo dividida a turma em grupos de cinco e fornecido o material para os mesmos e em seguida orientados a fazerem colagens das amostras e a sua identificação. Na terceira fase, houve a construção do livro virtual das plantas medicinais, no qual apresenta ilustrações das mesmas, nome científico e uma forma de utilização. |
RESULTADOS: |
Os dados obtidos por meio de perguntas feitas numa conversa informal, com o intuito de coletar seus saberes sobre “o que é uma planta medicinal?”. A maioria dos alunos afirmou que são remédios para tratamento de doenças. Observa-se que há um grande conhecimento dos alunos, isso se deve ao fato de residirem perto da área rural. A próxima pergunta: “Por que ela é considerada medicinal?” Notou-se que os alunos não souberam respondê-la. Dessa forma, as bolsistas expuseram que as plantas têm esta denominação devido às substâncias químicas presentes nas mesmas, atribuindo assim o seu valor medicinal. Tendo em vista verificar quais plantas medicinais os alunos conheciam, foi proposta a seguinte questão: “Quais plantas medicinais vocês conhecem?”. Neste momento, examinou-se que as mais citadas foram: Erva-cidreira, Hortelã e Boldo. Referente ao seu uso percebeu-se que o chá é a forma mais conhecida. Diante disso, houve a explicação de outras formas de uso. Logo após a confecção de cartazes e construção do livro virtual, foi visto que os alunos souberam usar os conhecimentos adquiridos nas atividades anteriores, se empenhando ao máximo. Devido ao número mínimo de computadores e o tempo disponibilizado, não foi possível a interação de todos. |
CONCLUSÃO: |
Diante desta atividade oferecida pelo projeto PIBID percebe-se a importância do mesmo para o ensino de Ciências nas instituições conveniadas, mais precisamente para a formação acadêmica dos discentes que fazem parte do projeto e como decorrência deste trabalho, como também dos professores que vêem na prática experimental a possibilidade de alguns casos, se distanciarem do método de ensino visto como “tradicional” nas escolas, e aos bolsistas a experiência de estar em contato com os alunos, vivenciando a pratica que brevemente estarão desempenhando, a de professor. Como foi visto nos resultados podemos afirmar que os alunos detêm conhecimentos efetivos sobre a diversidade de plantas medicinais presentes na flora brasileira. Isso devido serem remanescentes de uma comunidade de quilombo. Quanto às formas de uso, o chá foi o mais referido, sendo as outras formas explicadas oralmente pelas Bolsistas. Deste modo, torna-se evidente a contribuição para a melhoria no campo pedagógico da escola obtida pelo projeto, pois se acredita que a introdução de novas formas de ensino trará um melhor proveito escolar dos alunos que estão participando não apenas da atividade descrita, como também das demais atividades oferecidas pelo PIBID. |
Palavras-chave: Plantas medicinais, Experimentação, Diversidade. |