63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 6. Ciência Política - 3. Instituições Políticas
A influência dos fatores sócio-econômicos na auto-percepção ideológica entre os latino-americanos
Gregório Zambon Diniz 1
Henrique Carlos de Oliveira Castro 2
1. Depto de Sociologia - UnB
2. Prof. Dr. Orientador - CEPPAC - UnB
INTRODUÇÃO:
O trabalho aborda o tema da cultura polítca na América Latina no sentido de identificar os valores dos brasileiros, argentinos, mexicanos e chilenos sobre política e instituições e tentar por em voga a influência que os fatores sócio-econômicos tem para a formação dessa cultura. Especificamente, foi feita uma análise dos resultados apontados pelas ondas da pesquisa mundial WVS nestes países sobre níveis de confiança dos brasileiros sobre algumas instituições.
METODOLOGIA:
A metodologia utilizada foi basicamente análise de dados de bancos de dados quantitativos e de entrevistas qualitativas. Foram feitas frequências e cruzamentos pelo programa SPSS na base de dados da pesquisa WVS e análise de conteúdo das entrevistas descritas acima. Além disso, a análise bibliográfica se fez presente, tendo sido bastante importante para a apreensão de certos conceitos e o aprofundamento no tema proposto para pesquisa.
RESULTADOS:
Alguns resultados preliminares podem ser apontados, tais como a baixa confiança dos brasileiros em instituições "políticas" como Partidos, parlamento e sindicatos. Podemos dizer que confiam mais em instituições mais conservadoras, como a Igreja e os militares de um modo geral. Podemos apontar também os brasileiros como dos mais confiantes na igreja, ao passo que menos da metade de população argentina declara a religião como sendo importante. Os Mexicanos são os mais nacionalistas dentre todos os países estudados.
CONCLUSÃO:
Conclui-se preliminarmente que os brasileiros de maneira geral tem uma baixa confiança em sindicatos e no Congresso Nacional, podendo isso significar um processo de diminuição da politização no Brasil. Conclui-se, também preliminarmente, que os membros dos sindicatos não confiam integralmente nos seus dirigentes, também eles confiando mais na Igreja. Podemos pensar em dizer, a priori, que os fatores sócio-econômicos e de socialização e criação influem mais para as pessoas do que a sua participação nestas Instituições. Em outras palavras, confiam mais na Igreja do que no seu próprio Sindicato porque os fatores sociais de sua criação assim o faz pensar. Nota-se também que, apesar de grande proximidade entre Brasil e Argentina, há uma grande diferença de percepção das instiuições sociais e políticas. O Brasil se aproxima mais de países como o México do que a Argentina ou o Chile.
Palavras-chave: Identidade, Sócio-econômico, Cultura.