63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo |
EFEITO DA ADIÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE MATERIA ORGANICA AO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DO IPÊ-ROXO |
Alan Mario Zuffo 1 Ben Hur Marimon Junior 2 Fabrício Ribeiro Andrade 3 Thiago Rodrigo Schossler de Souza 3 Laissa Gabrielle Vieira Gonçalves 4 Rodrigo Soares Belém 5 |
1. Mestrando em Fitotecnia, Universidade Federal do Piauí – UFPI 2. Prof. Dr./Orientador - Depto.de Ciências Biológicas – UNEMAT 3. Mestrando em Agronomia-Solos e Nutrição de Plantas, Universidade Federal do Piauí - UFPI 4. Acadêmica de Agronomia, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT 5. Acadêmico de Agronomia, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT |
INTRODUÇÃO: |
O ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl.), também conhecido como pau d’arco-roxo, ipê-roxo-de-bola pertence à família Bignoniaceae, ocorre em quase todo o território nacional, Paraguai, Argentina entre outros países (Schneider et al., 2000), apresenta um porte arbóreo, decídua, alcançando alturas de 8 a 20 m (Lorenzi, 2002). Tem grande valor ornamental para arborização devido à coloração de suas flores, pode ser utilizada em programas de reflorestamento, mas não tolera áreas húmidas, além de produzir madeira de excelente qualidade para a indústria moveleira. Para que se tenha uma árvore de qualidade há necessidade que a muda também seja de qualidade e como base de uma muda esta o substrato, que pode ser formado de matéria-prima de origem mineral, orgânica ou sintética, de um só material ou de diversos materiais em misturas (Kanashiro, 1999), que podem favorecer ou prejudicar a germinação das sementes por influenciar nos fatores estruturais, de capacidade de retenção de água, grau de infestação de patógenos, aeração entre outros, podem variar de acordo com o material utilizado. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as diferentes fontes de matéria orgânica e definir a mais adequada para o estabelecimento e desenvolvimento da espécie. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido no Viveiro de Mudas da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Nova Xavantina–MT de Janeiro à Fevereiro em estufa com telado sombreado a 50%. As sementes foram coletadas no ano de 2008 e armazenadas na geladeira a ± 10 °C. As sementes foram dispostas em tubetes com capacidade de 120 cm3 sendo duas unidades por recipiente onde procurou-se estudar a influência de diferentes substratos. Foram utilizados: Solo (T1), Solo + 40% de Composto de Esterco Bovino (T2), Solo + 40% de Composto de Folha de Manga (T3), Solo + 40% de Casca de Arroz Carbonizada (T4), Solo + 40% de Substrato Germinar® (T5), Solo + 40% de Esterco Bovino (T6), Solo + 10% de Carvão Vegetal (T7), Solo + 20% de Carvão Vegetal (T8), Solo + 40% de Carvão Vegetal (T9) dispostos em blocos ao acaso, com quatro repetições de 12 tubetes. As diferenças entre os tratamentos foram avaliadas através da análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, utilizando o programa estatístico Sisvar. Foram analisados os parâmetros de germinação (%) inicial, final e índice de velocidade de germinação (IVG) por recipiente, sendo consideradas germinadas as sementes que obtiveram a protusão do embrião. |
RESULTADOS: |
Com a aplicação da análise de variância, constatou-se que houve diferença estatística significativa entre os tratamentos exceto para a variável germinação inicial, que apesar de não apresentar diferença estatística, o tratamento T1 se destacou por apresentar aos sete dias após o plantio uma porcentagem media de germinação em torno de 8,33%. Os demais fatores quando submetidos ao teste de media verificou-se que à porcentagem de germinação final dada aos 18 (dezoito) dias após o plantio que apenas o tratamento T1 apresentou um bom desempenho em relação aos demais se diferindo estatisticamente com 73,95% das sementes germinadas, já os tratamentos T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8 e T9 apresentaram taxa de germinação de 26,04%, 29,16%, 18,75%, 39,58%, 34,35%, 28,12%, 41,66%, e 36,45% respectivamente perfazendo em índices de germinação abaixo de 50%. Para o IVG médio por recipiente o tratamento T1 se destacou apresentando o melhor índice de velocidade de emergência com 7,5 diferindo dos demais, que apresentaram os seguintes índices T2(2,5), T3(3,25), T4(2,5), T5(3,75), T6(3,25), T7(2,5), T8(3,5) e T9(3,5). |
CONCLUSÃO: |
A partir dos resultados pode se dizer que para os nove substratos analisados o substrato apresentando apenas terra foi o que contribuiu significativamente para a germinação das sementes de ipê, podendo esse resultado estar intrinsicamente ligado ao fato da mesma ser uma planta nativa da região de coleta do solo (Cerrado), assim como as qualidades fisiológicas das sementes estarem baixa. |
Palavras-chave: Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl., Reflorestamento, Mudas. |