63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 5. Medicina Veterinária - 5. Reprodução Animal |
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SOROLÓGICO DE NULÍPARAS SUÍNAS E DA PROGÊNIE FRENTE AO PARVOVÍRUS SUÍNO (PPV) |
Laura Espíndola Argenti 3 Danielle Gava 4 Tiago José Mores 5 Fernando Pandolfo Bortolozzo 1 Mari Lourdes Bernardi 1 Ivo Wentz 2 |
1. Prof. Dr. - Setor de Suínos UFRGS 2. Prof. Dr./Orientador - Setor de Suínos UFRGS 3. Graduando - FaVet UFRGS/Setor de Suínos UFRGS 4. Mestre/Médica Veterinária/Pesquisadora - EMBRAPA Suínos e Aves 5. Mestre/Médico Veterinário - Nutron Alimentos |
INTRODUÇÃO: |
O presente trabalho teve como objetivo a caracterização do perfil sorológico de nulíparas frente ao PPV. Hoje sabe-se que os animais frequentemente atingem o peso de cobertura antes mesmo de estarem plenamente vacinadas contra o PPV, e isso acaba provocando um atraso no início da vida reprodutiva destes animais. Além disso, os últimos estudos semelhantes foram realizados ainda no final da década de 70 e início da década de 80. Cabe também salientar que o teste utilizado para a caracterização é o ELISA, ainda não padronizado no Brasil mas já considerado o padrão ouro fora de nosso país. |
METODOLOGIA: |
O estudo foi constituído por 100 nulíparas suínas e três fêmeas de suas respectivas leitegadas, totalizando ao final 188 leitoas. Foram realizadas quatro coletas de sangue das nulíparas: entre 160 e 190 dias de idade, antes da primeira dose da vacina contra PPV; 28 dias após a primeira, sendo 14 dias após a segunda dose da vacina; no dia do parto e durante a segunda gestação, após a vacinação de reforço. Nas fêmeas da leitegada foram realizadas seis coletas de sangue: logo após o parto, antes de mamar o colostro; aos 7, 21, 55, 85 e 120 dias de idade. As amostras foram testadas laboratorialmente através do ELISA e a análise estatística foi descritiva, com foco para a média. |
RESULTADOS: |
Como resultados, na 1ª coleta muitas fêmeas apresentam anticorpos, e ao comparar com a 6ª coleta dos leitões, no qual 97,87% não apresentam anticorpos, conclui-se que estes são oriundos de infecção. Apesar de 100% das fêmeas possuírem anticorpos após a segunda dose da vacina, não se pode afirmar se estes são oriundos da vacinação ou infecção, bem como se os anticorpos apresentados anteriormente interferiram na resposta humoral. Esta mesma interpretação pode ser tomada ao avaliar o perfil de anticorpos na 4ª coleta, onde não se pode afirmar a origem dos mesmos. Já ao analisar o perfil dos leitões, pode-se observar a curva da imunidade passiva, e conforme esperado, os leitões não apresentam anticorpos ao nascimento. Ao ingerir colostro, a imunidade passiva aumenta, e no momento do desmame, aos 21 dias, já começa a decair, chegando quase a nulidade aos 85 dias de idade. |
CONCLUSÃO: |
Estes dados são diferentes dos apresentados na literatura até o momento, os quais afirmam que a imunidade passiva persiste até três a sete meses de idade. Isso poderia implicar em uma mudança do esquema de vacinação hoje proposto, pois não haveria mais a preocupação da interferência dos anticorpos maternos nestes animais. |
Palavras-chave: Ciências Agrárias, Suínos, Parvovirose. |