63ª Reunião Anual da SBPC |
F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Educação Física e Esportes - 1. Educação Física e Esportes |
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA DAS ALUNAS DE GINÁSTICA DO SESI MARACANAÚ - CE |
Patrícia Domeneguetti Ferreira 1 Valéria Nogueira Moura 2 Jardenia Chaves Domeneguetti 3 |
1. Aluna do Curso de Especialização em Fisiologia do Exercício - UECE 2. Aluna do Curso de Graduação em Educação Física - UECE 3. Profa. Esp./ Orientadora – Depto. de Educação Física - UECE |
INTRODUÇÃO: |
A prática da atividade física está intimamente ligada com a história do homem, desde sua origem. As diversas mudanças econômicas, sociais e culturais pelas quais o ser humano passou no decorrer de milhares de anos afetaram profundamente sua percepção da atividade física, da saúde e do seu próprio corpo. Nos dias atuais, nos deparamos com diversas formas para prática de atividade física e, as academias de ginástica tornaram-se espaços representativos do olhar sobre a prática de exercícios, oferecendo para a população a possibilidade da prática regular de exercícios, o que tem um papel decisivo no contexto na melhoria do bem-estar geral. O presente estudo verificou o nível de resistência muscular localizada (RML) das alunas matriculadas na prática de ginástica do SESI de Maracanaú. Foi escolhida a prática de ginástica do SESI Maracanaú para ser avaliada, porque a instituição oferece diversas atividades com o objetivo de promover saúde e bem estar e, não seria diferente com a ginástica. O estudo aqui presente visa também analisar se os níveis da RML são condizentes com os padrões descritos na literatura, analisando, assim, os efeitos positivos e negativos da prática da ginástica para estes indivíduos. |
METODOLOGIA: |
Foram aplicados dois testes para definição de tais níveis, um teste de flexão de tronco (abdominal) e flexão de cotovelo (apoio de frente). A população do estudo foi de 80,95% das alunas praticantes com idade igual e acima de 20 anos. A seleção foi feita com as mulheres que aceitaram participar como voluntárias e que responderam o questionário Par-Q completo independentemente do nível de alfabetização das mesmas, pois indiscriminadamente, os questionários foram aplicados e preenchidos verbalmente pelo pesquisador. Participaram da pesquisa mulheres que praticam ginástica no SESI de Maracanaú a no mínino 3 meses, com freqüência mínima de 3 vezes por semana. Os testes foram realizados na própria sala de ginástica, a execução foi sobre um colchonete e cada voluntária foi avaliada individualmente e, estando às mesmas com roupas leves e tênis. |
RESULTADOS: |
Os dados obtidos foram comparados com tabelas de valores padronizados e apresentados de forma descritiva. A amostra foi de 34 alunas, divididas em 4 categorias por idade: 20 - 29, 30 – 39, 40 – 49 e 50 - 59 sucessivamente. A primeira categoria ficou com 6 alunas (17,64% do total) com pouco mais de 3 meses, 1 aluna (2,96%) com pouco mais de 6 meses e 2 alunas (5,89%) com mais de 1 ano. A segunda categoria ficou com 5 alunos (14,70%) com pouco mais de 3 meses, 3 alunas (8,82%) com pouco mais de 6 meses e 2 alunas (5,89%) com mais de 1 ano. Já na terceira e quarta categorias todas as alunas se enquadraram no tempo de prática da ginástica em mais de um ano, com 10 alunas (29,41%) a terceira categoria e com 5 alunas (14,70%) a quarta categoria. A média do IMC encontrado em cada categoria foi de 28,44 para alunas de 20 – 29 anos, 26,03 para alunas de 30 – 39 anos, 26,41 para alunas de 40 -49 anos e de 22,15 para alunas de 50 – 59 anos. O teste de flexão de tronco a média do grupo pesquisado foi de 20,44 repetições para a primeira categoria, 23,20 repetições para a segunda categoria, 30,51 repetições para a terceira categoria e 27,40 repetições para a quarta categoria. O teste de flexão de cotovelo a média do grupo pesquisado foi de 27,22 repetições para a primeira categoria, 35 para a segunda, 44,10 para a terceira e 42,20 para a quarta. |
CONCLUSÃO: |
Percebemos que quem praticou ginástica no SESI de Maracanaú por mais tempo teve melhor desempenho independentemente da idade. As repetições foram sempre em maior quantidade nos grupos que possuíam mais tempo na ginástica. Classificando-se nas tabelas em níveis mais elevados. Tendo em vista que não foram analisados se havia ou não periodização do treinamento (aulas de ginástica), poderia ser interessante analisar a possibilidade de um planejamento nesse sentido, visando a aquisição de melhor resposta nos testes de RML mais cedo. Poder-se-ia assim traçar um comparativo entre alunos que participaram de um planejamento dentro das regras de periodização do treinamento e de alunos que, mesmo com mais tempo de treino, não contaram com esse tipo de organização dos treinos. |
Palavras-chave: Ginástica, Avaliação, Resistência muscular localizada. |