63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 7. Ortodontia
PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES EM IDOSOS
Marjorie Takei Yoshie 1
José Gustavo Dala Déa Camacho 2
Ricardo de Lima Navarro 2
Karen Barros Parron Fernandes 2
Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti 2
Paula Vanessa Pedron Oltramari-Navarro 3
1. Graduação em Odontologia, Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde - UNOPAR
2. Programa de Pós-Graduação em Odontologia - UNOPAR
3. Profa. Dra. / Orientadora - Programa de Pós-Graduação em Odontologia - UNOPAR
INTRODUÇÃO:
A expectativa de vida da população tem aumentado consideravelmente e a cada dia um maior número de idosos tem se preocupado com a saúde. O envelhecimento produz alterações biológicas que influenciam a qualidade de vida do idoso. Dessa forma, o estudo e diagnóstico das condições de saúde dessa população fornecem subsídios para o planejamento de ações intersetoriais de promoção de saúde. O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência dos sinais e sintomas das Disfunções Temporomandibulares (DTM) em idosos.
METODOLOGIA:
A amostra consistiu de 200 idosos fisicamente independentes, com idade média de 69,21 anos (mín. 60, 25, max. 85,88), de ambos os gêneros (123 mulheres, 77 homens), selecionados aleatoriamente por meio das Unidades Básicas de Saúde. A avaliação da presença de sinais e sintomas de DTM foi dividida em 3 etapas: questionário anamnésico, avaliação da articulação temporomandibular (ATM) e exame muscular, realizados na clínica odontológica da universidade. Os resultados foram avaliados por meio do programa estatístico SPSS, versão 15.0, utilizando-se estatística descritiva e os testes do Qui Quadrado e de Tendência.
RESULTADOS:
A presença de DTM foi observada em 77% da amostra, sendo considerada leve em 50,5%, moderada em 19,5% e severa em 7%. Quanto à prevalência de DTM entre os gêneros, verificou-se em 82,9% das mulheres e 67,5% dos homens, com prevalência significantemente maior para o gênero feminino (p= 0,0003). Ainda, verificou-se correlação significante entre a severidade da DTM e a palpação da ATM (p=0,025), dos músculos mastigatórios (p=0,0001) e dos músculos cervicais (p=0,0001). Quanto à porcentagem de dentes ausentes, 87,5% dos indivíduos apresentavam perda de mais de 10 elementos, 8% de 5 a 10 e 4,5% de 0 a 4. Contudo, não houve correlação significante entre número de dentes perdidos e severidade de DTM (p=0,4190). Os idosos apresentaram uma alta prevalência de DTM, sendo a maioria no gênero feminino, de grau leve, relacionada à palpação na ATM, músculos mastigatórios e cervicais.
CONCLUSÃO:
Considerando a alta prevalência de sinais e sintomas de DTM encontrada para a população estudada, a realização de um exame clínico detalhado para investigar a presença dessas disfunções é essencial e não deve ser negligenciado durante o atendimento ao paciente idoso.
Palavras-chave: Idosos, Disfunção Temporomandibular, Articulação Temporomandibular.