63ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 4. Engenharia de Materiais e Metalúrgica
Sanidade superficial e a variação da distância do bico de contato/peça.
Everton Augusto Maciel Mendonça 1
Emanuel Bruno Ferreira dos Santos 1
Renata Abdon de Sá Seixas 2
Tárcio dos Santos Cabral 3
Lúcio da Silva Barbosa Filho 3
Eduardo de Magalhães Braga 4
1. Graduando - Faculdade de Engenharia Mecânica - UFPA
2. Graduanda - Faculdade de Engenharia Naval - UFPA
3. Mestrando - Faculdade de Engenharia Mecânica - UFPA
4. Prof. Dr./Orientador - Faculdade de Engenharia Mecânica - UFPA
INTRODUÇÃO:
A grande maioria das turbinas hidroelétricas do Brasil é constituída de aço carbono revestida por uma camada de aço inox. O revestimento se faz necessário a fim de evitar danos extremos por corrosão, erosão, etc., no nosso caso devemos tentar evitar o fenômeno da erosão por cavitação. A erosão por cavitação é basicamente entendida como a perda progressiva de material de uma superfície sólida por consequência do colapso de bolhas de vapor formadas num líquido à pressão e temperaturas críticas. Hoje no país cerca de 75% das usinas hidroelétricas estão operando com algum tipo de problema de cavitação em seus equipamentos. O objetivo deste trabalho é avaliar a influência da variação da distância bico de contato/peça na sanidade superficial dos cordões de solda de revestimentos de aço inox em aços carbonos.
METODOLOGIA:
Nos procedimentos de soldagem foram mantidos os valores de aporte térmico constante, variando apenas a distância bico de contato peça – DBCP em 10 níveis (de 15 a 25mm com o passos de 1mm). Simulando uma cavidade de 1mm por exemplo, o DBCP será de 16mm e assim sucessivamente até uma simulação da cavidade de 10mm com o DBCP de 25mm. Foram confeccionados 11 corpos de prova na serra de fita, preparados e soldados com 4 cordões de solda depositadas sobre aço inoxidável austenítico AISI 304, na posição plana, nas dimensões de 150x101,6x12,7mm, com sobreposição de 30% entre os cordões. Os experimentos foram obtidos empregando o processo de soldagem MIG em uma bancada de soldagem ajustada para operação automatizada. Este trabalho foi realizado com o emprego de um eletrodo maciço de aço da classe AWS ER 309L (φ=1mm). O gás de proteção utilizado foi o Ar + 2% O2 com uma vazão de 15 l/min. Para a verificação da sanidade superficial, realizou-se um ensaio de líquido penetrante. Aplica-se o líquido penetrante sobre a superfície a ser ensaiada e após remover o excesso da superfície, faz-se realçar na descontinuidade no corpo de prova, utilizando um revelador. Para o liquido, foi utilizado o produto em spray Metal-Chek modelo VP-30 e para o revelador modelo D70.
RESULTADOS:
Na análise dos corpos de prova, verificou-se que nenhum cordão de solda apresentou qualquer descontinuidade na junta soldada por meio do ensaio não destrutivo de liquido penetrante. Estes resultados corroboram com os dados encontrados para a estabilidade do arco e inspeção visual e, como conseqüência, um bom aspecto do cordão.
CONCLUSÃO:
Resultados satisfatórios foram encontrados no aspecto superficial dos cordões de solda.
Palavras-chave: distância bico de contato peça, líquido penetrante, sanidade.