63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem |
AVALIAÇÃO DO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AO PORTADOR DE MARCAPASSO CARDÍACO ARTIFICIAL DEFINITIVO |
Katarinne Lima Moraes 1 Ana Cássia Mendes Ferreira 1 Laidilce Teles Zatta 1 Lizete Malagoni de Almeida Cavalcante Oliveira 1 Luiz Antonio Brasil 2 Virginia Visconde Brasil 1 |
1. Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da UFG 2. Enfermeira Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da UFG 3. Enfermeira Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da UFG 4. Doutora em Enfermagem. Professor Associado da Faculdade de Enfermagem da UFG 5. Médico. Doutor em Cirurgia Cardiovascular. Professor Associado da Faculdade de Medicina da UFG 6. Profa.Dra. / Orientadora – Faculdade de Enfermagem / UFG |
INTRODUÇÃO: |
atualmente são implantados milhares de marcapassos cardíacos novos no mundo e no Brasil são realizados aproximadamente 12 mil implantes iniciais por ano. Inúmeras vezes ocorrem restrições na vida familiar e profissional dos portadores de marcapasso cardíaco artificial definitivo derivadas de mitos e crenças, que poderiam ser minimizadas se eles fossem orientados adequadamente por profissionais, e tivessem à sua disposição, orientações escritas que pudessem ser lidas depois do momento da consulta. Por considerar que esse fato pode interferir na qualidade de vida dos portadores, e que, entre outros fatores, tem relação com a ausência de orientações sobre o assunto, se fez necessário listar essas orientações em linguagem acessível à pessoa leiga, sugeridas por profissionais e portadores de marcapasso cardíaco artificial definitivo (Moraes e Brasil, 2009). Foi objetivo do estudo validar a lista de orientações para o portador de marcapasso cardíaco artificial definitivo elaborada por Moraes e Brasil (2009). |
METODOLOGIA: |
estudo descritivo exploratório realizado em ambulatório de cardiologia de uma instituição de ensino e em duas clínicas particulares de Goiânia / GO, com 102 portadores de marcapasso cardíaco definitivo entre março e maio de 2010. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com a metade esperada do grupo (50) com auxílio de um ckeck list contendo as orientações de Moraes e Brasil (2009). Os itens foram avaliados quanto à compreensão e ainda foram identificadas outras dúvidas dos portadores de marcapasso e sugestão de inclusão de novos itens. Aqueles itens não compreendidos por pelo menos 1/3 dos sujeitos foram redigidos novamente e reapresentados aos demais indivíduos (52). Foram também selecionadas figuras representando o tórax, o local, a incisão cirúrgica, o gerador, os eletrodos e situações cotidianas das atividades diárias, sendo acessíveis inclusive àqueles que apresentavam dificuldades de leitura e interpretação da mensagem escrita. As sugestões foram agrupadas por similaridade de conteúdo e apresentadas com auxílio de estatística descritiva simples. |
RESULTADOS: |
os entrevistados eram na maioria idosos (idade média 60,5 anos) e do sexo feminino (55%), como os de outros estudos nacionais. A maioria (98%) dos portadores de marcapasso apresentou dúvidas em relação aos itens referentes a miopotenciais, litotripsia, diatermia e eletro-acupuntura, porque desconheciam o significado das palavras. Os portadores sugeriram a inclusão de itens que orientassem sobre o procedimento para troca da bateria (10%), sobre o uso de relógio de pulso com pilhas (15%) e de aparelhos elétricos como secador de cabelos, alisador de cabelos e sobre utilizar produtos para alisamento de cabelos (20%). As orientações foram agrupadas em cinco grupos: funcionamento do marcapasso, orientações pré e pós-operatórias, possíveis interferências e dúvidas freqüentes. |
CONCLUSÃO: |
a lista de orientações foi considerada válida pelos portadores de, para esclarecimento de dúvidas corriqueiras que aparecem no dia-a-dia, quando não há um profissional a quem eles possam recorrer. E assim, foi possível elaborar um manual ilustrado, que poderá facilitar o trabalho dos profissionais e contribuir para melhorar a qualidade de vida do portador de marcapasso e seus familiares. |
Palavras-chave: Marcapasso cardíaco artificial, Enfermagem, Qualidade de vida. |