63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 1. Anatomia Patológica e Patologia Clínica
AVALIAÇÃO MOLECULAR DA PROTEÍNA EP-CAM EM PACIENTES COM CARCINOMA DUCTAL INFILTRANTE DE MAMA
Reyner Abrantes Stival 1
Vera Aparecida Saddi 1,2,3
Junelle Paganini 1
Flávio Monteiro Ayres 1
Élbio Cândido de Paula 2
Gustavo Nogueira Caixeta 2
1. Pontifícia Universidade Católica de Goiás
2. Hospital Araújo Jorge
3. Profa. Dra./ Orientadora – Programa de Mestrado em Genética e Depto de Medicina - PUCGO
INTRODUÇÃO:
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o primeiro entre as mulheres. Nas duas últimas décadas, diversos estudos sobre o câncer de mama enfocaram a expressão e as possíveis rotas de sinalização celular da molécula de adesão celular epitelial (EpCAM). Altos níveis de expressão de EpCAM têm sido descritos em neoplasias malignas de origem epitelial, incluindo o câncer de mama. O papel da proteína EpCAM em células tumorais é controverso. Entretanto, se a substituição da forte adesão exercida pela E-caderina for substituída pela fraca adesão homofílica de EpCAM, sua expressão deve estar relacionada com invasão e metástase.
METODOLOGIA:
O objetivo de nosso estudo consistiu em avaliar a expressão de EpCAM, pelo método de imuno-histoquímica, em um grupo de 98 carcinomas de mama. As possíveis associações entre a expressão de EpCAM e os aspectos clinicopatológicos dos tumores foram investigadas.
RESULTADOS:
A expressão de EpCAM foi negativa em 10 casos (10,2%); foi baixa em 45 casos (45,9%) e alta (super-expressão) em 43 casos (43,9%). Com base nos casos avaliados, nenhuma associação significativa foi observada entre a superexpressão de EpCAM e a sobrevida global em cinco anos das pacientes, mesmo para aquelas com comprometimento de linfonodos axilares. De forma similar, nenhuma associação significativa foi observada entre a super-expressão de EpCAM e os fatores prognósticos clássicos para o câncer de mama, como tamanho do tumor, comprometimento de linfonodos axilares, status de receptores hormonais, superexpressão de c-erbB-2 e imunodetecção de 53.
CONCLUSÃO:
Nossos resultados não evidenciaram nenhuma associação significativa entre os níveis de expressão de EpCAM e os fatores prognósticos clássicos para o câncer de mama. Entretanto, o reduzido número de casos avaliado neste estudo pode ter limitado as associações investigadas. Assim, uma análise ampliada do número de casos (250 casos) encontra-se em fase de conclusão por nosso grupo, podendo fornecer resultados mais informativos para esta análise.
Palavras-chave: Câncer de mama, EpCAM, Imuno-histoquímica.