63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 3. Clínica Médica
Avaliação da relação de colesterol não-HDL, sexo e idade em idosos residentes da Casa dos Idosos da Vila Mutirão de Goiânia-GO.
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio 1
Talissa Moraes Tavares Miranda 2
Sandro Batista de Andrade Júnior 3
Marília Neves Pereira 3
Izadora Arrais Rosenthal 3
Thaisa Martins Brito 3
1. Profa. Msc./ Orientadora - Depto de Ciências Biológicas - PUC-GO
2. Profa. Dra./ Orientadora - Depto de Medicina - PUC-GO
3. Acadêmico - Depto de Medicina - PUC-GO
INTRODUÇÃO:
Os conteúdos alimentares de gorduras saturadas e de colesterol influenciam os níveis lipídicos plasmáticos.O acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol como a LDL no plasma resulta em hipercolesterolemia; considerada presente para níveis séricos de colesterol => 200 mg/dL.
A hipercolesterolemia é fator de risco para os idosos, sendo mais freqüente na faixa dos 65 aos 74 anos.A relação entre o colesterol total e doença coronariana é positiva dos 40 aos 70 anos.
Sabe-se que algumas mulheres no pós climatério, experimentam uma redução estrogênica que favorece o surgimento da obesidade central que pode originar complicações metabólicas como a dislipidemia.
Sabe-se ainda que, maiores percentuais dos níveis séricos de colesterol são encontrados em indivíduos do gênero masculino, quando comparados ao gênero feminino.
Este estudo tem por objetivo a avaliação das possíveis oscilações dos níveis séricos do Colesterol não-HDL nas faixas etárias estabelecidas e entre os sexos feminino e masculino.Considerando que nos últimos anos as doenças cardiovasculares se tornaram um importante problema de saúde pública. O presente estudo tem a relevante função de contribuir para que estratégias preventivas eficazes de promoção em saúde sejam elaboradas.
METODOLOGIA:
• Sujeitos do estudo: Pacientes atendidos nos serviços de Endocrinologia
• Divisão adotada para as faixas etárias:
50-64 anos (6 sujeitos participantes)
65-79 anos (13)
80-94 anos (11)
• Divisão para os sexos:
Sexo masculino (15 sujeitos participantes)
Sexo feminino (15)
• Processamento das amostras
Cerca de 10 ml de sangue colhido, por punção venosa, do paciente após jejum mínimo de 12h, em frascos secos para as dosagens bioquímicas, os quais foram acondicionados em caixas de isopor contendo gelo, vedadas para o transporte. As amostras de sangue foram processadas e analisadas no Laboratório de Análises Clínicas. As dosagens do colesterol total (CT) e dos triglicerídeos (Tg) foram realizadas por métodos enzimáticos tradicionais.As dosagens do HDL-C foram realizados por métodos diretos, sem precipitação, e a estimativa da fração LDL-C calculada pela fórmula de Friedewald.O perfil lipídico é definido pelas determinações bioquímicas do triglicérides (TG),colesterol total (CT), HDL-colesterol (HDL-C), e do colesterol ligado à LDL ou LDL-colesterol (LDL-C) após jejum.O LDL-C pode ser calculado pela equação de Friedewald:
LDL-C = CT - HDL-C - TG/5, onde TG/5 representa o colesterol ligado à VLDL (VLDL-C), ou diretamente mensurado no plasma.
RESULTADOS:
Para mensuração foram usados os valores preconizados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia que considera os seguintes valores:
• x<130 como valor normal
• 130• 160Quanto maior o nível de NHDL-C maior o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Dos 15 homens presentes no estudo 8(53%) se encontravam com valor normal de NHDL-C e 7(47%) com valor discretamente elevado. Das 15 mulheres presentes no estudo 7(47%) se encontravam com valor normal de NHDL-C, 5(33%) com valor discretamente elevado e 3(20%) com valor elevado. Logo o fator sexo feminino se configura como fator de risco, já que se for considerado os valores elevados, eles só aparecem no sexo feminino
Da faixa entre 50-64 anos no estudo 3(50%) se encontravam com valor normal de NHDL-C, 1(17%) com valor discretamente elevado e 2(33%) com valor elevado. Da faixa entre 65-79 anos no estudo 7(54%) se encontravam com valor normal de NHDL-C, 5(38%) com valor discretamente elevado e 1(8%) com valor elevado. Da faixa entre 80-94 anos no estudo 5(56%) se encontravam com valor normal de NHDL-C e 4(44%) com valor discretamente elevado. Logo quanto mais jovem for o idoso maior o fator de risco, pois valores elevados e valores discretamente elevados aparecem com maior freqüência em idosos de menor idade.
CONCLUSÃO:
Por fim, relacionando os fatores presentes nessa população de idosos infere-se que quanto menor a idade o valor do colesterol não HDL se encontra mais elevado, e pode-se inferir também que o sexo feminino se configura como um fator de risco para colesterol não HDL elevado. O colesterol não HDL configura maior risco para doenças cardiovasculares, logo o risco cardiovascular, avaliando a população estudada, aumenta em idosos do sexo feminino e com menor idade.
Palavras-chave: colesterol não HDL, Idade, Sexo.