63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 1. Geografia Humana |
TERRITORIALIZAÇÃO EM ÁREAS DE ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA: UM ESTUDO PA’ JOÃO BATISTA II, CASTANHAL, PARÁ |
José Antônio Guilherme Junior 1 João Santos Nahum 2 |
1. PPGEO, Universidade Federal do Pará, UFPA 2. Prof. Dr./Orientador- Depto. de Geografia- UFPA |
INTRODUÇÃO: |
Os assentamentos rurais são unidades produtivas construídas a partir do reordenamento do uso da terra para o benefício de trabalhadores rurais. A criação de condições de organização social e uso da terra são fatores cruciais para fixar o assentado nessas unidades (BERGAMASCO; NOBER, 1996, p.7). Segundo Sauer (2005), a criação dos assentamentos de reforma agrária é resultado de conflitos, lutas populares e demandas sociais, pelo direito de acesso a “terra livre” e “trabalho liberto” (OLIVEIRA, 2001). A precariedade infra-estrutural nos assentamentos, as dificuldade de comercialização são fatores motivacionais para o abandono do campo. O objetivo desse trabalho é analisar alguns dos principais desafios para a consolidação de áreas de assentamento de reforma agrária, enfocando o assentamento João Batista II, Castanhal, Pará |
METODOLOGIA: |
Para realizar nossa pesquisa optamos por fazer um estudo de caso, devido seu enquadramento na pesquisa qualitativa. Nosso recorte espacial foi o assentamento João Batista II, o mais antigo da Mesorregião Nordeste Paraense, com um avançado grau de organização interna, sobre orientação do MST. A pesquisa foi realizada durante os anos de 2009 e 2010, através de uma revisão bibliográfica e observação em loco através da realização de um trabalho de campo |
RESULTADOS: |
Os trabalhadores assentados têm encontrados dificuldades na manutenção do processo de territorialização, principalmente relacionados a duas variáveis, as quais seriam: o mercado (acesso ao mercado e a desvalorização dos produtos comercializados). Quanto à infra-estrutura, como apresenta, Mendonça (2004), “o transporte do assentamento até Castanhal (20km do assentamento) é feito diariamente por uma empresa de ônibus particular que também é utilizado para transportar a produção”. A necessidade de uma rede de transporte mais estruturada para o assentamento configura-se como uma dificuldade encontrada. |
CONCLUSÃO: |
Os assentados do PA João Batista II, em seu processo de territorialização (produção de seu território), encontram desafios, principalmente no transporte e comercialização de seus produtos, tendo em vista, a precariedade nas redes infra-estruturais, sobre tudo, no que tange o escoamento da produção. As dificuldades citadas tem sido um elemento, impulsionador da saída de pessoas do assentamento. |
Palavras-chave: Assentamento, Assentado, Territorialização. |