63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 1. Entomologia e Malacologia de Parasitos e Vetores
POTENCIAL DO Arilus sp (HEMIPTERA – REDUVIIDAE) COMO CONTROLADOR BIOLÓGICO DE Phytomonas staheli NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE-RONDÔNIA
Irizádina Maria da Silva 1
Renato André Zan 2
Dionatas Ulises de Oliveira Meneguetti 3
Olzeno Trevisan 4
Filomena Maria Minetto Brondani 5
Nathalia Vieira Barbosa 6
1. Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA
2. Químico-mestre em quimica -docente/FAEMA
3. Biólogo-mestre em Genética -docente/FAEMA
4. Biólogo - Doutor em Entomologia - docente/CEULJI/ULBRA -Orientador
5. Químico-mestre em quimica -docente/FAEMA
6. Químico-mestre em quimica -docente/FAEMA
INTRODUÇÃO:
O protozoário denominado fitomonas, é prejudicial a diversas culturas como: coqueiros, dendezeiros, pupunha, açaí e outras espécies de palmáceas. Este mal é causado pelo protozoário P. staheli. Os percevejos do gênero Lincus da família Pentatomidae são os vetores, porém muitas vezes é difícil encontrá-los em plantas atacadas. Nas regiões de condições cacaueiras é transmitido por um percevejo de nome cientifico Lincus lobuliger. Este percevejo vive sobre o solo da floresta geralmente em grupos a procura de plantas para se alimentar, porém, a ciência ainda desconhece onde os percevejos contaminam-se com os protozoários e depois transmitirem as palmeiras. Os percevejos do gênero Arilus são predadores de diversas pragas agrícolas, o presente trabalho testou a potencialidade deste percevejo como controlador biológico do P. staheli em seu ambiente natural.
METODOLOGIA:
Foram coletados mensalmente 10 Arilus sp de maio a setembro de 2010, totalizando 50 espécimes, estes capturados com busca ativa em Sistema Agroflorestal (SAF), que localiza-se a uma latitude 10º43'087" sul e a uma longitude 62º13'314" oesteda, que pertence a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) no município de Ouro Preto do Oeste–RO. Os Arilus sp foram coletados e encaminhados em caixa térmica, com temperatura ambiente para o laboratório de microscopia do Centro Universitário Luterano de Ji-paraná – (CEULJI/ULBRA). Foram preparados esfregaços em lâminas do tubo digestivo dos Arilus sp, para averiguar a presença de P. staheli resultante da alimentação dos mesmos com L. lobuliger contaminados, os esfregaços foram fixados em metanol e corados com Giemsa e observados em microscopia óptica com objetiva de 40x, para se verificar a positividade quanto à presença de protozoários.
RESULTADOS:
Dos 50 Arilus sp analisados, ouve um índice de 64% de contaminação, ocorrendo positividade em todas as coletas. Não foi encontrados registros de estudos evidenciando a incidência destes protozoários em insetos predadores como, por exemplo, a espécies Arilus sp, sendo este um experimento piloto.
CONCLUSÃO:
Constatou-se que pode ser feito o controle biológico do P.staheli com a introdução dos Arilus sp, pois no ambiente natural esses predadores estão fazendo um controle biológico dos percevejos do gênero Lincus da família Pentatomidae que são vetores do protozoário P.staheli.
Palavras-chave: protozoário, Phytomonas, reduviidae.