63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 8. Botânica |
ADEQUAÇÃO DE UM PLANTIO DE ESPÉCIES NATIVAS, EM UMA ÁREA DEGRADADA NO RESERVATÓRIO DE ITUPARARANGA – SP. |
Daphne Delduca Tonon 1 Minoru Iwakami Beltrao 2 Vilma Palazetti de Almeida 3 |
1. Orientada - Formacao Academica em Ciencias Biologicas PUC/SP 2. Prof. Dr. Co-orientador - Departamento de Ciencias do Ambiente PUC/SP 3. Profa. Dra. Orientadora - Departamento de Morfologia e Patologia PUC/SP. |
INTRODUÇÃO: |
A restauração florestal tem se voltado à revegetação de matas ciliares, segundo, Rodrigues & Gandolfi (2007), visto as exigências legais que protegem e as matas próximas a cursos d’água e nascentes pelo código florestal brasileiro (BARBOSA, 2006). As matas ciliares, não só preservam os recursos hídricos evitando e estabilizando assoreamentos e processos erosivos, como mantém a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora com a formação de corredores ecológicos, interligando fragmentos e impedindo o desenvolvimento de espécies isoladas(SKORUPA, 2003). Entretanto, o que observamos são áreas destinadas a pastagem no local onde o código define como Area de Preservacao Permanente, devido a facilidade e proximidade do gado com a água. O uso da área com este tipo de atividade promove a compactação do solo, prejudica o banco de sementes existente naquele local, impede a ligação entre os fragmentos remanescentes e garante um ambiente adequado ao desenvolvimento de espécies exóticas invasoras que dificultam o desenvolvimento de espécies nativas na área degradada, uma vez que competem por recursos e condições abióticas do ambiente (RODRIGUES & GANDOLFI, 2007). Para que o sucesso da restauração e implantação florestal de uma determinada área seja efetivo sao necessárias medidas de acompanhamento. Este trabalho objetivou o monitoramento e manejo de uma área ciliar degradada restaurada na represa de Itupararanga - SP. |
METODOLOGIA: |
Entre outros tratamentos realizados para a restauração florestal da área, foram instaladas, em 2007, 4 parcelas de 20m X 25m. Com auxílio de um subsolador, foram instaladas as linhas de plantio, As covas foram abertas, por uma broca hidráulica junto ao trator, com 50 cm de profundidade, 40 cm de largura, distantes 3 metros cada uma, instalando assim linhas alternadas de 7 covas para as espécies de preenchimento e 6 covas para as espécies de diversidade, totalizando 78 covas por parcela.A escolha das espécies florestais para o plantio, foi baseada na resolução SMA 47, para o bioma de Floresta Estacional Semidecidual, sendo elas distribuídas em linhas de preenchimento e linhas de diversidade. Tambem foram realizadas analises de solo, controle de gramineas, substituicao de individuos mortos, entre outras acoes. As medidas utilizadas como indicadoras de desenvolvimento são: a altura da planta desde sua base até o meristema apical, no caso da ausência deste, ocasionado pela falha no isolamento da área, a planta foi medida da sua base até o meristema mais alto, utilizando o metro; medições do diâmetro da base(DAB) para acompanhamento do crescimento secundário estipulado com o uso do paquímetro; o crescimento do diâmetro da copa das mudas, medido sempre na posição de frente com o reservatório, abrangendo as folhas de ambos os lados da planta, para mensuração da copa e capacidade de sombreamento, também com o uso do metro. As medicoes eram realizadas mensalmente. |
RESULTADOS: |
Entre as espécies apresentadas, merecem destaque a aroeira pimenteira, que se apresenta em sua segunda floração. SOUZA (2001), recomenda esta espécie para recuperação de áreas, a destacando como espécie promissora no crescimento em altura. Os indivíduos de Timburi apresentaram crescimento satisfatório quando medidos em altura, Para KLEIN (2005), a altura média encontrada para os indivíduos de Timburi foi superior quando comparado a espécie Canafístula (Senna multijuga). Demonstrando o rápido crescimento em altura desta espécie. Entre as espécies com maior crescimento em altura se destacam indivíduos Schinus terebinthifolius, Anadenanthera colubrina, Cecropia pachystachya e Enterolobium contorsiquilum, com crescimento médio de parcelas acima de 1,20m.Os menores valores de altura foram obtidos das espécies Pterogyne nitens, Pterocarpus violaceus e Syagrus romanzoffiana com médias de crescimento nas parcelas inferiores a 45cm. As medidas de diametro de copa avaliaram que em 2008, 6 meses após o plantio, a cobertura vegetal possuía 19,21m² de área coberta, o que equivale a 0,96 % da área total (2000m²), representados por cerca de 284 indivíduos. No período de 2009, um ano após o plantio e 6 meses após o replantio dos indivíduos mortos, a cobertura vegetal possuía cerca de 600,72m², o equivalente a 30,04% de área coberta, representada por cerca de 294 indivíduos. Devido ao uso de especies de preenchimento no replantio dos individuos mortos e manutencao adequada da area. |
CONCLUSÃO: |
O uso de especies de preenchimento no replantio possibilitou uma maior cobertura da area, necessaria para as especies de diversidade, devido ao desenvolvimento na sombra. As espécies de Embaúba, Aroeira Verdadeira, Cambará e Dedaleiro, foram as espécies que se destacaram apresentando crescimento em todos os meses apresentados. Plantios heterogêneos para recuperação de áreas, são importantes para um maior conhecimento da espécie, uma vez que cada uma delas apresenta uma ecologia diferente, com necessidades e comportamentos diferentes. Conhecer o local de plantio e a ecologia das espécies é essencial para o sucesso da restauração florestal. |
Palavras-chave: Restauracao Florestal, Monitoramento, Area Degradada. |