64ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil |
PLANTÃO PEDAGÓGICO: UM ELO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA – O QUE DIZEM OS PROFESSORES? |
Estela Francisca Barbosa FACIG Juliana Maria Lima Coelho FACOL |
1. Graduanda - FACIG 2. Profa. Msc. / Orientadora - Fundamentos Metodológicos co Ensino de Língua Portuguesa - FACOL |
INTRODUÇÃO: |
O interesse pelo tema em questão surgiu a partir do contato com as turmas de Educação Infantil, na escola à qual trabalho no período em que atuei como professora. Diante dessa experiência, ao participar de reuniões com os pais e professores, o qual entendemos como sendo o encontro destinado ao plantão pedagógico aspecto que deve ser o foco da nossa pesquisa, se limita a algumas unidades escolares. Tomando como norte os objetivos que pretendemos atingir, necessitamos primordialmente extrair as principais questões que ocasionam as diversas configurações familiares e as causas que afastam os pais da escola, o que ocasionaram mudanças significativas na trajetória educacional do Recife. Diante disso, tivemos como objetivo geral analisar a participação dos pais na vida escolar dos filhos, por meio do seu discurso, na reunião de plantão pedagógico e como objetivos específicos buscamos ainda investigar como os pais vêem o plantão pedagógico e ainda verificar a presença dos pais nesse encontro que acreditamos que viabiliza a relação escola e família. Nos utilizamos das discussões dos teóricos Wallon, Estrada e Santos, para debatermos a relação escola e família. A coleta de dados se constituiu de dois momentos, o levantamento bibliográfico sobre a temática e a aplicação da entrevista. |
METODOLOGIA: |
A nossa pesquisa foi de abordagem qualitativa. Dividimos a coleta de dados em dois momentos: 1- Entrevista direcionada a educadores; 2- Entrevista direcionada aos pais. A pesquisa aplicada a educadores possui um caráter avaliativo e visa apontar os objetivos da Educação Infantil, conforme estipulado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para EI, estão sendo atingidos. Aplicamos a entrevista em duas escolas. Uma escola da rede pública municipal da cidade do Paulista e uma escola da rede privada da cidade do Recife. A escola da rede privada atende a um público de crianças entre 3 e 17 anos e está localizada no bairro de Arruda na cidade do Recife. Já a escola da rede pública tem uma clientela de alunos com faixa etária entre 3 e 14 anos e está localizada na cidade do Paulista. Na escola pública entrevistamos dois professores. Ambas as professores eram formadas em Pedagogia. Com a intenção de guardar a identidade das professoras utilizaremos numeração para nos referir a elas. É válido ressaltar que entrevistamos também um pai de um aluno da professora 4 e as demais professoras tiveram mães de alunos que foram entrevistadas. Contabilizando assim um total de 04 professor(as) e 3 mães e um pai entrevistados. |
RESULTADOS: |
Análise de dados das professoras Analisamos que 75% das professoras da rede privada, crêem que o PP tem como característica discutir a situação do aluno com o pai, pois as mesmas afirmaram que sentem a necessidade de debater o que tem acontecido em sala de aula, as atividades que foram e que não foram realizadas, o que os pais podem fazer em casa para facilitar o trabalho docente. Entendemos que 50% dos professores que atuam na escola particular, indicam a premissa do Plantão Pedagógico (PP) na escola em que lecionam que chamam atenção ao contato direto com os pais, discutir possibilidades, conhecer mais a família e sua história, tentando assim compreender atitudes e ações produzidas pelos alunos, é o diz a autora Szymanski (2010) ao dizer: “Procurar compreender a problemática apresentada e evitar julgamentos baseados em preconceitos científicos, moralistas ou pessoais.” (p. 70). A escola particular tem um conceito dúbio que é uma Reunião de Pais e Mestres (RPM), onde explicam que é uma reunião que está voltada para o individual do aluno, entrega de boletins, mesmo assim nos foi relatado que é uma reunião mais generalizada do que o Plantão Pedagógico (PP), onde participa todos os pais independentemente de turmas e turnos. |
CONCLUSÃO: |
Na pesquisa observamos o discurso dos pais em relação ao acompanhamento da escola dos filhos e ainda estabelecemos uma ligação dessa fala com o discurso dos professores sobre a participação dos pais na vida escolar dos filhos. Percebemos que os pais não conseguem identificar a diferença entre a reunião de pais e mestres e o plantão pedagógico, este último com um caráter mais de acompanhamento em relação ao primeiro, pois, a reunião de pais e mestres traz aspectos mais administrativos. Observamos que os pais que afirmam não acompanhar de perto a vida escolar dos filhos colocam em seus discursos a justificativa de que trabalham e um até reconheceu esse distanciamento e afirmou a necessidade de acompanhar o cotidiano escolar do seu filho. Notamos que, mesmo com a larga diferença que a rede pública e privada estabelecem, existem algumas questões em que elas se assemelham. Na análise de dados dos pais indicamos que os mesmos se apercebem da não participação nas reuniões pedagógicas, inclusive o PP; outra semelhança foram os encaminhamentos dados nas duas escolas analisadas, pois as mesmas coincidiram ao pedir para os pais darem suporte e incentivo a seus filhos nas atividades escolares. |
Palavras-chave: acompanhamento, escola, família. |