64ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
APLICAÇÃO DA CASCA DE BANANA NA ADSORÇÃO DO CORANTE AZUL DE METILENO
Ariadna Santos Lima 1
Hellen Cristina Lima Rosa 1
Núbia Leite de Castro 1
Renato Everton Ribeiro 1
José Alberto Pestana Chaves 2
1. Alunos do Colégio Universitário
2. Prof. Dr./Orientador - Colégio Universitário - UFMA
INTRODUÇÃO:
Dentre tantos recursos que estão sofrendo com a degradação pelas atividades antrópicas, o mais importante deles é a água. Várias são as formas que impactam os recursos hídricos, sendo o um dos grandes problemas o lançamento de efluentes domésticos e industriais sem tratamento. Alguns resíduos lançados são de difícil degradação como o corante sintético azul de metileno.
Tendo em vista os problemas para tratamento da água e a busca por formas econômicas de tratamento que contribuam para o meio ambiente, o presente trabalho teve como objetivo estudar a adsorção do corante sintético azul de metileno utilizando a casca de banana fazendo uma análise do grau de adsorção em relação ao tempo e em diferentes pHs.
O presente trabalho foi proposto com o intuito de buscar formas simples e economicamente viáveis que pudessem ser usadas no tratamento da água, em virtude da grande importância desse recurso. A casca de banana que é geralmente descartada após o consumo do fruto constitui uma forma econômica para a remoção de corantes presentes na água e possibilita a utilização de um material que antes tinham como destino o lixo.
METODOLOGIA:
O projeto de pesquisa foi realizado por alunos do curso técnico de Meio Ambiente do Colégio Universitário no período de 13 de janeiro a 26 de março de 2012.
Os materiais utilizados no desenvolvimento dos experimentos foram: balança analítica, moinho, béckers, pipetas, funis analíticos, papel de filtro. A casca de banana, usada como adsorvente para o estudo foi seca a 110° C e moída para seu uso como material adsorvente. O corante azul de metileno foi usado como adsorvato e soluções tampões com pH’s que variavam de 2 a 10 foram utilizadas para acompanhamento dos processos adsortivos.
O procedimento realizado para os testes de adsorção consistiu em utilizar quantidades de casca de banana moídas que variavam de 0,100 g a 0,200 g misturada com 10 ml de solução tampão, sendo que adicionada a essa quantidade havia 0,4 ml de azul de metileno. Após o contato de adsorvente com adsorvato as amostras foram colocadas em frascos e observado, observando o tempo necessário para que ocorresse a reação. Para determinar se houve ou não adsorção, foram registradas fotografias de cada amostra antes e após a adsorção para posterior comparação.
RESULTADOS:
No uso da casca da banana como adsorvente foi possível perceber que os processos de adsorção obtiveram melhores resultados em meios mais ácidos, com valores de pH variando entre 2 e 6. Contudo, apresentou baixa adsorção em pH neutro e em pH’s alcalinos entre 8 e 10. Foi observado ainda que o tempo de contato adsorvente/adsorvato também apresentou bons resultados nesses processos adsortivos, sendo que os períodos superiores a uma semana alcançaram os melhores valores de adsorção. As imagens fotográficas foram bem significativas para o registro dos processos adsortivos, haja vista que, a solução do corante, por apresentar uma intensa coloração azul, por vezes adquiria uma pálida coloração azulada após filtragem e separação do material sólido, em diferentes tonalidades, de acordo com o pH e o tempo utilizados. Além disso, foi possível detectar a capacidade de adsorção da casca da banana pelo inchaço das suas partículas, evidenciando a presença do corante azul de metileno em sua superfície.
CONCLUSÃO:
A partir dos estudos realizados foi possível constatar que a casca de banana é um potencial adsorvente que pode ser usado no tratamento da água por ser um material simples, viável economicamente e ser bastante disponível. Sua capacidade de adsorção varia conforme o pH e pelo tempo de contato com o adsorvato.
Palavras-chave: adsorção, casca de banana, azul de metileno.