64ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 3. Química Analítica |
ESTUDO DO COMPORTAMENTO VOLTAMÉTRICO DE PIRIDOXINA (VITAMINA B6) SOBRE ELETRODOS DE CARBONO VÍTREO |
José Rodrigues Delfino 1 Auro Atsushi Tanaka 2 Sônia Maria Carvalho Neiva Tanaka 3 |
1. Departamento de Tecnologia Química - UFMA 2. Prof. Dr./ orientador – Departamento de Química - UFMA 3. Profa. Dra. – Departamento de Tecnologia Química - UFMA |
INTRODUÇÃO: |
Vitaminas são componentes orgânicos dos alimentos, encontrados em pequenas quantidades e de grande importância nos processos biológicos. A piridoxina (PN) é uma vitamina hidrossolúvel e caracteriza-se por ser um pó branco, inodoro e relativamente instável ao ar e à luz. Embora seja rara sua deficiência, por estar vastamente distribuída nos alimentos, essa vitamina é essencial ao funcionamento do organismo humano e sua carência pode levar a complicações do sistema nervoso central. Segundo a Anvisa (2005) as ingestões diárias recomendadas é de 1,3 mg. Técnicas analíticas têm sido empregadas para a determinação de PN, contudo apresentam problemas como presença de interferentes, necessidade de extensivo tratamento da amostra além de custo elevado para as análises. Desse modo, técnicas eletroquímicas têm sido propostas e apresentam-se como uma alternativa viável a esses problemas, o uso de sensores eletroquímicos promove maior sensibilidade, custo relativamente baixo e análises mais rápidas. Este trabalho relata o estudo do comportamento voltamétrico de PN sobre eletrodos de carbono vítreo, onde se buscou otimizar as condições de análise, assim como estudar a viabilidade da determinação de PN pelo sistema proposto. |
METODOLOGIA: |
As Medidas voltamétricas foram realizadas com o potenciostato Autolab, numa cela eletroquímica contendo os eletrodos: platina (auxiliar), Calomelano Saturado, ECS, (referência) e carbono vítreo, CV, (trabalho). Os reagentes usados foram de grau analítico e as soluções, preparadas com água deionizada (sistema HUMAN UP 900). O preparo das soluções, a 0,1 mol L-1 de: Cloreto de potássio, hidróxido de sódio, fosfato de sódio dibásico anidro, fosfato de sódio monobásico, ácido clorídrico, nitrato de potássio, cloreto de amônio, cloreto de sódio e cloreto de bário seguiram procedimentos da literatura. Ainda foram preparadas soluções estoque diárias de PN 1,0x10-3 mol L-1. O eletrodo de trabalho, CV, foi previamente polido em lixa de carbeto de silício e sonicado por 5 minutos em um sistema ultra-som Unique modelo USC - 1400, para remoção de possíveis partículas aderidas à sua superfície. Para realização das medidas empregou-se a técnica de voltametria cíclica, a partir da qual foram realizados os estudos sobre o comportamento voltamétrico e resposta do CV para PN. |
RESULTADOS: |
Nos voltamogramas cíclicos para oxidação de PN sobre o eletrodo CV em cloreto de potássio 0,1 mol L-1, foi observado um pico irreversível em potencial próximo a 1,1 V (sentido anódico) vs ECS. Os resultados para o estudo da influencia da velocidade de varredura de potencial sobre a reposta do CV para PN, indicam que o processo é irreversível e controlado por difusão. Foi possível, ainda, estabelecer as condições de análise como: escolha do cloreto de potássio como melhor eletrólito dentre os meios estudados, concentração deste eletrólito de suporte como 0,1 mol L-1 e melhor velocidade de 50 mV s-1. Os resultados para influencia do cátion e do ânion na resposta analítica do eletrodo CV demonstraram significativa alteração quanto aos valores de corrente de pico, tal como deslocamento do potencial de pico. Desse modo, foi possível construir uma curva analítica que apresentou resposta linear para concentrações de PN de 5,0x10-4 mol L-1 a 5,7x10-3 mol L-1 (N = 12). Foi determinado um coeficiente de correlação de 0,9988, limite de detecção como 4,7x10-5 mol L-1, limite de quantificação de 1,6x10-4 mol L-1 e sensibilidade de 0,017 A mol-1 L. |
CONCLUSÃO: |
A estabilidade e a resposta analítica para a determinação de PN, no intervalo de concentração trabalhado, apresentaram valores coerentes com os reportados na literatura e indicam a possibilidade de uso do eletrodo CV como sensor eletroquímico para determinação de PN. |
Palavras-chave: Piridoxina, Carbono Vítreo, Voltametria Cíclica. |