64ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 6. Nutrição - 5. Nutrição
CONSUMO ESTIMADO DE POTÁSSIO SEGUNDO A PIRÂMIDE ALIMENTAR
ROSIENE DA SILVA COELHO 1
CARLA LETÍCIA GOMES SIMÃO 1
GRACIANA TEIXEIRA COSTA 1
1. Depto de Nutrição - UFAM
2. Depto de Nutrição - UFAM
3. Profa. MSc./ Orientadora - Depto de Nutrição - UFAM
INTRODUÇÃO:
Segundo as resoluções RDC 359 e 360 de 26 de dezembro de 2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Pirâmide Alimentar Brasileira é dividida em quatro níveis, sendo que cada nível corresponde a um grupo de alimentos. O potássio (K), principal cátion intracelular no corpo humano, é fundamental para a função celular normal e pode ser encontrado em vegetais, frutas, carnes, aves, peixes, leite e cereais. Este estudo pretende investigar se o consumo alimentar de um indivíduo adulto atende à necessidade diária de K.
METODOLOGIA:
Para o protocolo de pesquisa foi elaborada uma dieta de 2.500 kcal obedecendo às porções estabelecidas pela Pirâmide Alimentar, demonstrando a seguinte composição: 8 porções de cereais e tubérculos, 4 ½ de verduras,4½ de frutas,3 de leite, 2 de carne, 1 de leguminosa, 2 de óleo e 1½ de açúcares. Para tanto, foi utilizada como referência a Pirâmide Alimentar Brasileira Adaptada de PHILIPPI, (1999), as Tabelas de Recomendações Dietary Reference Intakes (DRI, 2004), Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO, Versão 2 – Segunda Edição (2006). A DRI recomenda um consumo de 4.700 mg de K/dia para indivíduos adultos (19 a 70 anos), no entanto, não estabelece o nível máximo de ingestão tolerável (UL).
RESULTADOS:
Segundo a Pirâmide Alimentar, uma dieta de 2.500 kcal/dia fornece aproximadamente 3.274,4 mg de K/dia. Isto representa uma quantidade 30,3% menor que a mínima recomendada pela DRI. Estes resultados sugerem que a diminuição no consumo de K, segundo a Pirâmide Alimentar, merece maior atenção, pois a deficiência de K pode ser prejudicial, com exceção dos pacientes que estejam com a excreção urinária de K comprometida devido ao efeito adverso da hipercalemia (arritmia cardíaca).
CONCLUSÃO:
Deve-se ponderar que as tabelas de composição nutricional são deficientes com relação às informações sobre o valor nutritivo dos alimentos, já que em alguns alimentos não foi determinada a quantidade de K, como também reconhecer que os valores recomendados pela DRI estão superestimados em relação às necessidades diárias por levar em consideração as perdas com o preparo e a digestão dos alimentos. Por outro lado, deve-se atentar aos problemas relacionados às distrofias nutricionais, uma vez que a terapia nutricional apoiada ao uso da Pirâmide Alimentar, ganha força e pode ser decisiva no sucesso da orientação nutricional. Embora este guia alimentar não seja uma ciência exata no que se refere à quantidade de alimentos e nutrientes, é preciso que a pirâmide alimentar brasileira seja revisada com relação à quantidade de K.
Palavras-chave: Pirâmide Alimentar, Consumo de potássio, Composição nutricional dos alimentos.