64ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O SEU PODER DE INTERFERÊNCIA NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO.
Adrielly Cutrim Campos 1
José Carlos de Melo 2
1. Graduanda em pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão, bolsista do PIBID/CAPES/UFMA Pedagogia adriellycutrim@hotmail.com
2. Docente da UFMA, Doutor, em educação, coordenador do Programa PIBID/CAPES/UFMA e-mail: mrzeca@terra.com.br
INTRODUÇÃO:
Este estudo reconhece que a formação inicial de professores constitui o ponto principal a partir do qual é possível reverter à qualidade da educação, porém essa formação é apenas um componente básico de uma estratégia mais vasta de profissionalização do professor, mas é indispensável para implementar uma política de melhoria da educação. Para Tardif (2002, p.288), “a formação inicial visa habituar os alunos, futuros professores, à prática profissional dos professores de profissão e fazer deles ‘práticos reflexivos’”.
METODOLOGIA:
A pesquisa iniciou pelo estudo bibliográfico – ou seja, a partir de material já publicado que de acordo com (GIL, 1991, p.42). E também reflexivo, sobre os desafios em se formar professores no mundo contemporâneo, porém não tratará de aspectos relacionados a dinâmicas particulares de cursos ou experiências. Abordamos a diversificação das instituições de formação docente e o tipo de formação que nelas tem sido privilegiada, isto é, se estão se formando professores críticos, ativos e compromissados com a transformação social ou apenas meros reprodutores da situação vigente. Saviani (1994, p.94) parte do pressuposto de que é viável, mesmo numa sociedade capitalista "uma educação que não seja, necessariamente, reprodutora da situação vigente, e sim adequada aos interesses da maioria, aos interesses daquele grande contingente da sociedade brasileira, explorado pela classe dominante".
RESULTADOS:
Os dados demonstraram que os cursos de formação de professores, na sua grande maioria, estão sendo tratados como qualquer outro de nível superior, sem se levar em conta o caráter sócio-histórico dessa formação e o seu papel social e estratégico para todo o sistema educacional. Para Giroux (1997, p.198), “Os programas de educação de professores poucas vezes estimulam os futuros professores a assumirem seriamente o papel do intelectual que trabalha no interesse de uma visão de emancipação”.
CONCLUSÃO:
A pesquisa mostrou que para se garantir uma mudança no quadro atual da educação, deve-se passar por um resgate do reconhecimento e respeito da importância social dos profissionais da área, a começar nos cursos de formação docente. Assim, percebemos a necessidade de uma reavaliação e inclusão de novos pontos de vista sobre a formação dos professores, como: conceber o ensino como uma atividade profissional de alto nível; considerar os professores como práticos reflexivos; ver a prática profissional como um lugar original de formação e de produção de saberes pelos práticos; instaurar normas de acesso à profissão e estabelecer ligação entre as instituições universitárias de formação e as escolas da Educação Básica, Tardif, Lessard e Gauthier (2001, p.283); e ainda há uma necessidade de reverter o rumo das políticas educacionais implementadas até então.
Palavras-chave: Formação de professores, Educação, Qualidade.