64ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 2. Botânica Aplicada
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO AMBIENTAL E ANÁLISE DA AÇÃO ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DA RYNCHANTHERA GRANDIFLORA (AUBL.) DC. (MELASTOMATACEAE)
Giordano Sobral de Almeida 1
Dayse Pereira Sant'Ana 2
Francisco das Chagas Nascimento 3
Marcos José Salgado Vital 4
Semiramys Moreira Silva 5
Albanita de Jesus Rodrigues da Silva 6
1. Graduando do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas- UFRR
2. Graduando do Curso de bacharelado em Ciências Biológicas- UFRR
3. Professor Doutor em Química Orgânica do Centro de Ciências Tecnológicas- UFRR
4. Professor Doutor em Microbiologia Industrial do Centro de Estudos da Biodiversidade – UFRR
5. Mestre em Recursos Naturais e Técnica do Laboratório de Solos do Centro de Ciências Agrárias-UFRR
6. Professora / Orientadora - Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos do Centro de Estudos da Biodiversidade – UFRR
INTRODUÇÃO:
Os metabolitos secundários são produtos da interface química com ambiente, as populações respondem conforme influências externas, como por exemplo: interações de pragas, nutrientes, pH do solo e o ciclo circadiano. A família Melastomataceae é caracterizada pela presença de compostos polifenólicos. O gênero Rhynchanthera (Aubl.) DC., apresenta estudos etnobotânicos relacionados a doenças respiratórias, com a utilização do infuso das folhas, por este motivo foi selecionada para essa pesquisa a espécie Rhynchanthera grandiflora (Aubl.) DC., com o objetivo de analisar a intensidade dos metabólitos em diferentes períodos climáticos frente a ação antibacteriana.
METODOLOGIA:
Foram realizados registros do microambiente, tais como: temperatura e umidade do ar, temperatura e umidade do solo, radiação UV, quanto a coleta de solo foram demarcados 15 pontos distintos para cálculos gravimétricos, e no caso do pH (margem direita e esquerda) do igarapé da grade experimental do PPBio-Cauamé, durante os períodos de seca e chuva. Para estudos fitoquímicos foram coletadas as partes aéreas de R. grandiflora, durante o período de outubro de 2009 a maio de 2011, sendo esse material conduzido ao Laboratório de Substâncias Bioativas – CBio, realizando o processo de higienização, secagem e maceração etanólica. A concentração dos extratos foi realizada no Laboratório de Produtos Naturais do Departamento de Química-UFRR. Foi feito ainda, a atividade antibacteriana com extratos brutos etanólicos da primeira à quarta coleta com bactéria Gram-positiva: Staphylococcus aureus Rosembach, e Gram-negativa, Escherichia coli (Migula) Castelani & Chlamers, sendo os mesmos solubilizado com DMSO (dimetil sulfóxido) com uma concentração de 10 mg/ml em discos ésteres nas colônias das bactérias selecionadas.
RESULTADOS:
Quanto aos fatores do microambiente observou que o pH do solo é fracamente ácido, com os valores de 5,92 para o ponto 01(margem direita) e 5,79 para o ponto 02 (margem esquerda). Verificou-se que a densidade aparente do solo resultante da primeira e terceira coleta apresentaram valores mais baixos, de 0,69 g/cm³ e 0,67 g/cm³ respectivamente, tendo um aumento bem representativo nas seguintes coletas: segunda coleta (1.54 g/cm³), quarta coleta (1,33 g/cm³) e quinta coleta (1,21 g/cm³q) no período de seca. As umidades atuais do solo assim como do ar apresentaram o maior pico na terceira coleta (período chuvoso), com os valores 17,17 % e 73% respectivamente. Quanto à radiação UV houve maior pico na primeira coleta registrando 1171 lux, e o menor na terceira coleta com 495 lux. Os resultados da atividade antibacteriana dos extratos brutos etanólicos da primeira coleta (período de seca) foi de 11 mm nas colônias de S. aureus, porém na E. coli não formou halo de inibição. No extrato obtido da segunda coleta (período de seca), apresentou uma média de 13 mm para S. aureus e 30 mm para E. coli. No extrato da terceira coleta (período chuvoso) apresentou halo de inibição apenas para S. aureus com média de 27 mm, e sem resposta para E. coli. Por último, o extrato da quarta coleta (período de seca) apresentou média de halo de 31,5 mm para S. aureus e 19 mm para E.coli.
CONCLUSÃO:
Os resultados in vitro corroboraram com os dados climáticos, observando que o longo período de estiagem promoveu uma maior intensidade da ação antibacteriana das colônias selecionadas.
Palavras-chave: Fitoquímica, Rhynchathera grandiflora (Aubl) DC., Microambiente.