64ª Reunião Anual da SBPC

H. Artes, Letras e Lingüística - 2. Letras - 1. Língua Portuguesa

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO INFANTIL FRENTE ÀS TECNOLOGIAS

Dayane Ramos Dórea 1,2 George Vieira dos Santos 3 José Gilson Mendes Ramos 4

1. Licenciada em Pedagogia pela UNOPAR 2. Licencianda em Educação Física na UNEB Campus II 3. Licenciando em Letras Vernáculas na UESC 4. Licenciando em Letras com Espanhol na UNEB Campus I

INTRODUÇÃO:

Alfabetização e letramento são termos distintos, com designações também diferentes, no entanto, não podem, nem devem estar dissociados um do outro, mesmo que ainda se tenha a idéia de que alfabetização consista em ensinar o básico, o elementar. Tais perspectivas adquirem, a partir da modernidade, um sentido muito mais amplo que foge das paredes da escola, no momento que influenciam o poder de fazer a leitura de mundo enquanto função social. Assim, o objetivo dessa pesquisa é ratificar o papel das ferramentas tecnológicas no que diz respeito à introdução do aluno às demandas sociais que envolvem tanto a utilização dos recursos tecnológicos como a da escrita no meio digital. Nesse sentido, a relevância deste estudo se faz no intuito de fomentar o uso das tecnologias na escola, tendo em vista ser uma necessidade que se mostra cada vez mais evidente e, considerando que nós, enquanto educadores, temos por missão estar sempre à frente de nossos alunos e proporcionar-lhes momentos de contato com o novo, a fim de influir diretamente na aprendizagem significativa.

METODOLOGIA:

Para a realização da pesquisa do tipo qualitativa, foi realizado um estudo de caso que constou em escolher um site de jogos educativos, sendo enfocados os domínios alfabéticos. Para tanto, foi selecionada uma turma do 1º ano do Ensino Fundamental I de uma escola da rede particular de ensino, que apresentava 20 alunos, com a faixa etária entre cinco e seis anos de idade. Tal pesquisa foi concretizada em agosto de 2011, no município de Esplanada (situado no Território 18 – Litoral Norte e Agreste de Alagoinhas), Bahia. Os educandos foram encaminhados a uma lan house e a cada um foi disponibilizado um computador. Dividiu-se a turma em dois grupos para uma melhor intervenção, os quais foram criteriosamente supervisionados e analisados.

RESULTADOS:

Constatamos que os alunos já possuíam algum domínio alfabético, todavia, os jogos se mostraram enriquecedores para os mesmos. No primeiro jogo, onde cabia completar os nomes das palavras com as vogais corretas e em seguida martelar um palhaço que possuíssem em suas mãos as vogais, os educandos mostraram um amplo conhecimento nesta temática. Já no segundo jogo, onde o objetivo era separar as sílabas poucos alunos mostraram não dominar por completo esta categoria. Há que se salientar que todas as crianças já tiveram acesso a um computador o que facilitou a execução da atividade. Nessa premissa, estabelecer a relevância do letramento digital nas instituições de ensino tende a renovar e a reforçar os processos de aquisição de conhecimento, bem como condiz com a nova conjuntura sócio-política à medida que disponibiliza inusitadas maneiras de acesso a uma mesma informação, o que desencadeia também a aquisição de novos processos cognitivos. Assim, diagnosticamos que houve uma aprendizagem significativa, à medida que os jogos lhes proporcionaram um contato maior e muito mais atrativo com a dimensão alfabética, além de servir de grande estímulo pelo fato de ser uma tecnologia tentadora a esta idade, promovendo, ainda, o acréscimo da linguagem informática.

CONCLUSÃO:

Pensamos que as novas tecnologias a serviço de diversas perspectivas pedagógicas devem ter o papel principal de auxiliar professores e alunos, favorecendo a pesquisa, gestão e tratamento da informação, suscitando, pois, a curiosidade e estimulando a descoberta, bem como incentivar a resolução de problemas e desafios. O sucesso da pesquisa dependeu diretamente da forma como ocorreu a relação entre os usuários e as informações contidas nos programas, por eles utilizados. Entendemos que quanto mais interativa for essa relação, maiores serão as possibilidades de enriquecer as condições de elaboração do saber que dizem respeito a aquisição da leitura e escrita, da alfabetização e do letramento. Destarte, a educação trabalha com a linguagem escrita e a nossa cultura atual, vive em uma nova linguagem: a da televisão e a da informática e, particularmente, a linguagem da internet. A cultura do papel representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da internet. Por isso, as crianças que ainda não internalizaram inteiramente essa cultura adaptam-se com mais facilidade do que os adultos ao uso do computador. Elas já estão nascendo com essa nova cultura, a cultura digital e, nesse sentido, ratificamos a importância do uso desta e de outras tecnologias no processo de alfabetização e letramento infantil.

Palavras-chave: Tecnologias, Educação, Linguagem.