64ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
A RESPOSTA DO FEIJOEIRO NA FASE INICIAL DE CRESCIMENTO A ADUBAÇÃO ORGÂNICA FOLIAR E VIA SOLO EM COBERTURA.
Amanda Valva Farias 1
Edvaldo Vieira Pacheco Sant´Ana 2
Eduardo Alves da Silva 3
Angela Maria Alencar Aguiar 3
Thássia Fernandes Santana de Macena 3
1. Aluna do Curso Técnico em Gestão do Agronegócio do EMI – IFTO/ Campus Palmas
2. Prof. Dr./Orientador – Coord. da Área de Recursos Naturais – IFTO/ Campus Palmas
3. Alunos do Curso Técnico em Gestão do Agronegócio do EMI – IFTO/ Campus Palmas
INTRODUÇÃO:
O feijoeiro é considerado uma cultura exigente em nutrientes, por ser extremamente sensível aos estresses ambientais (FAGERIA et al., 1989). Nos trópicos, o nitrogênio é o nutriente mais limitante ao crescimento do feijoeiro (THUNG et al., 1998). O emprego de adubação nitrogenada em cobertura, principalmente os adubos solúveis, proporciona aumento de produtividade, mas os pequenos e médios produtores reivindicam tecnologias que resultem em reduzir ainda mais os custos de produção e de riscos de contaminação causados pelos agroquímicos (GADELHA, 2001). A adubação orgânica representa uma alternativa promissora capaz de reduzir a aplicação de quantidades de fertilizantes minerais no solo. Dentre os adubos orgânicos destaca a urina de vaca uma possível fonte de adubação nitrogenada. Além de fornecer nutriente e substâncias benéficas às plantas, não custa dinheiro, é um insumo que livra os agricultores da dependência externa (PESAGRO, 2002). Também por ser um produto natural composto de diversas substâncias que melhoram a saúde da planta, diminuindo a dependência dos agrotóxicos, pode se constituir num excelente biofertilizante (FERREIRA, 1995). O objetivo do trabalho foi avaliar a resposta do feijoeiro na fase inicial de crescimento a adubação orgânica (urina de vaca) foliar e via solo em cobertura.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido no IFTO – Campus Palmas, município de Palmas, estado do Tocantins, em um telado agrícola. Foram utilizadas sementes de feijão cultivar Carioca Precoce (tipo I). O delineamento experimental foi o de inteiramente casualizado, sendo cinco concentrações de urina de vaca (0%, 1,0%, 5,0%, 50,0% e 100,0% v/v) e duas aplicações (foliar e via solo), com três repetições. A aplicação foliar foi realizada com o auxílio de um pulverizador manual com capacidade para 500 ml e para evitar que a solução de urina de vaca escorra para o substrato e seja absorvida via raiz, sacos plásticos foram colocados no interior de cada recipiente onde foi adicionado o substrato e, quando foram realizadas as pulverizações os sacos plásticos foram atados cuidadosamente ao caule. A aplicação foliar e via solo de urina de vaca foi realizado aos 15 e 30 dias após a emergência, na dose de 10ml por planta de feijão. Aos 45 DAE a parte aérea das plantas foram transferidas à estufa controlada para 75oC onde permaneceram por um período de 48 horas, para determinação da massa seca total da parte aérea (MSTPA). As médias de três repetições, após análise de variância, foram comparadas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade.
RESULTADOS:
A adubação orgânica, urina de vaca, foliar e via solo afetou a produção de MSTPA do feijoeiro, conforme a análise de variância, o efeito foi significativo (P<0,01). Os resultados corroboram os obtidos por Henrique (1997) que ao utilizar diferentes concentrações de biofertilizantes na cultura do feijão obteve aumento de 26,6% na produção de massa seca. Pereira (1984) obteve aumento na produção do feijão com o uso de doses crescentes de composto orgânico, quando combinado com adubo mineral. O acúmulo de massa seca do feijoeiro foi influenciado pelas doses de urina de vaca tendo a dose 1% v/v foi que propiciou as maiores produções de MSTPA tanto foliar (14,56g) como via solo (21,36g). Mas a adubação orgânica de cobertura via solo foi que proporcionou maior produção de MST, 21,36g, na dose 1% v/v. Na média geral dos tratamentos também foi à adubação de cobertura via solo maiores produções de MSTPA, 11,25g, em relação via foliar, 10,45g. A esta diferença se deve a adição de adubação orgânica, urina de vaca, via solo ocorreu uma liberação gradativa de nutriente pela ação de microrganismo (PINHEIRO & BARRETO, 2000) possibilitando o melhor aproveitamento pelo feijoeiro.
CONCLUSÃO:
Os resultados para a produção de MSTPA da parte aérea do feijoeiro obtiveram resultados significativos com as diferentes dosagens de urina de vaca foliar e via solo em cobertura.
A adubação orgânica de cobertura via solo foi que proporcionou maior produção de MSTPA (21,36g) na dose 1% v/v.
Palavras-chave: Feijão, Adubação, Urina de vaca.