64ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 3. Genética Humana e Médica |
ANÁLISE DE POLIMORFISMO NO GENE TNF-α ASSOCIADO À RESPOSTA IMUNO-INFLAMATÓRIA EM MULHERES COM PARTO PREMATURO |
PERLA LOPES DE FREITAS 1 ANTONIO AUGUSTO M DA SILVA 2 SILMA REGINA F PEREIRA 3 |
1. Mestranda em Ciências da Saúde, PPGCS-Depto. de Biologia-LabGeM-UFMA 2. Prof. Dr./Depto. de Saúde Pública-UFMA 3. Profa. Dra./Orientadora-Depto. de Biologia-LabGeM-UFMA |
INTRODUÇÃO: |
O nascimento pré-termo é responsável por cerca de 70% de toda a morbidade e mortalidade neonatal e sua freqüência vem aumentando tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Dessa forma, torna-se necessário a busca por elucidações para os mecanismos etiológicos que envolvem o nascimento pré-termo. Infecções do trato genital têm sido reconhecidas como um fator de risco para o parto pré-termo, bem como o histórico anterior de nascimento pré-termo. Por isso, muitos estudos têm investigado se mães geneticamente suscetíveis teriam mais chances de sofrerem parto prematuro na presença de infecções do trato genital e intra-uterina. Assim, polimorfismos em genes de citocinas pró-inflamatórias têm sido de particular interesse, pois estudos têm mostrado associação entre a presença do alelo TNF2 da região promotora do gene TNF-α com a ruptura prematura de membranas, desencadeando o parto pré-termo. O objetivo deste trabalho foi investigar uma possível associação entre a presença do alelo TNF2 e a ocorrência de parto prematuro. |
METODOLOGIA: |
Trata-se de um estudo de caso-controle que foi realizado na cidade de São Luís, com a participação de 1.447 gestantes que buscaram os serviços de assistência ao pré-natal no Hospital Universitário, unidade Materno-Infantil e nas maternidades Marly Sarney e Benedito Leite. O DNA das gestantes foi extraído de sangue periférico e a pesquisa pelo polimorfismo no gene TNF-alfa foi realizada através da técnica de PCR-RFLP. As freqüências alélicas foram calculadas para os grupos de pacientes por meio de contagem direta, e utilizadas para verificar se a população estava em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Diferenças na distribuição dos alelos e genótipos entre pacientes dos grupos caso e controle foram determinadas pelo qui-quadrado, com nível de significância de 5%. |
RESULTADOS: |
Foi realizada a PCR-RFLP em 321 pacientes, das quais 107 foram mulheres com parto pré-termo (casos) e 214 com parto a termo (controles). No grupo caso, a freqüência dos alelos TNF1 e TNF2 foi de 0,842 e 0,158, respectivamente. No grupo controle, a freqüência do alelo TNF1 foi igual a 0,870, enquanto do alelo TNF2 foi de 0,130. Ambos os grupos encontram-se em Equilíbrio de Hardy-Weinberg. Com relação à freqüência genotípica no grupo caso, 72,9% foram homozigotas para TNF1, 22,3% foram heterozigotas e 4,8%, homozigotas para TNF2. No grupo controle, 77% foram homozigotas para TNF1, 20% heterozigotas e 3% homozigotas para TNF2. |
CONCLUSÃO: |
Não houve associação estatisticamente significativa entre a presença do alelo TNF2 (genótipos homozigotos ou heterozigotos) e o parto pré-termo. |
Palavras-chave: Fator de Necrose Tumoral, Nascimento pré-termo, Polimorfismo genético. |