64ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade |
CONTROLE ALTERNATIVO DE FORMIGAS CORTADEIRAS Atta sexdens UTILIZANDO OS INSETICIDAS BOTÂNICOS DE ALHO E SAMAMBAIA |
Adriana Dantas Gonzaga 1 Ewerton de Souza Barroso 2 |
1. Profa. Dra./Orientadora –Depto. de Ensino – Biologia – IFAM/CMZL 2. Discente do Curso Técnico em Agropecuária – IFAM/CMZL |
INTRODUÇÃO: |
A partir da década de 1940, o controle das pragas na agricultura baseava-se no uso prioritário de inseticidas sintéticos, objetivando eliminar os insetos-praga na agricultura. Com o passar do tempo, essa prática provocou sérias perturbações no meio ambiente, atingindo os ecossistemas, seleção de insetos resistentes aos inseticidas, surtos epidêmicos de pragas historicamente de importância secundária e diminuição da população de insetos benéficos. Medidas de controle que causem menor impacto ambiental são de primordial importância, o que vem estimulando o ressurgimento do uso de plantas inseticidas. Diante deste quadro, pode-se reafirmar que em programas de manejo integrado de insetos pragas, a utilização de plantas tóxicas pode ser considerada como um dos componentes chaves, tendo em vista a redução do uso de produtos químicos sintéticos. De acordo com a realidade proposta acima, o trabalho busca investigar o potencial de ação inseticida dos extratos de alho e samambaia sobre as formigas cortadeiras Atta sexdens em laboratório. |
METODOLOGIA: |
As formigas cortadeiras foram coletadas no campus do IFAM-CMZL e nos arredores de Manaus. Foram coletados formigueiros completos, contendo todas as castas das formigas (rainhas, machos, soldados e operárias) e montados ninhos em laboratório, segundo a metodologia de Autuori, 1941. Para a identificação destes insetos foram utilizadas chaves de identificação em nível de espécie. Para a montagem dos bioensaios, foram realizados extratos botânicos: para o extrato de alho foi utilizado no mínimo 04 cabeças de alho amassadas, 2 foram colocadas em 300 ml de água e as demais colocadas em 300 ml de álcool 70%. Posteriormente foram deixadas num período de descanso de 30 dias e realizadas as diluições nas concentrações de: 1:1, 1: , 1:1 , 1:2 e 1:0. Para o extrato de samambaia foi utilizada 02 folhas do vegetal que foram colocadas uma em 100 ml de água, outra em 100 ml de álcool 70%. Em seguida utilizou-se a mesma metodologia quanto ao extrato de alho. O delineamento estatístico desses ensaios foi inteiramente casualizado sendo 11 tratamentos com 5 repetições, totalizando 55 parcelas para cada um dos extratos botânicos. |
RESULTADOS: |
Depois da montagem dos bioensaios, verificou-se notavelmente a eficiência dos inseticidas botânicos para o controle das formigas cortadeiras. Nos ensaios feitos com o extrato de alho diluídos em água, as soluções de menor concentração mostraram eficiência num período de 48 horas. Já as soluções de maior concentração mostraram eficiência num período de 24 horas, sendo que a concentração 1:1 mostrou resultado imediato como morte instantânea. Os extratos de alho diluídos em álcool, foram satisfatórios, apresentando em todas as concentrações uma mortalidade de 100%. Nos ensaios feitos com o extrato de samambaia diluídas em água houve 60% de mortalidade num período de 24 horas. Nos ensaios realizados com o extrato de samambaia diluídas em álcool, não ocorreu morte súbita dos insetos, a mortalidade iniciou-se 24h após a aplicação do produto. |
CONCLUSÃO: |
Com os resultados dos bioensaios ficou evidente o potencial inseticida do material botânico (alho e samambaia) no controle das formigas cortadeiras Atta sexdens em laboratório. As alternativas ecologicamente corretas para o controle das formigas cortadeiras A. sexdens são viáveis e pode substituir produtos químicos, no qual acarretam inúmeros transtornos a saúde humana. |
Palavras-chave: Controle alternativo, Plantas inseticidas, Saúvas. |