64ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia |
ENVOLVIMENTO DO GMPc E DA PROTEÍNA QUINASE G (PKG) NO POTENCIAL ANTINOCICEPTIVO DA FRAÇÃO DO POLISSACARÍDICA (PLS) EXTRAÍDA DA ALGA VERMELHA Gracilaria caudata. |
Starley Jone Nogueira Candeira 1 Francisco das Chagas Vieira Júnior 1 Adriano Bezerra Sales 1 André Luiz dos Reis Barbosa 2 |
1. LAFFEX — Laboratório de Fisiofarmacologia Experimental - UFPI 2. Prof. Dr./ Orientador - LAFFEX — Laboratório de Fisiofarmacologia Experimental - UFPI |
INTRODUÇÃO: |
Tem sido demonstrado que varias substancias extraídas de algas marinhas, como por exemplo, polissacarídeos, possuem ações antiinflamatórias, anticoagulante e analgésica (SRIVASTAVA & KULSHVESHTHA, 1989; CAPEK et al., 2003; YAMADA, 1994; NERGARD et al., 2005). Por isso, a importância de se buscar novos compostos com propriedades farmacológicas nas algas marinhas vermelhas (BITENCOURT et al., 2008; Silva et al., 2011). Uma das mais importantes substâncias isoladas de algas marinhas são os polissacarídeos sulfatados. Recentemente, estudos demonstraram que a fração polissacarídica extraída da alga Gracilaria caudata. (PLS) possui potencial antiinflamatório, capaz de diminuir inflamações gástricas induzidas por etanol, reduzindo também a peroxidação lipídica e restaurando a concentração de grupos sulfidrilas no estomago pós lesão por etanol. (MEDEIROS et al., 2011). Sabendo que hipernocicepção inflamatória é um parâmetro da inflamação aguda, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o potencial antinociceptivo do PLS e a possível participação do GMPc e da proteína quinase G (PKG) nesse efeito. |
METODOLOGIA: |
Foi utilizado camundongos Swiss machos com peso entre 20 – 25 gramas provenientes do Biotério da Universidade Federal do Ceará – UFC onde constava 5 animais por grupo em que foram pré-tratados com uma injeção de PLS (2,5 mg/kg, i.p., 500µl) 1 h antes da administração da carragenina (CG;300 µg/ pata, 50 µL). A atividade antinociceptiva do PLS foi avaliada 3 e 4 horas após a injeção intraplantar de carragenina (300μg/pata) através da medida da força em gramas (g), aplicada por meio de um analgesímetro digital (Insight). O resultado apresentado é a diferença entre a força em grama± erro padrão da média antes do estimulo inflamatório e após este estimulo (3 e 4 horas). A modulação da via da guanilato ciclase solúvel (GMPc) foi feita com o ODQ (8µg/pata; 50μl) e da proteína quinase G (PKG) foi feita com o KT 5823 (1.5µg/pata; 50μl). Tanto o ODQ quanto o KT 5823 foram administrados 30 min antes da administração da CG. Os resultados são apresentados como a média ± o padrão da média do delta da força em gramas por grupo de 5 animais. Foi efetuado Análise de Variância (ANOVA) seguido pelo teste de Bonferroni com nível de significância onde p<0,05. |
RESULTADOS: |
O tratamento com o ODQ (ODQ+Cg+PLS; 3ªhora: 11,52 g ± 0,74 g/4ª hora: 11,22 g ± 0,79 g) e KT5823 (KT5823+Cg+PLS; 3ªhora: 12,20 ± 1,32 g/4ª: 11,84 ± 0,42 g) reverteu o potencial antinociceptivo do PLS (Cg+PLS; 3ª hora: 3,74 g ± 1,01 g/4ª hora: 2,88 g ± 1,07 g). A partir dos nossos resultados podemos inferir que o PLS produz antinocicepção e que essa propriedade analgésica parece depender da produção endógena de GMPc e da ativação da proteína quinase G. |
CONCLUSÃO: |
Podemos inferir que a fração estudada do PLS extraído da alga marinha Gracilaria caudata tem efeito antinociceptivo na hipernocicepção inflamatória induzida por carragenina em patas de camundongos, mediada pela participação do GMPc/PKG. |
Palavras-chave: Polissacarídeo Sulfactado (PLS), Hipernocicepção, GMPc/PKG (NO). |