64ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 4. Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - 1. Aqüicultura |
A CADEIA PRODUTIVA DA AQUICULTURA NO TERRITÓRIO DO RIO CAETÉS DO ESTADO DO PARÁ – PA. |
Melquisedeque da Silva Ribeiro 1 Adebaro Alves dos Reis 2 |
1. Tecnologia em Aquicultura do IFPA – Campus Castanhal 2. Prof. Doutorando/Orientador e Coordenador do Programa INCUBITEC/IFPA – Campus Castanhal |
INTRODUÇÃO: |
A importância da Aquicultura para a produção de pescado mundial para consumo humano tem aumentado, de forma acelerada, nos últimos 50 anos. Em 2010 já apresentou 46 % das 145,1 milhões de toneladas produzidas (FAO, 2010). Apesar de todo seu potencial natural o Brasil figura apenas em 18º lugar no ranking mundial (OSTRENSKY; BORGHETTI; SOTO, 2008). No estado do Pará a Aquicultura é representada pela piscicultura com uma diversidade de produtores vai desde o cultivo estritamente de subsistência ao grande produtor voltado à exportação (LEE; SARPEDONT, 2008). Em vista do esperado crescimento da Aquicultura mundial e do sólido crescimento da atividade no País, nas últimas duas décadas, as expectativas são muito promissoras para o setor. No território do Rio Caetés do estado do Pará, a Aquicultura precisa, portanto, estar competitiva para essas tendências do mercado e resolver os principais entraves ao desenvolvimento aquícola. O objetivo do presente estudo foi identificar a estrutura e composição da cadeia produtiva da Aquicultura no território do Rio Caetés. |
METODOLOGIA: |
Foram feitos levantamentos de dados por meio de amostragem com a aplicação de questionários semiestruturados aos empreendimentos tais como: associações, cooperativas e unidades produtivas familiares e aos produtores. O estudo socioeconômico da cadeia produtiva da Aquicultura no território do Rio Caetés buscou informações nos seguintes municípios: Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Pará, Capanema, Nova Timboteua, Peixe Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Traquateua e Viseu, o qual foi sistematizado a partir de uma abordagem de cadeias produtivas ao permitir uma visualização de forma integral e sistêmica. No tocante à metodologia, o estudo foi desenvolvido com base em informações e dados coletados em pesquisas bibliográficas e documentais, em visitas a Instituições Públicas, empresariais ou obtidas em entrevistas com executivos dos setores governamentais, bem como com profissionais da Pesca e Aquicultura na região. |
RESULTADOS: |
A Cadeia Produtiva da Aquicultura no Território do Rio Caetés do Estado do Pará, possui as seguintes características: No elo de insumos destaca-se a existência de poucos produtores de alevinos, de ração e equipamentos (LEE; SARPEDONTI, 2008). Na maioria dos empreendimentos visitados, a deficiência em gestão explica os casos da falta de controle na produção. Na Infraestrutura observam-se como principais problemas o descaso com as estradas de acesso ao cultivo e a energia elétrica (LEE; SARPEDONT, 2008). A assistência técnica e extensão são ações vinculadas principalmente pela EMATER, SEBRAE, IFPA entre outras. A distribuição e comercialização são feitas no local de cultivo, diretamente ao consumidor; em feiras locais, municipais e territoriais. Ainda não é evidente a pessoa do atravessador. Nos empreendimentos de sucesso, o forte associativismo foi essencial para diminuir custos e obter assessoria técnica, na maioria quando pequeno (LEE; SARPEDONT, 2008). De forma geral, a maioria dos empreendimentos funciona de maneira ilegal, a burocracia e a falta de informação justificam esses casos. |
CONCLUSÃO: |
A cadeia produtiva da Aquicultura, diante de uma visão de negócio, apresenta-se ainda muito deficitária, necessitando de inúmeros investimentos, em especial, de políticas públicas com programas de financiamentos baseados em aspectos e parâmetros de sustentabilidade, para dinamizar a cadeia produtiva. Tal situação se deve à falta de uma política para o setor. A inexistência de regulamentação multiplica os riscos da atividade e, com frequência, conduz aquicultores à informalidade, impossibilitando o acesso a linhas de crédito. De modo geral, o principal problema identificado é a falta de integração e coordenação na cadeia produtiva. |
Palavras-chave: Cadeia Produtiva, Aquicultura, Território. |