64ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
FATORES DE RISCO PARA DIABETES MELLITUS: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
Deise Maria do Nascimento Sousa 1
Igor Cordeiro Mendes 1
Karine de Castro Bezerra 1
Lara Leite de Oliveira 1
Elizian Braga Rodrigues Bernardo 1
Ana Kelve de Castro Damasceno 2
1. Departamento de Enfermagem da UFC, Fortaleza/CE
2. Profa Doutora/Orientadora do Departamento de Enfermagem da UFC, Fortaleza/CE
INTRODUÇÃO:
O diabetes mellitus atualmente é considerado uma das principais doenças crônicas que afetam o homem contemporâneo, acometendo populações de países em todos os estágios de desenvolvimento econômico-social. Cabe ainda ressaltar que, em média, metade dos indivíduos brasileiros portadores de diabetes mellitus desconhece sua condição, e que cerca de um quinto dos que a conhecem não realizam qualquer tipo de tratamento. Esta situação pode nos levar a pensar que os indivíduos portadores de diabetes mellitus no Brasil não estão recebendo a atenção de saúde necessária ao seu tratamento e controle. Nesse contexto, o objetivo desse estudo é identificar os principais fatores de risco para a diabetes tipo II no Ceará no período de 2006 a 2011.
METODOLOGIA:
Estudo do tipo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Utilizaram-se dados disponíveis no site do DATASUS referentes ao estado do Ceará, devidamente registrados conforme indicado pelo Ministério da Saúde no período de 2006 a 2011 aos fatores de risco para diabetes tipo II . Os dados procederam das AIHs, os quais são enviados para a Secretaria de Saúde para formação do banco de dados do Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos do SUS. Foram Selecionados os fatores de risco com maior expressividade: Tabagismo, Sedentarismo e Obesidade. Os dados foram analisados em relação à frequência absoluta e relativa.
RESULTADOS:
No que se refere aos fatores de risco sobrepeso, sedentarismo e tabagismo os registros mostram uma tendência de oscilação de tais variáveis dentro da série histórica avaliada. Desse modo,do total de 6.428 casos notificados com diabetes tipo II, 2.075( 32,28%) casos apresentaram sobrepeso, 2.637(41,02%) eram sedentários e 1108(17,23%) eram tabagistas. Em todas as três variáveis estudadas o ano de 2007 apresentou as maiores taxas de prevalência 492 (23,71%), 593(22,48%) e 292(26,35) respectivamente para os fatores de risco sobrepeso, sedentarismo e tabagismo. Já o ano de 2006 obteve os menores índices registrados 139 (6,69 %), 164(6,21%) e 74(6,67%). Os resultados nos remetem a reflexão de que um enorme contingente de diabéticos tipo II apresentaram atributos de risco para essa patologia, sendo todos estes com características modificáveis. Dentre os três fatores de risco estudados o sobrepeso foi o que obteve a maior taxa de incidência dentre casos notificados.
CONCLUSÃO:
O presente estudo mostra as taxas de incidência para os fatores de risco sobrepeso,sedentarismo e tabagismo no Estado do Ceará registrados pelo Ministério da Saúde nos anos de 2006 a 2011. Os indicadores epidemiológicos são estratégicos para a análise das atividades desenvolvidas dentro de programas para diabéticos, de forma que, operacionalmente, sejam traçadas estratégias eficazes para o controle da qualidade desse acompanhamento no Estado do Ceará.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Fatores de Risco, Epidemiologia.