65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Gestão e Administração - 5. Gestão de Pessoas
Gestão do conhecimento como ferramenta de satisfação. Estudo de caso da cadeia do biscoito de Vitória da Conquista – BA
Salmo Lima Costa - FJT - Faculdade Juvêncio Terra
Nazaré Franco Santana - FAINOR - Faculdade Independente do Nordeste
Ildeflávio dos Santos Silva - FAINOR - Faculdade Independente do Nordeste
INTRODUÇÃO:
Na agremiação do conhecimento e da informação, a gestão do conhecimento (GC), tem sido largamente usada para criar, adquirir, capturar, compartilhar e explorar o conhecimento, destinando-se aprimorar a aprendizagem e o desempenho nas organizações. Nesse cenário, o conhecimento é o alicerce do processo de inovação.Um dos pilares na gestão do conhecimento está no conhecimento tácito. Nesta perspectiva embora a organização não detenha de forma sistematizada essa informação, é inegável a importância do seu capital intelectual possuidor do conhecimento residente “na cabeça das pessoas”. A gestão do conhecimento, portanto, está ligada a capacidade das empresas de identificar e fazer uso das fontes e formas de conhecimento. No ambiente atual, onde as empresas necessitam angariar vantagens competitivas, é necessário que se desenvolvam competências com base, sobretudo, na gama de conhecimentos existentes na organização. Outro aspecto da gestão do conhecimento é a “sabedoria organizacional”, segundo a qual a organização potencializa o conhecimento adquirido com o objetivo de atingir a estratégia pretendida. As organizações necessitam conceber e implementar estratégias do conhecimento estabelecendo uma forte ligação entre processos de gestão do conhecimento e vantagem competitiva.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho objetiva investigar como a gestão do conhecimento influencia na satisfação dos colaboradores e nos resultados na cadeia produtiva de biscoitos caseiros em Vitória da Conquista.
MÉTODOS:
Os dados foram colhidos a partir de um questionário que foi aplicado para os funcionários do nível operacional de 10 fábricas de biscoito no município de Vitória da Conquista no sudoeste baiano. Os referidos questionários foram respondidos sem a presença dos pesquisadores e também sem a presença do gestor, garantindo a integridade das informações. Os dados foram tabulados, sistematizados e apresentados em números e percentuais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Considerando apenas os trabalhadores com nível de escolaridade médio ou fundamental e que fundamentalmente trabalham na produção, observa-se que a ampla maioria (93,5%) não tinha qualificação técnica quando foram contratados. Entretanto, aproximadamente 81% dos entrevistados reconhecem um bom nível de conhecimento adquirido seja em treinamentos disponibilizados pela empresa ou pela experiência adquirida. Quanto à satisfação com os seus rendimentos, 71% dos que responderam ao questionário afirmam que estão satisfeitos ou plenamente satisfeitos com a sua remuneração. Quanto ao exercício da sua função, 73% afirmam estar satisfeitos, embora 77% responderam que teriam ou talvez teriam outro emprego se pudessem.
CONCLUSÕES:
Observa-se a partir dos dados que o conhecimento é essencialmente adquirido na própria empresa, seja através de treinamento oferecido internamente ou desenvolvido pela experiência de trabalho no segmento, formando o banco de conhecimentos tácito. É notória a satisfação dos trabalhadores tanto com a sua remuneração e, não coincidentemente com a função que exercem. Tal satisfação pode ser atribuída à capacidade que têm em exercer sua atividade advinda do conhecimento que acumularam, entretanto, isso não garante a vontade de perpetuar no emprego, uma vez que a maioria trocaria de emprego se lhe fosse oferecida a oportunidade.
Palavras-chave: Gestão do conhecimento, Gestão por competências, Gestão de pessoas.