65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Ineval Borges dos Santos Neto - Acadêmico de Licenciatura em Química - IFAP
João Paulo Leão de Souza - Acadêmico de Licenciatura em Química - IFAP
Lizandra Lima Santos - Acadêmica de Licenciatura em Química - IFAP
Edgar Del-Tetto Minervino Costa - Acadêmico de Licenciatura em Química - IFAP
Argemiro Midonês Bastos - Profo. Mestre / Depto. de Pesquisa - IFAP
Adriana Lucena de Sales - Profa. Mestre/Orientadora - IFAP
INTRODUÇÃO:
Um dos objetivos no ensino da Química no Ensino Médio, é que o aluno passe a reconhecer o valor da ciência para o seu conhecimento, e assim busque o entendimento reflexivo dos fenômenos e transformações corriqueiras de sua vivência aliado aos conteúdos abordados em sala de aula. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB- 9.394/97) utiliza esta ideia de contextualização dos ensinamentos, orientando os alunos para um pensar crítico sobre sua realidade. Com isso, a busca pela utilização de contextos significativos da contemporaneidade do aluno ocorre de forma integral, com o intuito de que o mesmo passe a criar raciocínios rápidos e diretos sobre os aspectos que o rodeiam. Objetivando assim a participação não apenas intelectual do mesmo, mas de um cidadão ativo no processo de formação e cidadania; que de acordo com os parâmetros curriculares nacionais (PCNs), seria: educar para a vida. Dessa forma, o presente trabalho visa à amostragem da percepção dos alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Marechal Castelo Branco situada na cidade de Macapá-AP; com relação aos assuntos abordados no ano letivo de 2012, onde foram inseridas práticas de coparticipação direta no processo de ensino-aprendizagem na turma dos mesmos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar o nível de compreensão dos alunos a respeito das práticas desenvolvidas. Verificando se as condições adotadas despertaram o interesse e a curiosidade pela Química através do conhecimento contextualizado.
MÉTODOS:
As práticas foram realizadas em apenas uma turma do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Marechal Castelo Branco, situada na cidade de Macapá-AP, onde a mesma contava com 22 alunos, no turno matutino. As ações didático-pedagógicas tratavam de problemáticas criadas em sala de aula com a contextualização dos conteúdos abordados durante o ano letivo de 2012, com a inserção de experimentos com materiais de baixo custo (alternativos), aulas teóricas onde os alunos eram participantes ativos no processo de ensino-aprendizagem e de realização de atividades que dinamizavam cada vez mais o processo, sempre desenvolvidas no ambiente escolar em sala de aula. As abordagens com relação à tabela periódica foram feitas em dinâmicas onde os discentes foram divididos em grupos; os assuntos de ácidos e bases foram trabalhados com experimentos de materiais de fácil aquisição; e o assunto de reações químicas foi contextualizado com praticas no laboratório da escola. Por fim foi avaliado o comportamento dos discentes em cada prática atípica do seu processo de ensino-aprendizagem e os mesmos foram orientados a dissertarem sobre as ações, descrevendo os pontos mais relevantes da prática de ensino.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os dados apurados por meio das dissertações realizadas pelos alunos ao termino das ações em sala de aula, foram unanimes no quesito de aprovação das práticas e aceitabilidade dos bolsistas em sala de aula. Uma notória observação que é de relevância a se fazer, e expor, é que na turma onde realizamos os trabalhos pedagógicos diferenciais do ano letivo de 2012, apenas 2 alunos – dos 22 discentes participantes no processo – ficaram retidos no componente curricular de Química. Onde os mesmos assumiram que seus quadros de reprovação se deram por motivos particulares, onde o quesito notas não interferiu, mas sim outros aspectos avaliativos institucionais. Fazendo um comparativo com as outras turmas de 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Marechal Castelo Branco, a turma onde realizamos nossos trabalhos didático-diferenciais foi a única turma onde o contingente de reprovação foi mínimo, e vale ressaltar que este foi por motivos supracitados anteriormente; as outras turmas do mesmo nível instrucional da instituição, contaram com maiores números de reprovados, tanto por conta dos quesitos avaliativos como por conta de quesitos institucionais. Com isso, é notório que a inserção de novas práticas metodológicas são benéficas para aprendizagem dos alunos de Ensino Médio.
CONCLUSÕES:
A partir dos resultados obtidos, pode-se perceber a importância do desenvolvimento de aulas contextualizadas. A sensação da satisfação dos alunos com as práticas em sala de aula é um fator motivador na docência, fator este que foi incentivado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID que é de extrema importância e firmação da carreira docente dos egressos nos cursos de licenciatura do país. Nosso trabalho mostrou também que a Química pode ser abordada de uma forma dinâmica, contextualizada e teórica, mas que a participação discente no processo é de suma importância para que este seja o mais positivo possível; onde esta positivação está ideologicamente ligada ao poder de criticidade que os alunos adquirem com o passar dos anos ao estudar a matéria, tornando o estudo de grande relevância para o mesmo. Vale ressaltar que muitos destes alunos tiveram seu primeiro contato com a Química no ano letivo de 2012, e que com a prática inclusiva, a familiarização com a matéria serviu de quebra do prejulgamento de que a Química é uma ciência de difícil entendimento, despertando em alguns a busca pelo caminho das ciências, um dos campos de atuação onde mais é exíguo atualmente.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem, Processo, Alunos.