65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PORTA-ENXERTOS DE CULTIVARES DE VIDEIRA EM RIO LARGO - ALAGOAS
Kleyton Danilo da Silva Costa - Mestrando em Agronomia (Produção Vegetal) - Universidade Federal de Alagoas
Jorge Luiz Xavier Lins Cunha - Dr. em Fitotecnia - Universidade Federal de Alagoas
Jackson da Silva - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
Islan Diego Espindula de Carvalho - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
Cícero Alexandre Silva - Engenheiro Agrônomo - Universidade Federal de Alagoas
Jadson Dos Santos Teixeira - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
INTRODUÇÃO:
No Brasil, a videira vem sendo explorada comercialmente a mais de um século e se firmou como atividade socioeconômica de importância relevante, inicialmente, em regiões de clima temperado e, posteriormente, em regiões de clima tropical e semi-tropical, especialmente, no Submédio do Vale do Rio São Francisco. Mais recentemente, o cultivo da videira tem se expandido bastante para diversas localidades, inclusive para regiões do País sem nenhuma tradição em viticultura. Com o objetivo de desenvolver a viticultura no Estado de Alagoas, a introdução de espécies não cultivadas é de grande importância, nesse sentido a produção de uva pode se torna mais uma opção para o produtor e para o desenvolvimento econômico local, com bases na diversificação de culturas, no entanto para que isto ocorra, é necessário conhecimentos técnicos relacionados à produção da videira. Em relação ao porta-enxerto, existem centenas de cultivares obtidas e adaptadas a diferentes condições ambientais, o principal fator a ser considerado na escolha do porta-enxerto é o tipo de copa a ser utilizado para a produção de uvas. Os porta-enxertos influenciam de forma distinta no vigor e desenvolvimento da cultura.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento inicial de porta-enxertos de duas cultivares de videira no município de Rio-Largo em Alagoas.
MÉTODOS:
O presente estudo foi realizado em casa de vegetação localizada no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA-UFAL) no município de Rio Largo, no ano de 2013. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualisado, com dois tratamentos constituídos pelos porta-enxertos (IAC-313 e IAC-572) em dez repetições. No preparo das mudas foram utilizados sacos de polietileno com substrato obedecendo a seguinte proporção: 2:1:1, ou seja, 2 partes de terra; 1 de torta de filtro; 1 de fibra de coco. As estacas foram plantadas em janeiro de 2013, e em cada recipiente foi colocado uma estaca de 35 cm com duas a três gemas. Aos 60 dias após o plantio, foram avaliadas as seguintes variáveis, Comprimento da Brotação Principal (CBP); Diâmetro da Brotação Principal (DBP); Número de Brotos da Estaca (NBE) e Número de Folhas da Brotação Principal (NFBP). Foram realizadas análises de variâncias para cada variável, e as comparações das médias dos tratamentos foram realizadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Pela analise de variância constata-se que o comprimento da brotação principal não houve diferença significativa a 5% de probabilidade pelo teste F, ou seja, o crescimento da brotação foi semelhante nos porta-enxertos IAC-313 e 572, cuja média foi de 59,75cm. Para o Diâmetro da brotação principal os tratamentos não diferiram estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, ou seja, os diâmetros da brotação são semelhantes independentemente do porta-enxerto utilizado, cuja média foi de 0,44cm. Com relação a variável Número de brotos da estaca foi constatado que não houve diferença significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, onde o número de brotações entre os porta-enxertos foram semelhantes, com média de 1,20cm. Porém a variável Número de Folhas da Brotação principal foi a única que apresentou diferenças significativas a 5% probabilidade pelo teste de Tukey, onde o porta-enxerto 572, proporcionou maior número de folhas (30,70 unidades) e diferiu estatisticamente do porta-enxerto 313 (21,80 unidades) que apresentou menor número de folhas.
CONCLUSÕES:
1. O Porta-enxerto 572 apresentou maior produção de folhas durante o período estudado;
2. As variáveis comprimento da brotação principal, diâmetro da brotação principal e número de brotos da estaca foram semelhantes nos porta-enxertos estudados.
Palavras-chave: Uva, Cultivares, Alagoas.