65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 14. Ensino Superior
EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS: CONSTRUÍNDO SIGNIFICADOS
Ildeflávio dos Santos Silva - Depart. Ciências Exatas - FJT e FAINOR
Salmo Lima Costa - Discente - FJT
Ivan de Oliveira Couto - CIENB
Vinícius Santana Pedreira - UESB
Roberta Maia Gomes - Supervisora Pedagógica - SENAC - BAHIA
INTRODUÇÃO:
O noticiário nos apresenta diariamente informações sobre o taxas de inadimplência, juros altos, financiamentos, investimentos, endividamento da população. O conhecimento matemático financeiro está longe de atingir índices satisfatórios. Mesmo quando falamos de pessoas com boa formação, ainda assim, a falta de uma Educação Financeira cria um ciclo de problemas nas finanças pessoais e familiares. Quais contribuições a disciplina de Matemática Financeira pode oferecer para formação de cidadão consumidores com controle de suas finanças?
OBJETIVO DO TRABALHO:
Não há pretensão em esclarecer e/ou identificar os erros cometidos na formação da Educação Financeira dessas pessoas. O objetivo consiste em trazer significado e aplicabilidade a disciplina de Matemática Financeira ministrada para os alunos do curso de Administração de empresa, tornando-os capaz de gerenciar bem as finanças pessoais e por consequência provável, as futuras atividades profissionais.
MÉTODOS:
As atividades foram desenvolvidas no ano de 2012, duas turmas foram trabalhadas, uma em cada semestre, sempre alunos do 2° período do curso de Administração de Empresas da Faculdade Juvêncio Terra, instituição privada de Vitória da Conquista, Bahia. Os alunos foram convidados a preencher um questionário que objetivou medir seus conhecimentos matemáticos nas situações cotidianas. De posse do diagnóstico a disciplina foi construída para que o aluno pudesse vivenciar, experimentar e reconstruir suas habilidades interpretativas. Na turma do segundo semestre do ano de 2012 alguns pequenos ajustes forma feitos, o que favoreceu a evolução metodológica da proposta para a disciplina.
Pouco antes do fim do semestre os alunos voltaram a preencher o questionário, compararam os resultados com os obtidos na primeira coleta, e puderam simular a resolução de problemas reais, avaliando as melhores opções em cada cenário.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Na abordagem inicial, verificou-se que mais de 80% dos alunos não conseguiam vincular os conteúdos matemáticos ao seu dia a dia. E que por consequência, 70% desses alunos tomaram decisões equivocadas quando da apresentação de situações problema. Ao fim do semestre, pouco mais de 90% viam significado nos conteúdos, na relação desses conteúdos com a vida prática e em como esse conhecimento era importante para um vida Financeira Equilibrada. Mais de 60% dos alunos passaram a ter sucesso na tomada de decisão de situações matemáticas Financeiras simuladas. Alunos que não tinham afinidade com disciplina e iniciaram o semestre letivo temerosos quanto ao resultado acadêmico, manifestaram grande satisfação com a metodologia proposta para a disciplina.
CONCLUSÕES:
Mesmo com uma experiência de apenas dois semestres letivos, os resultados mostraram que ao trabalharmos os conteúdos de forma contextualizada, os alunos encontram significado para os números, fórmulas e conceitos. Cada conteúdo foi construído com a participação do aluno, usado uma linguagem simples, acessível e real. A Educação Financeira contribui diretamente para qualidade de vida das pessoas, permite maior controle e compreensão das finanças pessoais e forma cidadãos mais responsáveis e participativos.
Palavras-chave: Educação Financeira, Ensino de Matemática, Modelagem.