65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
A IMPLICAÇÃO DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE NA ESCOLHA DA PROFISSÃO DE FEIRANTE NO BAIRRO MERCADINHO NO MUNICIPIO DE IMPERATRIZ-MA
Camila Silva de Oliveira¹ - 1. Autora: Academica de Pedagogia-FEST
Stefane Kayre da Silva Campos¹ - 2. Co- Autora: Academica de Pedagogia-FEST
Nayla de Morais Silva¹ - 3. Co- Autor: Academico de Pedagogia-FEST
Veríssima Dilma Nunes Clímaco¹ - 4. Profa.Msc.Oriemtadora – Depto de Pedagogia - FEST
INTRODUÇÃO:
As feiras livres fazem parte do aspecto cultural das cidades, promovendo um amplo comercio de produtos, geralmente são instaladas em locais estratégicos para atingir seu publico alvo. Para o desenvolvimento social as feiras contribuem no comercio de produtos como frutas, legumes, produtos artesanais, roupas e até mesmo eletroeletrônicos, gerando empregos e rendas para muitas famílias afetadas pelo desemprego, na maioria das vezes essas pessoas trabalham de maneira informal associada aos sindicatos. Partindo dessa análise percebe-se que em Imperatriz há uma variedade de feiras livres, diante desse fato surgiu à curiosidade em pesquisar sobre o real motivo da escolha dessa profissão, e saber se o nível de escolaridade teve alguma influência na escolha da profissão.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Os objetivos do estudo é Investigar a implicação do nível de escolaridade para a escolha da profissão dos feirantes, diagnosticar desde quando existe a profissão de feirante e identificar a contribuição das feiras para o desenvolvimento social.
MÉTODOS:
O titulo da pesquisa em questão é a Implicação do nível de escolaridade na escolha da profissão de feirante na cidade de imperatriz. A pesquisa desenvolveu-se fundamentada na abordagem qualitativa que se apresentou adequada tendo em vista que essa abordagem realça os valores, opiniões e atitudes do sujeito caracterizado pela compreensão de significados e características do objeto de estudo, o tipo de pesquisa será bibliográfica, descritiva e pesquisa de campo. Conforme a abordagem o método utilizado foi o dedutivo, pois permite explicitar o conteúdo das premissas, partindo do geral até chegar às particularidades do tema. A pesquisa realizada ocorreu nas feiras do Mercadinho e Nova Imperatriz situadas na cidade de Imperatriz. Para compor a pesquisa de campo foram realizadas entrevistas informais com 20 feirantes as perguntas foram voltadas para o cenário educacional visando compreender os principais pontos para abandono escolar e os perfis dos sujeitos entrevistados para facilitar a compreensão da escolha da profissão de feirante os depoimentos que serão base para a fundamentação da pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A partir dos dados obtidos através das entrevistas realizadas com os feirantes, percebe-se que o nível de escolaridade entre os 18 entrevistados, 10 deles eram analfabetos, 7 tem o ensino fundamental anos iniciais incompleto e 1 está cursando o ensino superior, não há por parte dos lideres das associações de feirantes projetos para estimulo a conclusão e inicialização dos estudos para os feirantes. Percebeu-se também, que grande parte dos pesquisados não sentem vontade de concluir os estudos muitos alegam idade avançada, falta de paciência para frequentar aulas noturnas, indisposição para ir às aulas depois do trabalho. Observou-se também, que a maioria estimulam os filhos a concluir o ensino médio, porém, não há interesse dos filhos em cursar o ensino superior, no máximo um curso técnico. Entre os pesquisados 15 são mulheres com faixa etária de 40 a 68 anos, e somente 3 homens da mesma faixa etária. As causas para não conclusão dos estudos segundo os relatos dos entrevistados foi o difícil acesso a escola, falta de estimulo e interesse dos pais, casamento e gravidez, falta de professores para o ensino na zona rural.
CONCLUSÕES:
O presente estudo buscou mostrar a realidade dos feirantes e a relação com o nível de escolaridade, no entanto, poucos sentem vontade de voltar a estudar. São diversos os motivos encontrados durante o desenvolvimento da pesquisa que impedem retorno a escola, dentre eles, os mais citados são o avanço da idade e o medo de não conseguir acompanhar o ritmo da escola. Não há também projetos criados pelos sindicatos dos feirantes para estímulo à volta as aulas, a grande maioria que trabalham na feira são mulheres e só 4 sabem ler e escrever. Partindo desta análise, durante a realização das pesquisas de campo é possível observar a necessidade de estímulos educativos para esta classe de trabalhadores que muito contribuem de maneira única para o desenvolvimento das cidades.
Palavras-chave: Feirante, Profissão, Escolarização.