65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
EXPERIÊNCIA DE CAMPO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA ALUNOS DO FUNDAMENTAL MENOR E ACADÊMICAS EM INICIAÇÃO A DOCÊNCIA
Claudiana Gonçalves dos Santos - Depto. de Ciências Naturais - UEPA
Francidalva Gomes da Silva - Depto. de Ciências Naturais - UEPA
Jocilene de Araújo Carvalho - Depto. de Ciências Naturais - UEPA
Inês Trevisan - Profa. Dra./Orientadora - Depto. de Ciências Naturais - UEPA
INTRODUÇÃO:
Este resumo objetiva discorrer sobre as contribuições que a aula de campo a respeito de resíduos sólidos proporcionou aos participantes, tanto alunos como as futuras docentes, tomando por base os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais. A aula foi desenvolvia com atividades observacionais, discursivas e interpretativas no ambiente escolar e extraclasse com o propósito de que os alunos possam realizar as conexões com o conteúdo formal, científico, prático e cultural. As aulas teóricas por meio de exposição dialogada contribuem para o aprofundamento dos conhecimentos prévios dos educandos, todavia, o uso de aulas diferenciadas como as aulas de campo pode auxiliar o educador a enriquecer suas aulas e torná-las mais atrativas despertando nos alunos um interesse pelo objeto de estudo e melhor compreender a complexidade dos fenômenos naturais e humanos, despertando o senso crítico e reflexívo tanto dos alunos como dos professores. Neste sentido, indaga-se: numa experiência de aula de campo envolvendo a temática, resíduos sólidos, que aprendizagens foram assimiladas pelos professores e alunos do fundamental série iniciais?
OBJETIVO DO TRABALHO:
Buscar compreender as contribuições que a aula de campo sobre resíduos sólidos proporcionou aos participantes, tanto alunos como as futuras docentes, tomando por base os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.
MÉTODOS:
O presente estudo de cunho qualitativo baseia-se no levantamento de dados por meio de vídeos, ficha de campo e fotos, referente às aulas realizadas por licenciandas de biologia em iniciação a docência. Haja visto, que o tema em foco foi resíduos sólidos, trabalhado com doze alunos do fundamental menor participantes do Liga das Ciências, projeto de extensão da UEPA Campus Altamira-Pá. A aula teve como objetivo despertar a importância de preservar o meio ambiente e o patrimônio público (Orla do Cais). Assim sendo a aula ocorreu em duas etapas, sendo: a) pré-campo realizada na Universidade do Estado do Pará, no qual o assunto foi desenvolvido por meio de um diálogo aberto e discursivo, além da construção de um mapa conceitual, abordagens de vídeos educativos e levantamentos de questões fundamentais para as observações in loco, b) campo inicialmente foi distribuída uma ficha de campo, que auxiliaria os educandos na formalização de um conhecimento científico baseado nos procedimentos teóricos e práticos. Ainda no local de pesquisa, Orla do Cais da cidade, realizou-se um percurso com demonstrações, observações e questionamentos objetivando um olhar crítico em relação aos equívocos cometidos pelo “homem” ao descartar lixo de forma irregular no meio ambiente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Na aula de campo analisada, observou-se que a aprendizagem torna-se mais significativa quando os envolvidos interagem os conceitos abordados com a prática vivenciada. Principalmente quando o conhecimento adquirido por ambas as partes, professor e aluno,vai além do planejamento e execução da aula, pois, percebe-se que a criança ao socializar suas experiências com os demais colegas da classe aprimora sua aprendizagem, além de estimular as futuras docentes um maior interesse em desenvolver aulas práticas de campo, já que esta visauma aprendizagem colaborativa e participativa em prol da preservação e sustentabilidade do meio.Neste sentido os autores (SENICIATO; CAVASSARI, 2004) abordam que “há uma complexidade nas aulas de campo, uma vez que os alunos deparam-se com uma quantidade maior de fenômenos quando comparados a uma aula tradicional”. Sendo assim, destacou-secomo complexidades conceituais os próprios temas debatidos, no qualos alunos opinaram e dialogaram informações; Procedimentais ao debaterem possibilidades, argumentos e formas de se trabalhar em campo e atitudinaisreferente aos processos que levaram para desenvolver as atividades em campovisando melhorias epreservação do bem público.
CONCLUSÕES:
A partir da prática analisada, foi possível observar que o desenvolvimento de aulas em ambientes não formais complementa as temáticas abordadas em sala, contribuindo pedagogicamente com o ensino - aprendizagem, visto que esta prática leva o professor a refletir e questionar um ambiente para posteriormente administrar suas aulas e levantar hipóteses de como esta possa favorecer na construção do conhecimento e criticidade do aluno, e ainda como ambos podem descobrir novas oportunidades de compreender os fenômenos naturais. Diante isso, percebe-se a importância de dinâmicas atrativas serem desenvolvidas constantemente, de modo que venha possibilitar a interação e participação dos alunos nas aulas. Pois, as atividades em campo são melhores trabalhadas quando realizadas em áreas de preservação e patrimônios públicos, ou em locais que apresente condições para estudar as relações entre os seres vivos, aspectos culturais, ambientais e sociais, tendo em vista, que quando o aluno interage de maneira ativa, a mente tem a capacidade de reter e aprender melhor as informações. Dessa forma, tem-se a experiência vivenciada, como uma oportunidade de reflexão e análise para as futuras docentes referente aos seus posicionamentos e atitudes frente à profissão a ser seguida.
Palavras-chave: Aula de Campo, Resíduos Sólidos, Patrimônio Público.