65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
POTENCIAL HÍDRICO, CRA E ATIVIDADE DA REDUTASE DO NITRATO EM FOLHAS DE Hymenaea courbaril L. E Hymenaea stigonocarpa Mart. SUBMETIDAS AO ESTRESSE HÍDRICO E REIDRATAÇÃO
Jamile do Nascimento Almeida - Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA
Roberto Rivelino do Nascimento Barbosa - Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA
Luana Moraes da Luz - Curso de Agronomia, Belém - UFRA
Jackeline Araújo Mota Siqueira - Estudante do curso de mestrado em fitossanidade, UENF
Raimundo Thiago Lima da Silva - Profº. Msc. UFRA, Campus de Capitão Poço
Cândido Ferreira de Oliveira Neto - Prof. Dr/Orientador – Campus de Capitão Poço – UFRA
INTRODUÇÃO:
As espécies nativas utilizadas no reflorestamento da região Amazônica vêm servindo como estudos para diversas áreas, dentre alas estão às espécies Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa. O estresse hídrico afeta intensamente o metabolismo do nitrogênio nas plantas, o que acarreta a diminuição na síntese de proteínas e acumulação de aminoácidos, amônia e poliaminas livres. Junto às proteínas, os lipídeos são os componentes mais abundantes nas membranas e realizam um papel na resistência das células vegetais aos estresses ambientais. Em plantas sensíveis á seca a estimulação das atividades lipolíticas é maior em relação à plantas que são tolerantes. Constataram que a deficiência hídrica quando extrema, causa alterações na associação entre lipídios e proteínas de membrana como também na diminuição na atividade de enzimas e capacidade de transporte de substancias.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi verificar a atividade da redutase do nitrato em resposta ao déficit hídrico e a reidratação em folhas de jatobá.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém/PA, entre os meses de março a setembro de 2011. Foram utilizadas cento e cinqüenta mudas das espécies Hymenaea courbaril e H. stigonocarpa. As respostas ao déficit hídrico foram avaliadas nos dias 0, 13 e 26, e as respostas a reidratação foram avaliadas no 2º e 4º dia após os 26 dias de estresse. O potencial hídrico foi determinado na antemanhã (Ψwam), entre 4:30 às 5:30h através de uma bomba de pressão do tipo Scholander (mod. Pms Instrument Co., Corvalles, USA) e para a análise do conteúdo relativo de água e atividade da redutase do nitrato na folha foi utilizado a metodologia de Slavick, Hageman e Hucklesby. A análise de variância entre os fatores foi realizada utilizando-se o GLM do Software estatístico MINITAB 14 (2004) e ASSISTAT 7.6 (2011), enquanto as diferenças entre as médias foram segregadas com testes múltiplos de Tukey.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O Ψwam das plantas decresce significativamente (p≤0.05) com o tempo de estresse hídrico em ambas as espécies, mas a espécie H. courbaril foi mais severamente afetada pelo estresse com valor de -2.5 MPa decorrido 26 dias da suspensão hídrica comparada com o valor -0,94 MPa apresentado por H. stigonocarpa. O declínio dos valores da Redutase do Nitrato (RN) para ambas as espécies, ocorreu após os vinte e seis dias de estresse hídrico. Nesse período, a H. courbaril reduziu a aRN a mais da metade da atividade inicial e após quatro dias de reidratação recuperou aproximadamente 74%. Enquanto que a H. stigonocarpa teve uma redução inferior a outra espécie de 0.85 a 0.59 µmol de NO2-.g.MF-1.h-1 ao vigésimo sexto dia de estresse, e uma recuperação de 85% com apenas dois dias de reidratação. A menor atividade da RN foi observada para a espécie H. courbaril quando submetida à baixa condição hídrica, evidenciando após vinte e seis dias redução em mais de 50%, fato também observado na H. stigonocarpa, porém em menor intensidade. Por esse motivo, o déficit hídrico diminui a atividade dessa enzima em virtude da diminuição do fluxo de água pela corrente transpiratória, e também o fluxo de nitrato para as folhas foi reduzindo, uma vez que essa enzima é altamente dependente de seu substrato.
CONCLUSÕES:
A redução do teor de água na plana induziu uma redução da atividade à enzima redutase do nitrato, contudo o tempo de reidratação foi suficiente para a recuperação da mesma.
Palavras-chave: Potencial hídrico, Reidratação, Redutase do nitrato.