65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA CAIXAS SEPARADORAS UTILIZADA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DA LAVAGEM DE VEICULOS EM PARAÍSO DO TOCANTINS
Geovany Braga Soares - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Joyce Thalita Francelino Vieira - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Lucas Sousa Nogueira - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins
Michele Fernandes Alves - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Vinicius Maciel Borges - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Sérgio Luis Melo Viroli - Profº. MSc/ Orientador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do To
INTRODUÇÃO:
Efluentes são os despejos das diversas modalidades do uso das águas (VON SPERLING, 1996b). Os efluentes industriais apresentam características relacionadas com a matéria prima a ser processada e também com o processo industrial empregado. De acordo com Costa et al. (2009), dentre alguns impactos socioambientais ocasionados por lava jatos pode-se destacar o uso excessivo de água e o lançamento desses efluentes sem um prévio tratamento no esgotamento sanitário. Os efluentes dos serviços de lavagem de veículos apresentam potencial poluidor, pois contem surfactantes, óleos e graxas, alta concentração de matéria orgânica, metais pesados, sólidos totais suspensos (Brown, 2000; Smith e Shilley, 2009). O lançamento dessas substâncias em corpos hídricos deve cumprir as determinações da Resolução CONAMA 357/05, que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes (Brasil, 2005). Esses efluentes apresentam elevado potencial de toxicidade, capacidade de bioacumulação provocando danos irreparáveis para flora e fauna aquáticas, pois interferem nas trocas gasosas e transferência de energia, afetando a saúde humana. (Odum e Barret, 2007; Ricklefs, 2003).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar a eficiência das caixas separadoras utilizadas no tratamento dos resíduos líquidos gerados em uma empresa de lavagem de veículos , na cidade de Paraíso do Tocantins.
MÉTODOS:
As amostras foram coletas mensalmente, no período de maio a outubro de 2012 a temperatura média de 26,6 ±0,85ºC. O local de coleta foi na entrada e saída do sistema de tratamento composto por 3 (três) caixas construída em alvenaria, inseridas no solo, com dimensionamento igual para todas, ou seja, 1 metro de largura por 0,9 metros de comprimento e 0,75 metro de altura. As amostras foram acondicionadas em frascos de polietileno opaco e em caixa térmica para em refrigeração, logo em seguida foram encaminhadas para o Laboratório de saneamento do Instituto Federal de educação Ciência e tecnologia do Tocantins Campus Paraiso do Tocantins para as analises fisco químicas. Os parâmetros físicos químicos determinados foram: pH, turbidez, demanda química de oxigênio(DQO), óleos e graxas, sólidos totais, sólidos suspensos totais seguindo as recomendações do Standard Methods (APHA et al.2000)
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados revelaram que houve uma redução de 6,7% para o pH, 68% para a turbidez, 88,6% para os óleos e graxas,59,7% para os sólidos totais e 80,3% para os sólidos suspensos totais. Os valores de pH variam de 8,68 na entrada para 8,10 na saída. O pH é um parâmetro importante em saneamento ambiental e controle dos processos de tratamento de efluentes indústrias. Os valores alcalinos estão dentro dos limites estabelecidos pelo CONAMA 357/05. O resultado de turbidez na entrada da caixa separadora é de 127,43 e na saída de 75,78 NTU, portanto está dentro do recomendado, pois a legislação recomenda até 100 NTU. A DQO apresentou 964,33mg/L na entrada e 596,93 mg/L na saída do sistema de tratamento o que indica que não ser descartado diretamente na rede fluvial (MACHADO et al. 2006). Os óleos e graxas apresentaram na entrada da caixa separadora 196,42mg/L e 104,12mg/L na saída, estando em desacordo com a legislação. Evangelista (2008) em suas análises encontrou o valor para esse mesmo parâmetro de 1625,33 mg/L. Os sólidos totais e sedimentáveis apresentaram eficiências satisfatórias. O que seria provável devido à caixa separadora utilizar o meio de decantação onde os sólidos se acumulam no fundo da caixa e devido a isto restam na superfície os sólidos totais.
CONCLUSÕES:
O sistema de tratamento de efluentes de lavagens de veículos apresentou 68% para a turbidez, 88,6% para os óleos e graxas,59,7% para os sólidos totais e 80,3% para os sólidos suspensos totais. Para o pH a eficiência foi de 6,7%. Embora os resultados da DQO e óleos e graxas estão em desacordo com a resolução CONAMA 357/05, o sistema de tratamento apresenta eficiência satisfatória. As altas concentrações de substâncias poluentes implicam sérios problemas ambientais se lançadas em corpos aquáticos sem o devido tratamento. Portanto, as empresas de lavagem de veículos que contribuem para o desenvolvimento local e regional, mas, também proporciona impactos ambientais negativos. É indispensável a fiscalização dos órgão competentes para provocar um gerenciamento adequado que possa minimizar os impactos provocados pelo lançamento de águas residuárias e potencializar os impactos positivos
Palavras-chave: Caixa de separação, efluente, lavagem de veiculo.