65ª Reunião Anual da SBPC

C. Ciências Biológicas - 2. Biologia Geral - 3. Biologia Geral

REUTILIZAR E EDUCAR: PROPOSTA DE METODOLOGIA DE ENSINO SUSTENTÁVEL DE AULAS PRÁTICAS DE CIÊNCIAS, DESENVOLVIDA COM ALUNOS DO 7º ANO NA FEIRA CULTURAL DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FLUMINENSE EMEFF, SANTARÉM-PA

Manuele Marques Rodrigues - Instituto de Ciências da Educação – ICED/UFOPA Luiz Reginaldo Rodrigues - Profº. Dr./Orientador, Instituto de Ciências da Educação – ICED/UFOPA

INTRODUÇÃO:

O lixo não desaparece, mesmo quando é recolhido pelos lixeiros, é apenas levado para outro lugar, podendo trazer problemas para o solo, para a água e para a saúde. Conseqüentemente, assim como os demais problemas ambientais, tornou-se uma questão que excede à capacidade dos órgãos governamentais e necessita da participação da sociedade para sua solução. Conhecidos como os três Rs da sustentabilidade, reduzir, reutilizar e reciclar são ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica entre o consumidor e o meio ambiente. Esses métodos devem ser implantados em todos os locais possíveis, mas principalmente nas escolas, pois são os lugares que literalmente propagam a educação, transmitem informação, estimulam atitudes e servem de exemplo para toda sociedade. O educador deve utilizar metodologias que incentivem a prática da reutilização do lixo, ou seja, deve ter compromisso com o meio ambiente e de forma criativa e eficaz pode transformar uma aula tradicional em algo criativo, dinâmico, que prenda atenção dos alunos para o assunto abordado e ainda transmita o exemplo da educação ambiental. Visando esta prática, este projeto teve por finalidade demonstrar formas em que os professores de ciências podem elaborar materiais didáticos através da reutilização do lixo.

OBJETIVO DO TRABALHO:

Descrever o projeto “Reutilizar e Educar”, aplicado na feira cultural da Escola Fluminense, com o intuito de levar uma proposta de metodologia de ensino sustentável de aulas práticas de ciências não somente para a escola em questão, mas para todas as escolas que queiram desenvolver a responsabilidade ambiental.

MÉTODOS:

O projeto foi desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Fluminense por seis alunos do sétimo ano do ensino fundamental, auxiliados por uma bolsista PIBID (autora deste trabalho). Primeiramente houve a etapa de pesquisa sobre o tema proposto, onde o projeto foi exposto pela bolsista aos alunos, que buscaram informações sobre o trabalho e levaram para a escola suas idéias para elaboração do projeto e suas dúvidas quanto ao mesmo. Depois, foram escolhidos os elementos de estudo a serem construídos com materiais reutilizáveis. Os alunos recolheram em suas casas os materiais necessários para a construção dos objetos e após isso, efetivou-se a construção. Foram, então, elaborados os seguintes elementos: membrana plasmática feita de cubas de ovos, palitos de churrasco e tampinhas de garrafa PET; célula vegetal com caixa de sapato, revistas, balão pequeno, garrafa de óleo, pedaços de papelão e recipiente de condicionador para cabelos; e sistema respiratório com uma garrafa PET, balões pequenos e grandes e canudos. Para finalizar, os alunos apresentaram seus resultados obtidos na feira cultural da escola, descrevendo as formas como elaboraram os materiais e sua importância não só para as aulas de ciências como para a preservação do meio ambiente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

O projeto conseguiu instigar a criatividade dos alunos no momento da elaboração dos objetos feitos com materiais reutilizáveis, pois os próprios alunos observavam as imagens que deveriam reproduzir em forma de maquete e depois elegiam os materiais que poderiam reutilizar pra produzi-los. Ainda, permitiu aos mesmos, maior interação com os assuntos de ciências estudados para elaboração dos objetos, como, membrana plasmática, célula vegetal e sistema respiratório. Além disso, os alunos também obtiveram conhecimento sobre a sustentabilidade e sua importância para a sociedade nos dias de hoje, identificando na própria escola as formas de reutilizar materiais que se transformariam em lixo para auxilio em suas aulas de ciências. Assim, conseguiu-se alcançar os resultados pretendidos que foram: apresentação do trabalho na feira cultural da escola, interação entre alunos e temas de aulas práticas de ciências e a disseminação da educação ambiental, através da reutilização do lixo, como proposta de metodologia de ensino.

CONCLUSÕES:

Diante do exposto, fica evidente que a escola deve ser utilizada como meio de propagação de boas idéias, como a sustentabilidade. É interessante e necessário instigar os alunos para a prática de ações corretas, que aticem sua criatividade e envolvimento com os temas abordados de forma a atraí-los para as aulas, não só em eventos como a feira cultural, mas no decorrer de todo percurso do estudante no ambiente escolar. A escola é vista como um ambiente que transmite exemplos tanto para alunos, como para comunidade acadêmica em geral, por isso, diante dos problemas atuais, deve caminhar em sintonia com a educação ambiental, a fim de repassar bons hábitos para a sociedade. Levar para a sala de aula incrementos que demonstrem sua responsabilidade com o meio ambiente são metodologias que a escola deve adotar de repassar tais costumes. O projeto “Reutilizar e Educar” foi uma proposta feita por alunos do sétimo ano da Escola Fluminense, com auxilio de bolsista PIBID, que pretende romper as barreiras da escola, chegando às várias instituições de ensino do município que visem a disseminação das aulas práticas de ciências em conjunto com a educação ambiental.

Palavras-chave: Práticas pedagógicas, Sustentabilidade, Feira cultural.