65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
LABIRINTO PROTEICO: A UTILIZAÇÃO DE JOGOS EM SALA DE AULA COMO RECURSO DIDÁTICO
EUGÊNIA CRISTINA NASCIMENTO MEDEIROS - INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ-IFPI
ALANE SOUSA DE SÁ - INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ-IFPI
SANDRIELE COSTA SALES - INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ-IFPI
YARA FERREIRA LIMA - SUPERVISORA DO PIBID NA ESCOLA ESTADUAL ZACARIA DE GÓIS
JOSÉ WILLIAMS GOMES DE OLIVEIRA FILHO - COORDENADOR-GERAL DE ÁREA DO PIBID NO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ-IFPI
ADRIANA ROCHA SILVA - COORDENADORA INSTITUCIONAL DO PIBID NO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ-IFPI
INTRODUÇÃO:
Na Educação é necessário inventar estratégias que permitam a aquisição efetiva do conhecimento por parte dos alunos. “A estimulação, a variedade, o interesse, a concentração e a motivação são igualmente proporcionados pela situação lúdica” (MOYLES, 2002, p. 21).
O professor necessita de estratégias capazes de demonstrar de uma forma mais objetiva o porquê de determinado acontecimento. Frente a isso verificou-se que um conteúdo que confunde muito os alunos é o que diz respeito à síntese de proteínas. Para alguns alunos a aprendizagem do processo de síntese protéica não é tão fácil de acontecer.
Com o intuito de dinamizar e permitir que os alunos realmente aprendam o conteúdo foi criado no PIBID do Instituto Federal do Piauí um jogo didático que possibilite a construção do conhecimento e a capacidade de relacionar os processos que ocorrem na célula durante a síntese das proteínas. “Por aliar os aspectos lúdicos aos cognitivos, entendemos que o jogo é uma importante estratégia para o ensino e a aprendizagem de conceitos abstratos e complexos, favorecendo a motivação interna, o raciocínio, a argumentação, a interação entre alunos e entre professores e alunos (CAMPOS, BORTOLOTO e FELICIO, 2003).
OBJETIVO DO TRABALHO:
O trabalho teve por objetivo principal a criação de um jogo de tabuleiro sobre Síntese Proteica e permitir que os alunos do Ensino Médio aprendam de uma forma dinâmica o processo de síntese das proteínas desenvolvendo a capacidade de raciocinar sobre o processo, bem como sua importância para as células vivas.
MÉTODOS:
O Labirinto Protéico é constituído por uma base de madeira onde contêm números de 1 a 10 que indicam qual a pergunta que será realizada aos alunos. As numerações indicam a ordem de perguntas que estão dispostas em cartas e também organizadas de 1 a 10. As perguntas a respeito da síntese protéica levarão o aluno ao final do labirinto, caso o aluno responda erroneamente alguma pergunta ele terá a oportunidade de voltar ao jogo definindo corretamente termos específicos do estudo das proteínas que sã as chamadas Cartas Coringa. As paredes do jogo simulam as paredes de um labirinto real que também são feitas de MDF. O grupo de seis alunos que primeiro terminar o jogo irá explicar para o restante da turma o processo de síntese proteica, mas isso será informado aos mesmos somente após o término do jogo. Foram construídos cinco Labirintos Protéicos para aplicação do jogo lúdico em sala de aula e fixação do conteúdo pelos alunos. No dia da aplicação da dinâmica dividiu-se a sala em dois grupos com aproximadamente 12 alunos. Após a construção do jogo o conteúdo foi contextualizado em uma determinada aula e depois para a fixação efetiva do conteúdo foi aplicada a dinâmica na sala do 1º ano do Ensino Médio da Escola Liceu Piauiense onde o PIBID é desenvolvido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Após a aplicação do jogo na sala de aula os alunos receberam um questionário para que os mesmos pudessem expressar a sua opinião sobre a dinâmica aplicada. Na pergunta sobre o que eles acharam do jogo 38% disseram que a dinâmica foi muito boa e 62% acharam a idéia interessante. Ao serem indagados sobre o que eles acharam do jogo Labirinto Proteico 46% acharam uma boa idéia e 54% acharam a inovação interessante. Foi questionada aos alunos sobre a opinião dos mesmos sobre a quem beneficia a utilização de jogos em sala de aula onde 69% disseram que professores e alunos se beneficiam e 31% respondeu que apenas os alunos se beneficiam com o jogo. Na pergunta sobre o que os alunos acham de aulas somente expositivas 8% não responderam, 9% gostam mais ou menos e 83% preferem aulas expositivas. E na última pergunta questionou-se acerca de como poderia se melhorado as aulas 8% disseram que é necessário uma maior participação dos alunos, 8% respondeu que aulas práticas de acordo com o conteúdo ministrado é uma solução, 38% afirmou ser necessário o uso de dinâmicas e jogos em sala de aula e por fim 46% não responderam a questão. Para Moratori (2003), o educador deve ter objetivos definidos para a utilização do jogo.
CONCLUSÕES:
A utilização de jogos em sala de aula tem a sua eficiência quando são elaborados objetivos que venham a suprir as necessidades de aprendizagem dos alunos e quando se tem professores preparados e criativos paras aplicá-los, caso contrário, a utilização do lúdico não surtirá nenhum efeito positivo na aprendizagem dos conteúdos por parte dos alunos.
O jogo Labirinto Proteico foi uma maneira mais dinâmica de facilitar aprendizagem dos conteúdos de síntese proteica, e após a aplicação do jogo e da avaliação pôde-se perceber que o mesmo obteve uma aceitação diante dos alunos, colaborando na aprendizagem, trabalho em grupo e desmistificação de termos complexos utilizados no processo de síntese proteica.
Palavras-chave: proteínas, ensino-aprendizagem, jogo.