65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 9. Desenho Industrial - 1. Programação Visual
Bases conceituais e metodológicas para pesquisa em Design
Fernando dos Santos Almeida - Depto. de Expressão Gráfica - UFSC
Richard Perassi Luiz de Sousa - Prof. Dr./Orientador - Depto. de Expressão Gráfica - UFSC
INTRODUÇÃO:
Esta pesquisa trata da interpretação de diferentes conceituações apresentadas por professores de cursos de formação superior em publicações técnicas e científicas, em uma tentativa de sistematizar conhecimentos sobre o perfil do profissional em Design Gráfico. O início do ensino de Design no Brasil é relativamente recente, porque ocorreu na década de 1960. Isso indica sua brevidade em comparação ao surgimento da escola Bauhaus, inaugurada em 1919 e considerada o marco pedagógico mundial do moderno conceito de Design. No Brasil, atualmente, há 527 cursos superiores de Design reconhecidos pelo Ministério da Educação. 77% desses são das regiões sul e sudeste do Brasil, predominantemente no estado de São Paulo. Diante dessa situação, considera-se que há relações entre os cursos de Design, o processo produtivo nacional e as regiões com maiores índices de produção tecnológica no Brasil. Considera-se também que o reconhecimento da evolução do perfil profissional do designer é tema de interesse para os profissionais e estudantes da área. Mas, também, diz respeito ao modo de organização e desenvolvimento do processo de formação profissional e, ainda, do sistema produtivo brasileiro.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Frente às reformas curriculares dos cursos de Design, opiniões sobre a regulamentação da profissão e questionamentos sobre o papel do designer gráfico, procurou-se estabelecer um perfil conceitual do designer gráfico.
MÉTODOS:
Os argumentos foram selecionados através de pesquisa exploratória em nível acadêmico, tendo em vista estudos prévios para a compreensão do problema proposto. Foram estudados diferentes projetos de lei que propõem a regulamentação da profissão de designer gráfico e textos científicos que tratam das conceituações de Design e da descrição de suas atividades profissionais. Além disso, foram realizadas entrevistas com professores de cursos de graduação de diferentes regiões do país.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O estudo das conceituações de diferentes autores propõe que o designer gráfico seja, essencialmente, o profissional formado que está apto a manipular e produzir mensagens visuais através de projetos gráficos completos e multidisciplinares, tendo em mente o seu uso ergonômico pelo usuário final. O percurso do ensino de Design propõe que as discussões sobre alterações curriculares referentes à criação de habilitações e à unificação de currículos, também, já aconteceram no passado. Porém, trata-se de uma questão que não pode ser facilmente respondida.
CONCLUSÕES:
O que anteriormente constituía a atividade autônoma de adaptação do processo criativo à produção industrial, caracterizando o desenho industrial, atualmente, depende da participação interativa do designer nos processos de prospecção de mercado e de gestão organizacional. Essa interação e a disseminação da linguagem gráfica, através dos recursos de produção digital, influenciam nos processos de educação e nas ações do designer, especialmente na área gráfica. Como especialistas nesta atividade, os designers tornam-se referências para a utilização de diferentes recursos de Design por outros profissionais e também pelo público em geral.
Palavras-chave: Design Gráfico, Conceituação, Perfil Profissional.